UFMG Talks

Da arte à física quântica. Das vacinas aos impactos econômicos da pandemia do novo coronavírus. Das manifestações culturais à neurociência. Dos estudos sobre criminalidade à inteligência artificial. Esses temas e outros ganham visibilidade no UFMG Talks, espaço aberto e democrático para discutir a ciência e as pesquisas realizadas na UFMG que contribuem para o desenvolvimento da sociedade, não apenas sob o ponto de vista econômico, mas, principalmente, da saúde, do bem-estar e da qualidade de vida.

Uma vez por mês, pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais apresentam suas pesquisas em um diálogo acessível que aproxime o público das principais discussões científicas.

O UFMG Talks é uma iniciativa da Pró-Reitoria de Pesquisa (PRPq) em parceria com o Centro de Comunicação (Cedecom) da UFMG e conta com o apoio do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep).

Imagine ser capaz de manipular objetos em um mundo 100.000 vezes menor que a espessura de um fio de cabelo. E ao fazer isso, criar soluções para questões do dia a dia, como um cimento mais resistente ou medicamentos sem efeitos colaterais. É o que possibilita a nanotecnologia. Os professores Ado Jório e Silvia Guatimosim convidam para uma fascinante viagem através desse mundo invisível por meio das pesquisas desenvolvidas pela UFMG.

Diagnósticos médicos mais precisos, carros autônomos, reconhecimento facial e robôs que mais se parecem com humanos são alguns dos exemplos que revelam como a Inteligência Artificial (IA) está cada vez mais presente em nosso cotidiano. Mas em que medida ela já transpôs o domínio da ficção científica? O que já é realidade na Inteligência Artificial e o que ainda está na imaginação?

Os professores Nivio Ziviani e Eduardo Albuquerque discutem os impactos atuais e futuros dessa área de pesquisa em nossas vidas e na economia.

Importantes descobertas científicas no campo da vacinação, nas últimas décadas, foram responsáveis pelo controle e, até mesmo, a erradicação de graves doenças contagiosas. Mas nem mesmo os avanços da pesquisa de ponta parecem ser capazes de barrar a onda de desconfiança quanto à sua eficácia e segurança. Os professores Flávio Guimarães e Lilian Diniz apresentam as últimas descobertas e os avanços da UFMG na área e seus impactos para a saúde da população.

Apresentadas sob a forma de notícias, informações falsas se espalham em velocidade cada vez maior pelas redes sociais e já interferem na cena política, na saúde pública e até na credibilidade de pesquisas. São as chamadas fake news, termo que, em 2017, foi eleito a palavra do ano, devido ao súbito aumento da sua utilização.

Os professores Fabrício Benevenuto e Geane Alzamora discutem como as pesquisas desenvolvidas na UFMG têm contribuído para entender e combater esse fenômeno mundial.

Uma revolução tecnológica sem precedentes já permite a edição do DNA de praticamente qualquer organismo. A tecnologia pode permitir o diagnóstico e o tratamento de doenças diversas que têm causas genéticas, tornar plantações e rebanhos mais resistentes a pragas e doenças, evitar a rejeição de órgãos transplantados. Mas quais são os dilemas que acompanham a capacidade de alterar facilmente o genoma de um organismo, incluindo o ser humano?

Os professores Silvia Guatimosim e Ivan Domingues apresentam as pesquisas de ponta desenvolvidas na UFMG discutindo também as implicações éticas decorrentes desta tecnologia.

Por que um músico não pode tocar sem se mover? E que relação tem esse movimento com o da dança? O ritmo dos sons que trafegam entre graves e agudos cria a sensação de velocidade e direção, de movimento.

Nesta edição do UFMG Talks, os professores Mauricio Loureiro e Mônica Ribeiro mostram como, por ressonâncias corporais no espaço e no tempo, músico, desenho, dançarino e espectador comunicam sua poesia. Participação especial do dançarino Lourenço Martins Marques, que faz uma improvisação.

Localizada na parte mais remota do globo terrestre, e elemento chave do clima, a Antártica preservou ao longo dos séculos, no gelo, riquíssimos registros da vida: de microorganismos que não existem em outros ambientes, aos primeiros artefatos humanos, deixados ali por baleeiros. Desde a sua descoberta oficial, há exatos 200 anos, o continente gelado atraiu inúmeros exploradores e pesquisadores que mapearam e visitaram todas as regiões do continente.

Entre eles, os pesquisadores da UFMG Luiz Rosa e Andrés Zarankin, que apresentarão os resultados de suas pesquisas nas áreas da biologia e antropologia.

UFMG Talks em casa

 
Em julho de 2020, o UFMG Talks se adapta para o ambiente online por conta da pandemia da Covid-19 e das medidas de isolamento social.

Em quatro meses, o Brasil saltou de um caso para mais de 1,3 milhão de casos de covid-19, doença provocada pela contaminação do novo coronavírus. O país é o segundo do mundo em número de mortes e registros de contaminações, atrás apenas dos Estados Unidos. Desde o início, há uma corrida pela imunização, mas há também o que a Organização Mundial de Saúde (OMS) chama de infodemia: informações sem fundamentação científica com promessas de cura circulando principalmente pelas redes sociais.

O que fazer diante desse ambiente de desinformação? Os professores do departamento de Clínica Médica da UFMG Unaí Tupinambás e Tom Ribeiro conversam sobre medicamentos, pesquisas e ações realizadas pela Universidade e por outras instituições nacionais e internacionais em busca de caminhos para o enfrentamento da pandemia.

A covid-19 provoca distintos impactos em diferentes áreas: no sistema de saúde, na ciência, na economia, nas relações sociais, na educação, no trânsito, no meio ambiente, nas relações de trabalho. Mas, talvez, o lado mais perverso dessa pandemia seja o impacto social. O coronavírus penaliza, como é a regra das grandes tragédias, os mais pobres, expondo ainda mais a vulnerabilidade de famílias e impondo drásticas e profundas mudanças no mundo do trabalho.

No Brasil, a renda básica emergencial busca amenizar o aumento da pobreza e da desigualdade, mas a suspensão prematura deste benefício pode ampliar a crise e deixar milhões de pessoas em condições miseráveis. Para conversar sobre estratégias para a mitigação dos impactos da pandemia e a recuperação da economia brasileira, o UFMG Talks em casa recebe os professores Frederico Jayme Jr. e Débora Freire.

Para enfrentar a pandemia da covid-19, foi necessário reduzir a circulação de pessoas e, ao mesmo tempo, evitar eventos e espaços que favorecem a concentração de indivíduos. Entre essas medidas, temos o cancelamento de grandes eventos culturais e esportivos, por exemplo, e também o fechamento de escolas.

Muitas instituições, públicas e privadas, dos mais diferentes níveis de ensino, optaram, de forma emergencial, pelo ensino não presencial. Até o celular, frequentemente considerado um inimigo em sala de aula, tornou-se um aliado nesta nova prática de ensino. Mas o Brasil é uma nação desigual: não se pode desconsiderar a exclusão digital.

O UFMG Talks em casa recebe os professores Chico Soares e Maria José Flores para uma conversa sobre os caminhos e descaminhos da educação no Brasil em tempos de pandemia.

Incertezas, traumas, perdas, medos … Tragédias repercutem no ser humano, física e psiquicamente. De acordo com cartilha publicada pela Fundação Oswaldo Cruz, estima-se que entre ⅓ e metade da população exposta a uma epidemia pode vir a sofrer alguma manifestação psicopatológica, caso não seja feita nenhuma intervenção de cuidado específico para as reações e sintomas manifestados.

Os fatores que influenciam o impacto psicossocial estão relacionados a magnitude da epidemia e o grau de vulnerabilidade em que a pessoa se encontra. Os receios e temores provocados pela pandemia do novo coronavírus, os riscos de contaminação e o isolamento social podem agravar ou gerar sofrimento mental, como alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Outros acontecimentos trágicos, como o rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais, em janeiro de 2019, que resultou em 259 mortes, atestam que as emoções humanas devem ser consideradas com um dos fatores preponderantes para a saúde.

Para conversar sobre os impactos desta pandemia e de outras catástrofes na saúde mental, o UFMG Talks em casa recebe as professoras Cláudia Mayorga e Teresa Kurimoto, que abordam o tema sob a perspectiva da psicologia e da enfermagem.

De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o uso da internet no Brasil cresceu com o isolamento social. O aumento foi entre 40% e 50% durante a pandemia. Para uma parcela da população ficar em casa significa trabalhar remotamente, participar de videoconferências, assistir a lives, auxiliar os filhos durante atividades escolares e, nos momentos livres, mais conexões.

O boom do tráfego na rede esconde uma realidade social. No Brasil, um em cada quatro brasileiros não têm acesso à internet. São, segundo a pesquisa TIC Domicílios 2019, divulgada pelo Comitê Gestor da Internet (CGI.br), 47 milhões de pessoas fora da rede. Bairros afastados e cidades menores sofrem com a falta de infraestrutura de banda larga e, mesmo onde o acesso chega, não são todas as pessoas que podem pagar pelo serviço.

A Organização das Nações Unidas já elegeu o acesso à internet como um direito social universal. Mas não basta acesso à rede, a computadores, smartphones ou ter dinheiro para contratar um plano de dados de qualidade. Inclusão digital vai além de bits e bytes.

Para conversar sobre a exclusão digital, o UFMG Talks em casa recebe os professores Regina Helena Alves e Virgílio Almeida, que vão falar sobre os desafios e os caminhos para reverter esse cenário no Brasil.

Desde os primeiros casos de sars-cov-2 diagnosticados na China, milhares de cientistas do mundo inteiro se uniram em várias frentes para o enfrentamento desta nova doença. Do diagnóstico ao tratamento, passando pelo desenvolvimento de uma vacina, são inúmeros os desafios.

Em uma corrida contra o tempo, de um lado pesquisadores mobilizam insumos, recursos e criam diferentes testes em busca de diagnósticos confiáveis para o novo coronavírus. Em outra frente, cientistas trabalham atualmente em mais de 140 diferentes projetos candidatos a vacina contra o sars-cov-2, sendo que seis deles já se encontram na fase três, a última etapa de testes antes da comercialização.

Para conversar sobre as pesquisas na área desenvolvidas na UFMG, a próxima edição do UFMG Talks em casa recebe os professores Ricardo Gazzinelli e Mauro Teixeira, que vão falar também sobre a importância de desenvolvermos tecnologias brasileiras tanto de diagnóstico quanto de imunização para não ficarmos dependentes das iniciativas internacionais.

Os números associados à covid-19 são assustadores. São mais de 21 milhões de casos e perto de um milhão de mortes. Outras 14 milhões de pessoas contraíram o novo coronavírus e parecem ter passado pelo Sars-Cov-2. Mas podemos dizer que elas estão curadas?

Um número expressivo de pacientes que foram infectados pelo novo coronavírus, incluindo casos moderados da doença, reclamam de cansaço, fadiga e falta de ar após a cura. E não se sabe ainda por quanto tempo esses sintomas podem perdurar.

Em casos mais graves, há ainda relatos de fibrose pulmonar, síndrome pós-UTI pelo uso prolongado da ventilação mecânica, e ainda alterações no coração, rins, intestino, sistema vascular e até no cérebro.

Para conversar sobre sequelas e terapias para a reabilitação de pacientes que tiveram covid-19, a próxima edição do UFMG Talks em casa vai receber a professora Carolina Marinho, médica intensivista, e o professor Marcelo Velloso, fisioterapeuta e especialista em reabilitação pulmonar.

Ouro Preto é uma das primeiras cidades históricas do Brasil a aderir ao Projeto de Cidade Inteligente. O nome é curioso! Afinal, o que é uma cidade inteligente? Ou smart city, em inglês?

Como é que essa cidade pode "pensar" e "buscar" soluções para uma vida melhor, que coloca em primeiro plano fontes de energia sustentáveis, alternativas para melhorar a mobilidade e a preocupação com a preservação ambiental e muito mais? E qual a relação disso tudo com a atual pandemia?

Para conversar sobre as tendências de ocupação urbana no Brasil e no mundo, o UFMG Talks em casa recebe os professores Roberto Monte-Mór, da Economia, e Antonio Loureiro, da Computação.

Eles discutem como a tecnologia pode favorecer a criação de sistemas inteligentes e como essa discussão começa a ganhar força no contexto da pandemia. Afinal, há pessoas que estão repensando os modelos de desenvolvimento e de ocupação dos espaços, principalmente, os urbanos.

Antes da notificação do primeiro caso do novo coronavírus no Brasil, a taxa de desocupação entre a população era, segundo o IBGE, de 11,2%. No final de junho, chegou a 13,3%. Entre os jovens, o desemprego alcançou nos primeiros três meses do ano 27,1% da população entre 18 e 24 anos.

Em recessão desde 2014, a economia brasileira vê os efeitos da crise se aprofundarem com a covid-19. Qual será o futuro pós-pandemia? Será que a adaptação ao modelo remoto de trabalho, possível apenas para uma parcela da população, vai trazer grandes mudanças? É preciso reconhecer que antes da aparição do Sars-Cov-2 aconteceram alterações profundas na legislação trabalhista, com estímulo à terceirização e o enfraquecimento das entidades de classe. E por falar em classe, este conceito ainda está em uso?

Para conversar sobre emprego, renda, mercado, trabalho e o papel do Estado na recuperação econômica pós-pandemia, o UFMG Talks em casa recebe os professores Hugo Cerqueira e Simone Wajnman, da Faculdade de Ciências Econômicas.

Ela é uma senhora, já bem experiente, e muito presente na vida dos mineiros. Os mais de 90 anos não a impedem de estar presente em muitos cantos e recantos, nas Gerais e para além das montanhas. Solidária e compromissada, está sempre de braços abertos e, ano sim e o outro também, renova-se ao acolher milhares de jovens e seus sonhos.

Nossa personagem é a UFMG, a maior instituição de ensino superior mineira e uma das mais importantes do Brasil e reconhecida internacionalmente, que completa este mês 93 anos de muitas histórias.

Para celebrar a data, a próxima edição do UFMG Talks em casa recebe a reitora Sandra Regina Goulart Almeida e o pró-reitor de pesquisa Mario Fernando Montenegro Campos para uma conversa sobre as personalidades e pesquisas que marcaram e marcam a história da instituição.

Você já parou e pensou, de verdade, sobre esses termos? Garantir acesso e inclusão para cerca de 12,5 milhões de brasileiros, que, segundo o IBGE, possuem algum tipo de deficiência, não nos parece sinônimo de medidas adotadas para compensar incapacidades. Essa é, sem dúvida, uma forma restrita de encarar a questão.

Uma sociedade inclusiva, que pretende oferecer uma vida digna e justa a todos e todas, precisa se constituir a partir da alteridade. Bora reconhecer as pessoas na condição de cidadãs! E que tal mudar a pergunta? Não seria a sociedade que carece de estrutura, bens e serviços para garantir o bem estar da coletividade?

A próxima edição do UFMG Talks em casa recebe as professoras Rosana Passos, da Letras, e Andressa de Mello, da Educação Física, para uma conversa sobre acessibilidade e inclusão, em comemoração ao Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência (21 de setembro) e ao Dia Nacional do Atleta Paralímpico (22 de setembro).

Estudo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) indica que a mata nativa preservada ocupa 61% de todo o território brasileiro. Por outro lado, o Brasil é a nação que mais desmata vegetações primárias. De acordo com o “Global Forest Watch”, aplicativo da web que monitora florestas globais, o desmatamento atingiu uma área de 1,3 milhão de hectares.

Ao lado do desmatamento, outro problema assola as matas nativas, a vida animal e comunidades: os incêndios. No Pantanal, por exemplo, nos primeiros seis meses deste ano foram registrados 2.534 focos de incêndio segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), um aumento de 158% em relação a 2019.

Contradições e mais contradições. Esse é o Brasil, que se divide entre o avanço e o atraso, entre o agronegócio sustentável e o predatório. É possível promover um encontro entre esses dois "brasis"? Como diminuir as taxas de desmatamento e tornar, por exemplo, a agropecuária brasileira a mais sustentável do mundo?

A ciência pode ajudar a resolver essa equação? Esta edição do UFMG Talks em casa vai receber os professores Raoni Rajão e Britaldo Soares filho para uma conversa sobre preservação ambiental, agronegócio e sustentabilidade.

"Dizem que ela existe para proteger / Eu sei que ela pode te parar / Eu sei que ela pode te prender / Polícia para quem precisa de polícia". Os versos da canção Polícia, do grupo Titãs, do terceiro álbum da banda, Cabeça Dinossauro, de 1986, são provocativos. As frases, afirmativas na forma, transmutam-se em indagação: Quem precisa de polícia? Quando a polícia se faz precisa? Ao mesmo tempo, manifestam a dúvida do autor, o músico e escritor Tony Bellotto: Polícia, para quem?

A segurança pública é uma temática instigante. No próximo UFMG Talks em casa, Ludmila Ribeiro, da Sociologia, e José Luiz Quadros, do Direito, ambos professores e pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais, refletem sobre o papel das forças de segurança e os desafios enfrentados pelos policiais durante a pandemia do novo coronavírus: o aumento da violência doméstica, a necessidade de fechar estabelecimentos comerciais e impedir a circulação de pessoas em todos os lugares.

O programa ainda vai debater sobre o aumento do encarceramento e a produção de estudos para auxiliar a proposição de políticas públicas.

Vivemos em um mundo integrado, interconectado. As relações socioespaciais têm se dado de maneira dinâmica e intensa. Não se trata de um acontecimento, mas de um processo em permanente transformação que, como uma roda, gira cada vez mais rápido.

Esta conexão geograficamente simbiótica ficou bastante evidente nesta pandemia. O aparecimento de um novo vírus na província de Wuhan, na China, manifestou-se, em questão de dias, em praticamente todos os países do mundo, modificando a rotina de bilhões de pessoas.

Como as relações internacionais influenciam as nossas vidas? Qual o impacto da pandemia na política de fronteiras e na circulação das pessoas? A próxima edição do UFMG Talks em casa vai receber a professora Carolina Moulin, da Economia, e o professor Aziz Saliba, do Direito, para uma conversa sobre globalização e os impactos da nova ordem mundial nas democracias liberais.

Do campo de busca do Google, passando pela mediação algorítmica e desembarcando em carros e sistemas dotados de capacidade de aprendizado, a chamada Inteligência Artificial (IA) está cada vez mais presente no cotidiano.

E a saúde é uma das áreas onde inúmeras inovações têm sido aplicadas. Cirurgias robóticas, diagnósticos mais precisos, recomendação de tratamentos com menos efeitos colaterais.

Mas qual o impacto destas novas tecnologias na relação médico-paciente? Os médicos serão substituídos por robôs? Quais habilidades serão necessárias aos profissionais da saúde no futuro?

Integrada à programação da Semana do Conhecimento, a próxima edição do UFMG Talks em casa vai receber os professores Marco Aurélio Romano Silva, da Medicina, e Wagner Meira Jr., da Computação, para uma conversa sobre os avanços da Inteligência Artificial aplicados à Saúde.

Até o fim desta década, segundo projeções do IBGE, o Brasil terá mais idosos do que crianças. Hoje, pessoas com mais de 60 anos já representam quase 10% de toda a população nacional.

Para alguns, o avanço da idade é acompanhado pela perda progressiva da memória, o que pode ser um sinal de doenças neurodegenerativas como o Alzheimer. Porém, há também pessoas que conseguem manter sua memória até os 80, 90 anos.

Quais os efeitos do avanço da idade no cérebro humano? É possível prevenir ou adiar o surgimento de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer?

Nesta edição do UFMG Talks, os pesquisadores Paulo Caramelli e Karina Braga discutem novas perspectivas de diagnóstico e tratamento do Alzheimer sob o olhar da Neurologia e da Farmácia.

A atividade de extração mineral representa cerca de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e 8% do conjunto de riquezas geradas em território mineiro. O estado é, de acordo com o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), responsável por mais de 50% da produção nacional de minerais metálicos e 29% de demais minérios.

A relação entre essas duas histórias - Minas e mineração - remonta ao Brasil-colônia, quando a descoberta de ouro e diamantes provocou a ocupação das Geraes. Mas a exploração mineral desafia gestores, pesquisadores, ambientalistas.

Os rompimentos das barragens de rejeitos de minérios denominadas "Fundão", no município de Mariana, em 2015, e do "Córrego do Feijão", em Brumadinho, em 2019, escancararam contradições, riscos e falhas do atual modelo de exploração mineral.

A próxima edição do UFMG Talks em casa recebe os pesquisadores Virgínia Ciminelli e Ricardo Machado Ruiz para uma reflexão sobre a mineração, tendências tecnológicas e operação com segurança e sustentabilidade.

A mente humana é um dos temas que mais geram fascínio e curiosidade em cientistas do mundo todo. Nosso modo de agir, nossas funções fisiológicas, incluindo as involuntárias, nossos pensamentos, nossas emoções, tudo o que acontece no nosso corpo é controlado pelo sistema nervoso.

Mas afinal, como opera o nosso cérebro, esse órgão super poderoso e ao mesmo tempo tão misterioso? As neurociências, um campo recente de pesquisas multidisciplinares, que recebeu esse nome somente no final dos anos 1970, busca respostas para essa e outras perguntas.

O que controla as emoções e os pensamentos? Como eles interferem e condicionam o comportamento humano? De que forma eles impactam a memória? Quais as interfaces entre cérebro e máquina?

O UFMG Talks em casa recebe a professora Angela Ribeiro e o professor Márcio Moraes, ambos da Biologia, para uma conversa sobre como as vivências e aprendizados interferem no nosso desenvolvimento mental.

Apesar de ainda serem raros no Brasil, os veículos híbridos e elétricos já são uma realidade e apontam para um futuro onde o consumo de combustíveis derivados do petróleo tende a cair drasticamente.

A mobilidade é um dos elementos chave para o desenvolvimento das cidades do futuro e está diretamente ligada à busca por fontes de energia renováveis que gerem menos impacto ao meio ambiente. Desde a década de 1970, o fomento à produção do etanol a partir da cana-de-açúcar coloca o Brasil numa posição de destaque no mercado internacional.

Mas será que estamos no caminho certo? Existem alternativas de biocombustíveis para o setor aéreo e naval? Quais investimentos em infra-estrutura são necessários para ampliarmos a frota de veículos elétricos no país?

Nesta edição do UFMG Talks em casa, os professores Braz Cardoso, da Engenharia Elétrica, e Vânya Pasa, da Química, discutem sobre mobilidade e a transição energética dos combustíveis fósseis para o carbono zero.

Não há Drummond sem Itabira, Fernando sem Sabino, "zunido" de vento sem Pedro Nava, atravessamento sem Adélia Prado ou silêncio das ondas sem Ana Martins Marques; ah!, tantas e quantas estrofes por este caminho de pedras... E nem pensar Milton sem "tons geniais", Skank e Pato Fu sem Sepultura, travessias sem o Clube da Esquina. "Uai, sô!", boteco, torresmo, jiló frito sem fígado acebolado, quitanda, quermesse, quaresma, goiabada sem queijo, "cafezim" sem rapadura! E o Galo sem a Raposa, não é, Vander Lee? E "do lado esquerdo do peito", guardadinho num cantinho especial, o Coelho.

Para comemorar os 300 anos de Minas Gerais, o UFMG Talks em casa recebe a visita da professora Márcia Almada, da Escola de Belas-Artes, e do professor José Newton Meneses, do Departamento de História.

Vamos prosear sobre as origens da nossa cozinha, que remonta à época em que os tropeiros cruzavam os sertões. Reconhecida como patrimônio cultural imaterial, a culinária mineira é marcada pela fartura e pelos sabores; suas receitas, transmitidas de geração em geração e guardadas a sete-chaves, são parte viva da nossa cultura, do jeito mineiro de ser.

E tempo vai ter para prosear também sobre uma tal arte de restaurar manuscritos do século XVIII, trem que a universidade deu pra chamar de Iluminura. Será que é coisa brilhosa, que nem vagalume? Sei, não! Ouvi falar que é vocábulo usado para o adorno de palavras com caligrafia elaborada, grafismos e pinturas requintadas.

Este texto, modestamente, apenas enfatiza o que um mineiro da capital aprendeu em andanças por entre montanhas e chapadas. "Minas são muitas. Porém, poucos são aqueles que conhecem as mil faces das Gerais", anunciou um tal Rosa que andava lá pelos lados dos Guimarães. Então, arreda aí e anda logo. Se não, 'cê perde o horário do cata-jeca!

Um ano de pandemia da Covid-19 e o Brasil vive um momento de extrema gravidade, com elevada incidência de novos casos, circulação de novas variantes e um número inaceitável de óbitos. Ao longo desse ano, a UFMG tem trabalhado incansavelmente no enfrentamento do novo coronavírus.

Mais de duas centenas de pesquisas e atividades de extensão estão em andamento atualmente, envolvendo pesquisadores de diversas áreas do conhecimento: desenvolvimento de vacinas e de testes avançados e de baixo custo, realização de diagnósticos por RT-PCR, estudos de reposicionamento e de novos medicamentos e terapias, novas tecnologias para neutralização do vírus, os impactos da pandemia sobre os seres humanos, a sociabilidade, a economia, o meio ambiente, a política e a cultura.

Em um esforço coletivo contra o novo coronavírus, ao longo do último ano a UFMG estabeleceu parcerias nacionais e internacionais com diversas instituições e com o poder público, incluindo prefeituras, o Governo de Minas Gerais e os Ministérios da Saúde e da Ciência, Tecnologia e Inovações.

Na primeira edição do ano, o UFMG Talks em casa recebe a reitora Sandra Regina Goulart Almeida e o pró-reitor adjunto de pesquisa André Ricardo Massensini para uma conversa sobre as contribuições da UFMG no enfrentamento da pandemia da Covid-19.

Em todo o mundo, uma corrida pela produção e distribuição de vacinas tenta barrar o avanço da covid-19. Ao se replicar em uma pessoa infectada, o vírus sofre modificações que ao contaminar um outro indivíduo também sofrerá mutações, em um processo de transformação exponencial.

As novas variantes identificadas no Brasil, no Reino Unido, na África do Sul e na Índia desafiam os cientistas pela alta transmissibilidade e agressividade, atingindo pessoas ainda não vacinadas, em particular as mais jovens. Ainda neste mês, e coincidindo com o momento mais crítico da pandemia no Brasil, pesquisadores da UFMG alertaram para uma nova possível variante circulando na região metropolitana de Belo Horizonte.

As vacinas disponíveis são eficientes para as novas variantes do coronavírus? Como as vacinas em desenvolvimento pela UFMG poderão contribuir nesse cenário?

Esta edição do UFMG Talks em casa recebe a professora Ana Paula Fernandes e o professor Renato Santana para uma conversa sobre os avanços científicos na detecção, no sequenciamento genético das novas variantes e no desenvolvimento de tecnologia de vacinas e diagnósticos.

Na luta contra o novo coronavírus, pesquisas multidisciplinares mobilizam cientistas na busca por soluções e novas tecnologias.

Uma das frentes é a vigilância epidemiológica que vem mapeando há um ano a incidência da covid-19 no esgoto de Belo Horizonte e Contagem. Esses dados auxiliam os gestores públicos na tomada de decisões e antecipam cenários de agravamento da crise sanitária. O projeto se expandiu na Rede de Monitoramento Covid Esgotos, que também atua em Fortaleza, Recife, Brasília, Rio de Janeiro e Curitiba.

Outra frente de pesquisa buscou novas formas de combater o vírus em ambientes, culminando no desenvolvimento de uma nanotecnologia capaz de proteger superfícies contra o sars-cov-2 por até 28 dias. Batizado de Nanoativ, o composto químico possui uma potente ação antiviral e deu origem a uma fita adesiva, que em breve estará disponível no mercado.

Para conversar sobre o monitoramento ambiental da covid-19 e o desenvolvimento de tecnologias para o enfrentamento da pandemia, esta edição do UFMG Talks em casa recebe como convidados os professores Carlos Chernicharo, da Engenharia Sanitária e Ambiental, e Ruben Sinisterra, da Química.

Estudos recentes indicam que a pandemia de covid-19 reduziu a expectativa de vida do brasileiro em quase dois anos em 2020, retornando ao patamar de 2013. Foi a primeira vez desde 1945 que este índice recuou no Brasil.

O recente adiamento para 2022 do Censo Demográfico do IBGE poderá trazer sérios impactos ao acompanhamento dessa grave mudança de realidade. Além da estrutura etária, o número de óbitos pela covid-19 também é impactado por variáveis como a densidade populacional, as condições sanitárias, o acesso a serviços de saúde e desigualdades econômicas.

No Rio de Janeiro e em Porto Alegre, por exemplo, o número de óbitos chegou a superar o número de nascimentos em 2020.

Para conversar sobre os impactos da pandemia na longevidade da população brasileira, a próxima edição do UFMG Talks em casa recebe os pesquisadores Cássio Turra, da Demografia, e Sandhi Barreto, da Medicina Preventiva.

O avanço tecnológico recente vem sendo impulsionado pelo uso de novos materiais, entre eles o nióbio e o grafeno. Utilizados para a produção de equipamentos e tecnologias, a demanda mundial por esses produtos pode colocar o Brasil em posição de destaque no cenário global.

Implantes ortopédicos, turbinas de aviões, aços especiais, aceleradores de partículas e aparelhos de ressonância magnética são alguns exemplos de aplicações do nióbio, um metal até recentemente desconhecido. O Brasil possui 90% do mercado mundial deste metal que, quando misturado ao aço, o torna mais forte e maleável.

Composto por nanopartículas de carbono, o grafeno promete revolucionar a indústria por suas propriedades como resistência, transparência, flexibilidade e por ser um ótimo condutor de calor e eletricidade. Com grande potencial de aplicação em celulares e tablets, este novo material promete ainda produzir veículos mais leves e econômicos, painéis solares, filtros para dessalinizar a água dos oceanos, entre inúmeras possibilidades. O maior desafio, no entanto, é produzi-lo em larga escala e a um custo viável para a sua comercialização.

Para conversar sobre pesquisas e tecnologias desenvolvidas de maneira pioneira pela UFMG e desafios e oportunidades do nióbio e do grafeno em Minas Gerais, no Brasil e no mundo, esta edição do UFMG Talks em casa recebe os professores Luiz Carlos Oliveira, do Departamento de Química, e Luiz Gustavo Cançado, do Departamento de Física.

Entre os destaques, o nanoscópio que enxerga cristais de grafeno um bilhão de vezes mais finos que um fio de cabelo e uma solução à base de nióbio que protege superfícies contra o novo coronavírus.

Alpha, Beta, Gama, Delta: as letras do alfabeto grego também dão nome às novas variantes do Sars-Cov-2, o vírus que provoca a Covid-19. Apesar do avanço na vacinação em todo o mundo, o aumento de casos por contaminação pela variante Delta em países como Israel, Reino Unido, Estados Unidos, China e Indonésia desafia os cientistas. A variante Delta conduzirá a uma nova onda da covid-19 no Brasil ? Quais as perspectivas futuras da pandemia?

A possibilidade de retorno de medidas sanitárias mais restritivas no momento de retorno semipresencial das escolas chama a atenção para um outro grave problema ocasionado pela pandemia: o impacto da pandemia na saúde física e mental das crianças e adolescentes. Quase metade dos adolescentes brasileiros relatam preocupação, nervosismo, mau humor e um alto nível de sedentarismo. Passando a maior parte do tempo na frente do computador ou do celular, eles têm dificuldades para se relacionar, concentrar nas aulas on-line e problemas para dormir.

Para conversar sobre as perspectivas da variante Delta do Sars-Cov-2 e os impactos da pandemia nos adolescentes, esta edição do UFMG Talks em casa recebe os pesquisadores Renan Pedra e Deborah Malta.

O diário britânico Financial Times publicou na internet uma calculadora curiosa. Ela é capaz de verificar, a partir da interação com o internauta, quanto a indústria multibilionária da informação pode pagar pelos dados pessoais.

Mas não vá achando que o comércio de dados pode render uma boa bolada. Segundo o Financial Times, os dados da maioria das pessoas valem menos do que um dólar - informações básicas como idade, gênero e localização estão na casa dos 0,0005 centavos de dólar. Essa realidade muda quando há interesses mais específicos, como o desejo por um carro novo. Nesses casos, a tabela pode chegar a 0,0021 centavos de dólar. Mas se você tem problemas de saúde, como pressão alta, ansiedade ou uma leve rinite alérgica, o valor tende a crescer.

Com o aumento da conectividade, eleva-se a circulação de informações, afinal, não é de hoje que para muita gente a vida está a alguns cliques. Uma avalanche de dados pessoais circula a cada minuto por meio da internet e os riscos de quebra da privacidade elevam-se da mesma forma. Projeções do mundo da tecnologia indicam um crescimento, em dois anos, de cerca de 10% do tráfego de dados em redes fixas e de quase 30% em redes móveis. Esse é, sem dúvida, um dos legados da pandemia da Covid-19.

Para garantir os direitos e a proteção dos dados pessoais dos brasileiros, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) entrou em vigor integralmente a partir de agosto deste ano. Ela exige que as empresas e governos informem aos usuários sobre o tratamento das informações coletadas e prevê sanções para aqueles que não se adequarem às exigências.

Se você ficou curioso, quer fazer o teste para descobrir quanto valem os seus dados e ficar por dentro dos seus direitos, você precisa participar desta edição do UFMG Talks em casa. O programa recebe a professora Michele Nogueira, da Ciência da Computação, e o professor Leonardo Parentoni, do Direito, para conversar sobre segurança cibernética e a importância da proteção dos dados.

Quando bate a fome, você pega o celular e checa os restaurantes com promoção mais próximos que fazem entrega na sua casa. Se precisa ir a uma consulta médica, você chama um motorista de aplicativo para chegar mais rápido ao destino.

A vida parece convergir para os nossos smartphones, mediada cada vez mais pelas plataformas digitais. Elas nos conectam com amigos, colegas de trabalho, restaurantes, lojas, supermercados e bancos. Durante a pandemia, ficou ainda mais evidente como praticamente tudo está disponível a um clique na palma da mão.

Dados, algoritmos, IA e modelos de negócios estão por trás dessa nova sociedade que gira em torno das grandes empresas de tecnologia como Google, Amazon, Facebook e Uber. Essa última, inclusive, empresta o seu nome para um novo fenômeno denominado uberização, ligada às mudanças nas relações de trabalho e na concorrência numa sociedade movida pelos aplicativos.

Com a promessa de reduzir custos, facilitar o acesso a determinados produtos e serviços e oferecer mais comodidade para os usuários, essa nova dinâmica social traz mudanças estruturais significativas, como no transporte público, onde já é possível observar a queda na demanda por viagens de ônibus e táxis, por exemplo.

Para discutir sobre a "plataformização" da sociedade e a "uberização", a próxima edição do UFMG Talks em casa recebe os professores Carlos d'Andréa, da Comunicação, e Fabio Tozi, da Geografia.

A alimentação é um dos grandes desafios globais da atualidade. Indicadores mostram que o objetivo de alcançar a "Fome Zero" até 2030 está cada vez mais inatingível. O relatório da ONU sobre o Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo 2020 aponta que os impactos socioeconômicos e de saúde durante a pandemia da Covid-19 deterioraram ainda mais a segurança alimentar e o estado nutricional das populações mais vulneráveis.

A demanda mundial por alimentos, que acompanha o crescimento populacional, desafia os cientistas a desenvolverem novas tecnologias para impulsionar a produção de alimentos. O crescente consumo de pescados aponta para uma das tendências que é o cultivo de organismos aquáticos em fazendas, também conhecido como Aquicultura. Outro avanço é a redução do uso de produtos químicos e defensivos na produção de frutas, legumes e verduras.

Nesta edição do UFMG Talks em casa, a professora Silvia Nietsche, do Instituto de Ciências Agrárias, e o professor Henrique Figueiredo, da Escola de Veterinária, discutem novas técnicas de cultivo de frutas e animais aquáticos e como suas pesquisas apontam soluções para a produção sustentável de alimentos.