Resumos da XI Semana de Iniciação Científica
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CIÊNCIAS DA SAÚDE

Estudo da adesão ao tratamento em crianças com leucemia linfoblástica (LLA): associação com a condição sócio-econômica.

Autor: YBARRA, M.I.

Orientador: VIANA, M.B.

Outros autores: ARRUDA, L.M. [PIBIC/CNPQ]; OLIVEIRA, B.M.;;

Linhas de pesquisa no CNPq: CIÊNCIAS DA SAUDE / PEDIATRIA

Unidade: FACULDADE DE MEDICINA
Departamento: PEDIATRIA

Palavras-Chave: LEUCEMIA LINFOBLÁSTICA - ADESÃO - QUIMIOTERAPIA

O estudo visa avaliar a adesão ao tratamento em um grupo de 65 crianças com LLA, que iniciaram a fase de manutenção do protocolo terapêutico do GBTLI-93 no período de maio/1997 a julho/2001. Os métodos utilizados foram questionários, anotações em prontuários médicos e dosagem de metabólitos da 6-mercaptopurina. Todos os pacientes tiveram acesso gratuito à medicação. Em 83% dos casos a mãe era a responsável pela administração da medicação ao paciente. Sessenta (92,3%) famílias informaram que entendiam a orientação médica. O principal motivo relatado para a não administração da medicação foi o esquecimento. No grupo de 39 pacientes que terminaram a quimioterapia até dezembro/2001 foram detectadas falhas na adesão em 33% dos casos através dos questionários, em 30,7% através dos prontuários médicos e em 16,6% através da dosagem dos metabólitos. Vinte e um pacientes (53,8%) apresentaram falha na adesão detectada por pelo menos um critério e, oito, por pelo menos dois métodos. Foi observada associação significativa (p=0,045) entre falhas na adesão e desnutrição. Apesar de não ter sido constatada associação estatisticamente significativa (p=0,15), foi observada tendência para que a renda familiar per capita do grupo com falhas na adesão (mediana de 0,63 salário mínimo/mês) fosse inferior à do grupo sem falhas (mediana de 1 salário mínimo/mês). Não foram realizadas análises de sobrevida devido ao curto tempo de seguimento. Foram observadas 5 recidivas no grupo com falhas na adesão (n=21) e 2 recidivas no grupo sem falhas na adesão (n=18). Os resultados sugerem que a presença de falhas na adesão ao tratamento é um dos mecanismos pelos quais os fatores sócio-econômicos interferem na evolução das crianças com LLA e apontam a necessidade de uma abordagem mais ampla do problema.

Apoio: FAPEMIGp>

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
25 a 29 de Novembro de 2002
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA
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