Autor:
VERNEQUE, L P S [PIBIC/CNPq]
Orientador:
TEIXEIRA, A M S
Outros autores:
FERREIRA, R B
Linhas de pesquisa no CNPq:
CIÊNCIAS HUMANAS / PSICOLOGIA
Unidade:
FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
Departamento:
PSICOLOGIA
Palavras-Chave:
FAMÍLIA / CONTINGÊNCIAS SOCIAIS / RELAÇÕES FAMILIARES
O trabalho apresenta dados preliminares de variações familiares nos períodos colonial e imperial brasileiros. A coleta, organização e análise dos dados foram feitas a partir do quadro conceitual da Análise do comportamento. Para cada período, registraram-se práticas culturais (comportamentos), condições sócio-históricas (antecedentes) e sanções e recompensas (consequentes). Os resultados mostram que no período colonial, o grupo familiar (pai, mãe e filhos) viviam sem luxo com escravos (dormindo na cozinha) e parentes próximos (viúvas/irmãs solteiras). Reuniam-se ao menos uma vez ao dia durante a refeição. Viajantes eram recebidos com hospitalidade e reserva. O pequeno n° de mulheres brancas favorece a inserção de cativas nas funções doméstìcas. Entre os menos abastados era comum o convívio sob o mesmo teto do casal e a concubina, filhos legítimos e ilegítimos. No período Imperial, verifica-se mudanças nos costumes. O pai, o rei do lar, tem a função de sustentar estudos na Europa para os filhos e conseguir bom casamento para as filhas (casamentos endogâmicos, interesses financeiros).Com o casamento, a "guarda" da mulher passava do pai para o marido e sogros. Os escravos ganham espaços específicos da casa. Negras amamentam filhos de brancos. Com a chegada da família real e o retorno de estudantes da Europa, influencias européias são introduzidas e há uma grande estimulação à ostentação. Nos dois períodos, seguir os costumes garantia reconhecimento e status social. Transgredi-los resultava em isolamento. Os dados sugerem relações entre condições antecedentes, comportamentos e conseqüências.
Apoio:
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