Resumos da XI Semana de Iniciação Científica
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CIÊNCIAS DA SAÚDE

Manifestações neurológicas atípicas em paciente com dengue hemorrágico, em Belo Horizonte, 2001.

Autor: OLIVEIRA, L. N.

Orientador: FRANÇA, E. B.

Outros autores: MARTINS, M.F. [PIBIC/CNPQ];;

Linhas de pesquisa no CNPq: CIÊNCIAS DA SAÚDE / EPIDEMIOLOGIA

Unidade: FACULDADE DE MEDICINA
Departamento: DMPS

Palavras-Chave: DENGUE HEMORRÁGICO - QUADRO CLÍNICO - MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS

No Brasil, atualmente o dengue tem comportamento endêmico-epidêmico e existe maior risco de dengue hemorrágico devido à circulação de três tipos de vírus - DEN1, DEN2 e DEN3. Dessa forma, o clínico deve estar atento aos casos suspeitos de dengue, que podem ter manifestações clínicas pouco usuais. Com o objetivo de avaliar a ocorrência de sintomas incomuns dessa infecção, foi feita revisão de prontuários de todos os casos notificados pela Santa Casa de Misericórdia à Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, durante o ano de 2001. Dentre vinte pacientes com dengue, verificou-se que um dos casos evoluiu com manifestações neurológicas, pouco usuais ao quadro clássico dessa infecção. A paciente tinha 54 anos e apresentou, além de febre, cefaléia, mialgia, náuseas e tendência hemorrágica (prova do laço positiva e petéquias), sinais de acometimento do sistema nervoso central. A infecção por dengue foi confirmada por sorologia IgM, porém não foi realizado isolamento viral. Foi verificada trombocitopenia importante (6000 cel/mm3) e foram detectadas imagens sugestivas de hemorragia intracraniana em tomografia computadorizada e derrame pleural à radiografia de tórax. Evoluiu, posteriormente, com diplopia de olho esquerdo, acompanhada de paresia de membro superior homolateral. Apesar da gravidade de sua doença, obteve melhora clínica, mas apresentava ainda, no momento da alta, sinais de paresia do membro superior esquerdo. Sabe-se que sintomas neurológicos no dengue se relacionam com o agravamento do quadro clínico, que deverá ser prontamente abordado pela equipe de saúde. Dessa forma, os médicos devem estar preparados para a abordagem adequada de manifestações clínicas pouco usuais da infecção, que podem se tornar relativamente comuns no país.

Apoio: CNPqp>

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
25 a 29 de Novembro de 2002
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