Autor: MATA, L. A.C.
Orientador: NOGUEIRA, A.M.F.
Outros autores: DEMAS, M.; OSÓRIO, J.F.; NEUENSCHWANDER, L.C.; LEMES, L.;;
Linhas de pesquisa no CNPq: CIÊNCIAS DA SAÚDE / ANATOMIA PATOLÓGICA E PATOLOGIA CLÍNICA
Unidade: FACULDADE DE MEDICINA
Departamento: ANATOMIA PATOLÓGICA E MEDICINA LEGAL
Palavras-Chave: CARCINOMA GÁSTRICO PRECOCE, LESÕES PRÉ-CANCEROSAS - P53, PERFIL FENOTÍPICO - PATOGÊNESE
Introdução: A gênese do carcinoma gástrico (CG) é complexa. Características fenotípicas do tumor têm sido correlacionadas com vias carcinogênicas distintas. A infecção por H. pylori é fator de risco para CG e relaciona-se com desenvolvimento de metaplasia intestinal (MI) de tipo III, cujo papel como lesão pré-cancerosa não está bem esclarecido. Objetivo: Avaliar o perfil fenotípico e molecular de CG precoce (CGP) em relação com infecção por H. pylori e lesões pré-cancerosas. Métodos: Estudaram-se 32 CGP classificados segundo Laurén e mucosa gástrica peritumoral analisada segundo o S. Sydney. O fenótipo da neoplasia foi caracterizado por imunohistoquímica com marcadores gástricos (MUC5AC, MUC6 e TFF1), intestinais (MUC2, SIMA e vilina) e p53. Resultados: 23 CGP eram tipo intestinal: 70% H. pylori +, 19 com GCA e MI, 19 (83%) apresentaram marcadores gástricos e 20 (87%) expressaram fenótipo intestinal. Quatro CGP eram difusos: 75% H. pylori +, todos apresentaram GCA, mas sem MI ou displasia; 3 (75%) tinham fenótipo gástrico e 3 eram positivos para marcadores intestinais. Cinco CGP eram mistos: todos H. pylori +, 4 com GCA, 3 (60%) apresentaram MI tipo III e displasia; todos tinham fenótipo intestinal e 4 fenótipo gástrico. A expressão de p53 foi mais freqüente em tumores com fenótipo intestinal (5/6, 83%) do que gástrico (1/4, 25%); não se observou expressão de p53 na MI. Conclusão: A infecção por H. pylori e GCA estão associadas ao CG, independentemente do tipo histológico. A maioria dos CGP apresentou fenótipo misto, com expressão de marcadores gástricos e intestinais. Marcadores intestinais ou expressão de p53 não foram observadas na MI adjacente, mesmo no tipo III. Os resultados não corroboram o papel da MI como lesão pré-cancerosa na carcinogênese gástrica.
Apoio: CNPqp>
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