Autor: CARDOSO, A.R.A.

Orientador: BARRETO, S.M.

Outros autores: FIRMO, J O A;LIMA-COSTA, M F;; PASSOS, V.M.A.;

Linhas de pesquisa no CNPq: CIÊNCIAS DA SAÚDE / MEDICINA PREVENTIVA

Unidade: FACULDADE DE MEDICINA
Departamento: MEDICINA PREVENTIVA E SOCIAL

Palavras-Chave: DOENÇA CORONARIANA - ESCORE DE RISCO - FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR -

Objetivos: Determinar o risco de uma comunidade desenvolver doença coronariana (DCo) em 10 anos, utilizando o escore proposto pelo Estudo de Framingham. Metodologia: Participaram do estudo uma amostra probabilística simples de adultos (30-59a, n=814) e toda a população idosa (60-74a, n=1227) residentes em Bambuí, Minas Gerais. O escore inclui os fatores: sexo, idade, fumo, diabete, pressão sistólica e diastólica, colesterol total e HDLc. Foi utilizada a pontuação para cada fator e a probabilidade final de desenvolver DCo em 10 anos. O escore baseado na idade e sexo foi definido como esperado e comparado ao escore médio obtido pela soma dos fatores de risco em cada faixa etária e sexo (observado). Foi analisada a contribuição de cada fator na diferença entre o escore observado e esperado. Verificou-se se o escore observado variou com a escolaridade, renda e infecção por Trypanosoma cruzi. Resultado: A diferença entre o escore observado e o esperado aumenta com o envelhecimento em ambos os sexos, sendo significativa nos homens após 30 anos e nas mulheres após 50 anos. O tabagismo aumentou a diferença entre os escores desde os 30 anos, em ambos os sexos, e a hipertensão foi importante nos homens após 30 anos e nas mulheres após 50 anos. O diabetes e o colesterol total aumentaram o risco de DCo após 50 anos nos dois sexos. Um maior nível de HDLc reduziu o risco entre os homens após 30 anos, sem diferença significativa entre as mulheres. Uma menor escolaridade foi associada a um maior escore entre os adultos de ambos os sexos, mas não entre idosos. Conclusão: É a primeira vez, no Brasil, que esta metodologia é utilizada para estimar o risco de DCo em uma comunidade. Os resultados alertam para a contribuição de medidas preventivas na diminuição da incidência de DCo na população.

Apoio: CNPq, FIOCRUZ, FINEP