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FaE discute formação de professores e abriga lançamento de livro sobre a história da Faculdade de Filosofia de Minas Gerais

segunda-feira, 19 de outubro de 2015, às 5h57

Pesquisas sobre a história e os atuais modelos de formação de professores na UFMG serão discutidos em mesa-redonda nesta terça-feira, dia 20, a partir das 8h, no auditório Neidson Rodrigues, da Faculdade de Educação (FaE), campus Pampulha. A atividade integra o 11º Encontro de Pesquisa em Educação e a 24ª edição da Semana do Conhecimento.

Com participação dos professores João Valdir de Sousa e Luciano Mendes e de pesquisadores do Centro de Documentação da FaE, serão apresentados resultados parciais de seis trabalhos que tratam de dimensões variadas da história, da memória e dos modelos mais recentes de formação docente na UFMG.

Em seguida, a professora aposentada da FaE Maria de Lourdes Amaral Haddad lança o livro Faculdade de Filosofia de Minas Gerais: sementes do espírito universitário, que resgata, por meio de entrevistas e análises, a história da Fafi-MG no período compreendido entre 1939 – quando foi fundada por um grupo de professores de Belo Horizonte – e 1949, data de federalização da Universidade de Minas Gerais, hoje UFMG.

A trajetória da Fafi-MG está na raiz de várias unidades que, mais tarde, comporiam a UFMG, como ICex, ICB, IGC, Fale e FaE, daí a expressão “sementes do espírito universitário” que figura no título da obra.

No livro, que retoma os trabalhos de sua dissertação de mestrado defendida em 1988, a professora Maria de Lourdes Amaral reconstitui as condições que possibilitaram a criação da Faculdade. Em texto de apresentação da obra, ela conta que o movimento começou no Colégio Marconi, em ambiente moldado pela legislação autoritária que havia institucionalizado as faculdades de filosofia no país.

“Não havia interesse nem da Universidade de Minas Gerais, nem do Governo Estadual ou de qualquer outra instituição em dar respaldo a essa iniciativa, a não ser do Instituto Ítalo-Mineiro Guglielmo Marconi, ligado à Casa d'Itália, instituição de caráter fascista que, naquele momento, estava presente em vários países, para a difusão das ideias expansionistas de Mussolini”, contextualiza a professora Maria de Lourdes.

No entanto, apesar do viés fascista que marcou a Faculdade nos seus primórdios, o grupo de fundadores, segundo sua análise, "dispunha de energia intelectual própria e de uma formação humanista que lhes deram condições para superar as vinculações ideológicas iniciais”.

A autora Maria de Lourdes Amaral Haddad, também conhecida como Ude, é professora aposentada da FaE, graduada em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia Santa Maria, da Universidade Católica, mestre em educação pela UFMG e autora de publicações sobre educação e memória cultural.

Fonte: Agência de Notícias UFMG