Resumos da XI Semana de Iniciação Científica
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CIÊNCIAS HUMANAS

O Finalismo Aristotélico na esfera das Ações Humanas

Autor: PEIXOTO, J.

Orientador: PUENTE, F.R.

Outros autores: ;

Linhas de pesquisa no CNPq: FILOSOFIA / HISTORIA DA FILOSOFIA

Unidade: FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
Departamento: FILOSOFIA

Palavras-Chave: AÇÃO - FELICIDADE - FINALISMO

O objetivo desta pesquisa consiste em compreendermos em que medida, segundo Aristóteles, há um finalismo na esfera das ações humanas, e confrontarmos esse com o finalismo no âmbito da natureza. Ora, que haja um finalismo na esfera das ações humanas, isso já fica claro no livro I da Ética Nicomaquéia em que Aristóteles considera que toda ação humana visa um bem, e não um bem qualquer, mas um bem que deve ser auto-suficiente, pois caso contrário teríamos uma série que progrediria infinitamente de bens buscados em função de outros bens, o que tornaria o conhecimento impossível. Então devemos postular um bem final, e esse, segundo o Estagirita, seria a felicidade, pois essa seria buscada por ela mesma. Para explicar o que é a felicidade Aristóteles, no âmbito de seu finalismo em que o fim, o bem de uma coisa é a sua função, ou como ele diria, o seu telos, discute então sobre a função do homem. Portanto, o que é próprio do homem, o que o distingue de todos os outros animais é a sua função, que é sua definição, sua forma, logo, sua função é o exercício da atividade racional. Mas quanto à felicidade, essa é o exercício da atividade racional acrescida de excelência, de virtuosidade. Sendo assim, se na natureza a forma do animal se efetivava no movimento de geração das espécies, agora, no âmbito das ações, esfera propriamente humana, o animal racional efetiva sua forma através de um outro movimento, a ação humana virtuosamente realizada, realiza sua forma no âmbito da ética. Portanto, as ações são um movimento em direção a um fim, a excelência da atividade racional, um movimento teleológico. O problema será então o de saber como se atualiza esse fim, essa excelência, se em uma vida de prazeres, na cidade, ou em um vida contemplativa.

Apoio: CNPqp>

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
25 a 29 de Novembro de 2002
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA
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