Resumos da XI Semana de Iniciação Científica
USE PREFERENCIALMENTE VISUALIZAÇÃO 800X600

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Histologia Hepática na Obesidade Mórbida por Ocasião da Cirurgia de bypass Gástrico

Autor: MOURÃO SCO

Orientador: LEITE VHR

Outros autores: DINIZ MTC;; LIMA MLRP;

Linhas de pesquisa no CNPq: CIENCIAS DA SAÚDE / ANATOMIA PATOLÓGICA E PATOLOGIA CLÍNICA

Unidade: FACULDADE DE MEDICINA
Departamento: ANATOMIA PATOLÓGICA E MEDICINA LEGAL

Palavras-Chave: OBESIDADE MÓRBIDA - FÍGADO - NON-ALCOHOLIC FATTY LIVER DISEASE (NAFLD)

Doença hepática gordurosa não-alcoólica (NAFLD, em inglês) é entidade muito comum entre obesos mórbidos, prevalente no sexo feminino, em diabéticos (tipo 2) e em pacientes com hiperlipidemia. A patogênese da NAFLD é pouco compreendida. Esteatose é o acúmulo de lipídeos nos hepatócitos. A resistência periférica à insulina participa decisivamente deste processo. Esteatoepatite não-alcoólica (NASH, em inglês) relaciona-se ao stress oxidativo crônico, resultante da peroxidação lipídica e ativação de citocinas inflamatórias (TNF?, interleucinas 6 e 8). Histologicamente NAFLD inclui: esteatose, inflamação, NASH (esteatose, degeneração baloniforme, infiltrado neutrofílico e/ou morte hepatocitária), fibrose perivenular (zona 3) e cirrose. Esteatose tem curso benigno, entretanto pode evoluir para NASH. Esta pode progredir para cirrose e insuficiência hepática. Foram estudadas microscopicamente 60 biópsias de pacientes submetidos à cirurgia de bypass gástrico, realizadas logo após a laparotomia. O estudo englobou 41 mulheres (68%) e 19 homens (32%). O índice de massa corporal médio foi de 49Kg/m² (39-65). Desses, 59 pacientes (98%) apresentaram esteatose de diferentes graus: discreta (33/56%), moderada (13/30%) e acentuada (12/20%). Inflamação parenquimal de vários graus em 43 (72%): discreta (24/56%), moderada (13/30%) e acentuada (6/14%). Fibrose ocorreu em 17 pacientes (28%): perivenular (7/41%), periportal (2/12%) e perivenular/periportal (8/47%). Em obesos mórbidos, a biópsia hepática é útil para diagnosticar NAFLD e detectar suas formas mais graves. Dessa forma, seleciona pacientes para o acompanhamento clínico e tratamento, contribuindo para delinear a história natural da doença.

Apoio: PRPGp>

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
25 a 29 de Novembro de 2002
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA
Desenvolvido por Fernando Guimarães - fsguimaraes@ig.com.br