Autor:
VASCONCELOS, M A
Orientador:
PINTO, J A
Outros autores:
PEREIRA, R M; MELO, L J; OLIVEIRA, C M N; BARBOSA, M S A
Linhas de pesquisa no CNPq:
CIÊNCIAS DA SAÚDE / PEDIATRIA
Unidade:
FACULDADE DE MEDICINA
Departamento:
PEDIATRIA
Palavras-Chave:
HIV / ANTROPOMETRIA
Este trabalho é um dos segmentos de pesquisa do Grupo de Aids Pediátrica da FM-UFMG e foi conduzido no período de janeiro de 1998 a junho de 2001 no CTR-DIP. Até o momento, existe apenas um estudo brasileiro avaliando o crescimento de crianças expostas verticalmente ao HIV. No presente estudo foi realizada a avaliação antropométrica longitudinal de uma coorte de crianças filhas de mães HIV-infectadas, a fim de se identificar a diferenciação do padrão da curva de crescimento entre HIV-infectadas e sororrevertoras. Foram incluídas no estudo 119 crianças expostas verticalmente ao HIV, admitidas no ambulatório até os três meses de vida, sendo 12 infectadas (10,1%) e 107 (89,9%) sororrevertoras. Na análise de escore Z para peso / idade, observou-se que a partir do terceiro mês de vida ocorreu nítida diferenciação entre os padrões de crescimento ponderal nos dois grupos. Com relação à altura / idade, também houve tendência à diferenciação da curva após os três meses de vida. Os resultados de escore Z para peso / altura foram semelhantes entre os dois grupos, demonstrando acometimento crônico da desnutrição. Esta análise é relevante por indicar que índices de peso e altura são marcadores clínicos que discriminam precocemente infectados e sororrevertores na população de crianças nascidas de mães HIV-infectadas. Como o suporte nutricional tem se tornado cada vez mais importante para minimizar o impacto negativo da infecção pelo HIV e manter uma adequada qualidade de vida, percebe-se que é de suma importância iniciar precocemente e de forma regular a avaliação nutricional de todas essas crianças, no esforço de se prevenir a desnutrição protéico-calórica e a falência do crescimento.
Apoio:
GRUPO DE AIDS PEDIATRICA
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