Autor: RESENDE, U. M.
Orientador: DIAS, E. C.
Outros autores: LELIS, S S R [NENHUMA];;
Linhas de pesquisa no CNPq: CIÊNCIAS DA SAÚDE / SAÚDE DO TRABALHADOR
Unidade: FACULDADE DE MEDICINA
Departamento: MEDICINA PREVENTIVA E SOCIAL (SAÚDE DO TRABALHADOR)
Palavras-Chave: ACIDENTE - CONTAMINAÇÃO - PROTOCOLO PÓS-EXPOSICIONAL
Os objetivos deste trabalho consistiram em: descrever casos de contaminação com material biológico potencialmente contaminado que ocorreram em alunos do curso medicina da FM-UFMG; detectar algumas das falhas existentes no atendimento dos profissionais acidentados e na tentativa de se fazer cumprir as medidas propostas pelo protocolo pós exposicional adotado pelo serviço (SAST); rever as informações pertinentes sobre as falhas existentes nos casos descritos contidas nos protocolos do HC-SAST, CDC e IPSEMG; propor, quando possível, alternativas viáveis para solucionar os problemas encontrados em cada caso. A metodologia empregada para atingir os objetivos supracitados foi o estudo retrospectivo qualitativo do relato de três acidentes com material potencialmente contaminado ocorridos nas dependências da Faculdade de Medicina da UFMG, em 2002, envolvendo alunos do curso de Medicina da própria faculdade. O relato dos casos foi fornecido pelos próprios alunos envolvidos, tendo concordado os mesmos com a sua inclusão no presente trabalho, desde que fossem alterados os nomes das pessoas envolvidas visando preservar sua privacidade. A revisão bibliográfica embasou-se principalmente na análise dos protocolos pós-exposionais utilizados no Hospital das Clínicas da UFMG (pelo SAST), no hospital IPSEMG e aquele obtido no site do Center for Disease Control (CDC) norte-americano na Internet. A análise dos casos, quando confrontada com as medidas de segurança e prevenção de acidentes descritas nos protocolos, mostra que, em todos os acidentes, houveram falhas no atendimento ao profissional acidentado que poderiam culminar em sua infecção, fosse o paciente-fonte contaminado. O estudo das situações mostra também que, curiosamente, a grande maioria dos problemas deriva, não do despreparo, mas da má-vontade do pessoal não-especializado (e.g., responsáveis pela coleta e atendentes do laboratóriio) e da localização espacial inadequada dos recursos físicos (e.g., distância entre o SAST e os laboratórios). Embora o protocolo pós-exposicional adotado nas dependências da FM-UFMG e do HC-UFMG seja extremamente eficaz do ponto de vista teórico e esteja de acordo com as mais modernas diretivas propostas pelo CDC e pela OMS, falhas humanas e burocráticas inerentes ao processo tornam sua aplicação extremamente ineficaz naquilo a que se propõe; cabendo aqui investir em um reposicionamento espacial dos recursos físicos e, principalmente, em uma melhor qualificação do pessoal não-especializado.
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