Autor: CARVALHO, L.G.P.

Orientador: NORTON, R.C.

Outros autores: MACEDO, A V; PENNA, F J;; CARVALHO, S.D.;

Linhas de pesquisa no CNPq: PEDIATRIA / GASTROENTEROLOGIA

Unidade: FACULDADE DE MEDICINA
Departamento: PEDIATRIA

Palavras-Chave: ESOFAGITE DE REFLUXO - INIBIDORES DE BOMBA DE PRÓTONS - PHMETRIA

A esofagite de refluxo é complicação do refluxo gastroesofágico. Há escassez de dados na literatura sobre o tratamento com inibidores de bomba de prótons (IBP) e não está esclarecida a dose efetiva. A variabilidade individual, cicatrização lenta, risco de complicações secundárias e correlação ruim entre sintomatologia e presença de esofagite também contribuem. Estes fatores reforçam a necessidade de monitoração pela pHmetria esofágica. O trabalho visa determinar a posologia de IBP para controle da esofagite complicada em crianças, avaliar eficácia do tratamento e determinar parâmetros da pHmetria adequados para avaliação da melhora. Doze crianças com esofagite erosiva e/ou ulcerada foram acompanhadas. Após endoscopia, as crianças foram submetidas a pHmetria de 24 horas ao início do estudo e após aumento da dose, até normalização do exame. O IBP é o omeprazol, em dose inicial de 0,7 mg/Kg/dia e aumentos subseqüentes de 0,7 mg/Kg/dia. As crianças foram acompanhadas por até três meses, sendo realizada endoscopia ao fim do acompanhamento. Em cinco crianças, foi obtida a normalização da pHmetria. A idade média dos pacientes foi 4,8 anos e a dose de cura do IBP apresentou ampla variação (0,7-3,5 mg/Kg/dia). Foram realizadas, em média, três pHmetrias/criança. Os parâmetros que refletiram presença de refluxo e eficácia terapêutica foram: porcentagem de tempo com pH<4, episódio de refluxo mais longo e índice de DeMeester. Os resultados mostram grande variação individual da dose efetiva. A monitoração da dose do IBP através de pHmetrias é necessária em crianças com esofagite complicada.

Apoio: p>