Autor: ROCHA, G.P.M.
Orientador: AZERÊDO, S.M.M.
Outros autores: AZEVEDO, M.L. [PROBIC/FAPEMIG]; VASCONCELOS, A.B [PIBIC/CNPQ];;
Linhas de pesquisa no CNPq: CIENCIAS HUMANAS / PSICOLOGIA SOCIAL
Unidade: FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
Departamento: PSICOLOGIA
Palavras-Chave: VIOLÊNCIA DE GÊNERO - DEMANDA SOCIAL - GRUPO
Este trabalho discute uma metodologia que procura compreender qual o sentido da violência de gênero para as mulheres que buscam os serviços nas instituições de apoio à mulher em Belo Horizonte/MG. O foco da observação é o discurso que se dá na interação entre pesquisadoras/es, mulheres e instituição e quais são as condições de emergência da demanda social dessas mulheres. A reflexão sobre a demanda tem sido fundamental para se entender esta interação. Conforme André Lévy, a demanda é sempre demanda social na medida em que emerge em situações coletivas, das quais resultam vivências compartilhadas. Entre as mulheres de nossa pesquisa, a demanda sempre aparece como uma "queixa", que tenta "enlaçar" quem a ouve, através da cumplicidade. O primeiro passo do trabalho tem sido, pois transformar esta queixa em demanda social. Nestas instituições tivemos experiências com atendimentos individuais e em grupo. Consideramos o grupo como melhor alternativa para trabalhar questões de gênero, entendendo-o como lugar privilegiado para promover o surgimento de demandas e transformações sociais. O grupo cria um espaço onde as mulheres podem partilhar experiências, falar, refletir, romper com estereótipos, pensar em outras possibilidades que não aquelas que vivem. Nossa intervenção, enquanto pesquisadoras, consiste em evitar que este compartilhar de experiências crie uma identidade de "mulheres vítimas", propiciando um posicionamento e uma tomada de consciência, que possibilite a transformação das queixas em demandas sociais.
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