Autor: SILVA, K.L.

Orientador: SENA, R.R.

Outros autores: LEITE, J.C.A.; COELHO, S.; GONÇALVES, A.; BRAGA, P.P. [IC/CNPQ]; GUIMARÃES, J.;;

Linhas de pesquisa no CNPq: ENFERMAGEM / ENFERMAGEM DE SAÚDE PÚBLICA

Unidade: ESCOLA DE ENFERMAGEM
Departamento: ENFERMAGEM MATERNO-INFANTIL E SAÚDE PÚBLICA

Palavras-Chave: VIOLÊNCIA - ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO - PROCESSO DE TRABALHO

Trata-se de um recorte da pesquisa realizada pelas autoras tendo como objeto a gerência na rede básica de serviços de saúde, compreendida como uma estratégia para a qualidade da assistência. Dentre os fatores dificultadores ao gerenciamento, apontados pelos informantes, merece destaque a violência. Seu objetivo consiste em analisar a violência contra os profissionais no âmbito da Unidade Básica de Saúde como um elemento dificultador da função gerencial. Trata-se de um estudo descritivo exploratório de abordagem qualitativa que utilizou o materialismo histórico dialético como referencial teórico-metodológico. A compreensão dos dados obtidos por entrevista a 12 gerentes no Distrito Sanitário Noroeste no município de Belo Horizonte / Minas Gerais se deu através da técnica de análise de discurso proposta por Fiorin (1999). A violência contra a equipe de saúde é vista pelos gerentes como reflexo das condições sócio-econômicas do país, caracterizado pelo desemprego, precárias condições de moradia e de saúde. Os gerentes sentem-se despreparados para lidar com esta questão, que se torna cada dia mais expressiva. Na visão dos informantes é resultado das impossibilidades vividas no cotidiano dos serviços que convivem com grandes demandas e escassos recursos. Aponta como urgente e necessária a capacitação dos gerentes e da equipe de profissionais da UBS no sentido que compreenderem a violência como elemento que perpassa o cotidiano de trabalho. O enfoque interdisciplinar e intersetorial das questões demandadas aos serviços de saúde, dentre eles os relacionados com a violência apresenta-se como uma proposta de superação e de qualificação da assistência prestada. Conclui que a discussão desta temática precisa estar presente no processo de trabalho de forma a operar mudanças nas práticas sanitárias.

Apoio: FAPEMIG, CNPq, NUPEPEp>