Autor: CORGOZINHO, C.N.C.

Orientador: SILVA-CUNHA, A.

Outros autores: SANTIAGO, R M;;

Linhas de pesquisa no CNPq: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FARMACOTECNIA

Unidade: FACULDADE DE FARMÁCIA
Departamento: PRODUTOS FARMACÊUTICOS

Palavras-Chave: MICROEMULSÕES - INSULINA - ADMINISTRAÇÃO ORAL

O desenvolvimento de uma forma farmacêutica de administração oral contendo insulina simplificaria o tratamento do diabetes e reduziria a ocorrência de efeitos adversos normalmente relatados com a utilização das formas injetáveis do hormônio. A baixa biodisponibilidade e elevada taxa degradação da insulina no interior do trato gastrintestinal são os principais obstáculos a serem contornados na elaboração de tal formulação. O presente estudo, fundamentado na preparação de microemulsões e emulsões múltiplas A/O/A, objetivou a obtenção de novas formulações, que poderiam, a princípio, serem capazes de viabilizar a administração oral de insulina. As microemulsões são sistemas que apresentam uma fase aquosa, uma fase oleosa, surfactantes e co-surfactantes formando uma dispersão estável, transparente e de baixa viscosidade. O interesse farmacêutico destes sistemas deve-se, principalmente, a sua capacidade em solubilizar fármacos insolúveis e de aumentar a biodisponibilidade de moléculas de baixa poder de difusão através das membranas biológicas. Diversos trabalhos demonstram as vantagens da utilização de microemulsões em preparações farmacêuticas de uso oral, tópico, parenteral, pulmonar, nasal e ocular, já existindo no mercado formulações baseadas nesta tecnologia. Em nosso estudo, a partir da obtenção de microemulsões contendo insulina, foram preparados granulados com revestimento gastro-resistente. Estas formulações foram caracterizadas, in vitro, quanto ao perfil de liberação do hormônio e seu poder de difusão através do intestino isolado de ratos. Os resultados obtidos nestes primeiros estudos indicam o potencial do sistema obtido como veículo para administração oral de insulina.

Apoio: FAPEMIGp>