Autor: OLIVEIRA, R.A.

Orientador: ROCHA, A.M.C

Outros autores: CUNHA, R.P.A; ROCHA, G.A; QUEIROZ, D.M.M; CAMARGO, L.A.; ALVES, F.P.;;

Linhas de pesquisa no CNPq: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ANATOMIA PATOLÓGICA E PATOLOGIA CLÍNICA

Unidade: FACULDADE DE MEDICINA
Departamento: PROPEDÊUTICA COMPLEMENTAR

Palavras-Chave: HELICOBACTER PYLORI - EPIDEMIOLOGIA - ELISA

Foram estudados 222 indivíduos (112 homens e 110 mulheres: média de idade de 21 anos, DP:18,1 anos) de 2 comunidades ribeirinhas e de uma tribo indígena (Urueu-wau-wau) do estado de Rondônia, Brasil: 132 (59,5%) do Rio Machado, 70 (31,5%) do Rio Madeira e 20 (9%) da tribo indígena. O diagnóstico da infecção pelo H. pylori foi feito pela pesquisa de anticorpos séricos (Cobas-core II, ELISA, Roche) e/ou pelo teste respiratório com uréia marcada com 13C. Dados clínicos, epidemiológicos e demográficos foram coletados pela aplicação de um questionário e o índice de aglomeração residencial (AR) (indivíduos/quarto) e a taxa estimada de aquisição da infecção por faixa etária (TA)(%/ano) foram calculados. A prevalência da infecção foi de 78,8% (IC 95%=72,7-83,9): 81,8% (73,9-87,8) no Rio Machado, 68,6%(56,2-78,8) no Rio Madeira e 95% (73,0-99,7) no Urueu-wau-wau. A taxa de prevalência foi significativamente diferente entre as populações ribeirinhas (OR:2,06; 0,99-4,25) mas não entre populações ribeirinhas e indígena. O índice de aglomeração foi elevado (média de 3,3 +1,8) variando significativamente entre as populações (p=0,001). A taxa de aquisição foi elevada na infância e 50% das crianças até 2 anos de idade estavam infectadas. Aos 15 anos, 86.1% das pessoas eram infectadas e quase 100% dos adultos eram H. pylori-positivo. A análise por regressão logística demonstrou que o índice de aglomeração (OR:5,06; 2,2-11,6) e a idade (OR:2,02; 1,6-2,6) estavam associados com a infecção. Em conclusão, a infecção pelo H. pylori é comum entre nativos da Amazônia e é adquirida predominantemente na infância. O maior risco de infecção associado a taxa de aglomeração elevada sugere a transmissão via pessoa-pessoa.

Apoio: FAPEMIG, PRPq/UFMG, CNPqp>