Autor:
VALLE, P R [PIBIC/CNPq]
Orientador:
QUEIROZ, D M M
Outros autores:
Linhas de pesquisa no CNPq:
CIÊNCIAS DA SAÚDE / GASTROENTEROLOGIA
Unidade:
FACULDADE DE MEDICINA
Departamento:
PROPEDÊUTICA COMPLEMENTAR
Palavras-Chave:
HELICOBACTER PYLORI / FÍGADO
Caracterizamos morfologica e bioquimicamente e por reação em cadeia da polimerase e seqüenciamento do gene da subunidade 16S do RNA ribossomal, uma amostra do gênero Helicobacter isolada a partir do fígado de um paciente com cirrose em decorrência de Doença de Wilson. Algumas poucas colônias uniformes e douradas indistingüíveis daquelas de H. pylori cresceram em BHM após nove dias de incubação. Os repiques foram positivos após dois a três dias em microaerofilia a 37oC, mas não a 25oC ou 42oC. Não se observou crescimento em aerobiose ou anaerobiose. A amostra foi urease, oxidase, catalase, fosfatase alcalina e g-glutamil transpeptidase-positiva, mas não reduziu nitrito, não cresceu em glicina 1%, bile bovina 1% ou NaCl 1%, nem hidrolisou hipurato de sódio. Foi sensível à cefalotina, mas resistente ao ácido nalidíxico. A bactéria era ligeiramente espiralada com três ou quatro flagelos embainhados e com bulbo terminal. A cepa era ureA+, cagA- e possuía genótipo s2m2 para vac. A análise de mais de 95% da seqüência do 16S rDNA mostrou uma similaridade de 99,38% com a do H. pylori. Assim, foi isolada, pela primeira vez, uma cepa de Helicobacter a partir de tecido hepático humano. Uma vez que o estômago do paciente estava colonizado, como foi detectado pelo teste respiratório com 13C, a bactéria pode ter ganho acesso ao fígado por transferência retrógrada a partir do duodeno, ou translocado do lúmen intestinal para a circulação porta. A existência de uma associação entre a colonização hepática e biliar pelo Helicobacter pylori e o desenvolvimento de doenças desses sítios merece estudos adicionais.
Apoio:
PRPq/UFMG / CNPq / FINEPE / FAPEMIG
|