Resumos da XI Semana de Iniciação Científica
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CIÊNCIAS HUMANAS

Construção da Subjetividade e Trabalho Autogestivo: Estudo de Caso em um Empreendimento de Autogestão no Estado de Minas Gerais.

Autor: TOMA, L S J

Orientador: CARVALHO, R A A

Outros autores: TRAJANO, A.R.C. [CAPES]; SALDANHA, S.C. [FAPEMIG]; MORAIS, L.N.O. [FAPEMIG];;

Linhas de pesquisa no CNPq: PSICOLOGIA DO TRABALHO E ORGANIZACIONAL / PSICOSSOCIOLOGIA

Unidade: FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
Departamento: PSICOLOGIA

Palavras-Chave: TRABALHO AUTOGESTIVO - SUBJETIVIDADE - AUTONOMIA

Esta investigação enfoca os processos de construção identitária em Empreendimentos de Autogestão, onde o controle dos meios de produção e da gestão pelos trabalhadores é realizado na recriação coletiva do trabalho. Importante compreendermos o processo de produção subjetiva destes indivíduos por e em uma sociedade que é heterônoma, em especial, a sociedade brasileira, cuja cultura traz raízes/marcas do colonialismo e do autoritarismo, que é reproduzido na sua forma tupiniquim no nosso taylorismo-fordismo. Temos, portanto, por objetivo analisar como se configuram as relações entre a organização autogestionária do trabalho e processos de construção identitária de sujeitos trabalhadores. Em que medida os processos de construção identitária em empreendimentos de autogestão se diferenciam de processos identificatórios em empresas heterogestivas? Pretende-se também analisar o processo de mobilização da subjetividade do trabalhador pela organização autogestionária do trabalho, investigando como o sujeito se posiciona e experencia/vivencia esta mudança da organização do trabalho. Parte-se da tese da não extinção do trabalho, isto é, de sua centralidade, e de uma abordagem inter/transdisciplinar, buscando compreender o lugar do trabalho nos processos de subjetivação e de construção identitária do sujeito trabalhador. Trata-se de uma pesquisa essencialmente qualitativa, orientando-se pelos pressupostos da Pesquisa -Ação e da Psicossociologia do Trabalho. Dentre os procedimentos e instrumentos de coleta de dados, privilegiamos: 1) "Observação in loco"/ Observação Participante e "Conversa ao pé da máquina"; 2) História de vida no trabalho; 3) Oficinas/Grupo Operativo. Até o presente momento, a análise dos dados nos aponta mudanças em processos subjetivos e identitários, revelando-nos a dificuldade de assunção de processos autônomos para sujeitos que vêm de experiências heterônomas, produtoras de indivíduos heterônomos. Algumas categorias de análise, levantadas a partir da fala dos sujeitos trabalhadores, indicam temas emergentes para discussão e reflexão pelos Grupos: Relação Sindicato/ Cooperativa; Trabalho Cooperativo e Liberdade; Cooperativismo e União; Dinheiro e Lucro; Autonomia e Heteronomia.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
25 a 29 de Novembro de 2002
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA
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