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A UFMG sempre foi resiliente, afirma reitor ao entregar Prêmio de Teses 2015

quinta-feira, 22 de outubro de 2015, às 23h11

No momento em que a UFMG atravessa “possivelmente a crise financeira mais difícil”, o reitor Jaime Ramírez pediu apoio à comunidade para não só manter, mas também elevar a qualidade da Instituição. Ele destacou que a Universidade já deu mostras, em várias gerações, “de que sempre foi resiliente, capaz de suportar qualquer ataque, seja quando lhe foi tirada a liberdade ou quando foram feitos simples cortes financeiros”.

Na cerimônia de entrega do Prêmio de Teses UFMG 2015, na noite desta quinta-feira, 22, Ramírez afirmou que a melhor maneira de superar a crise é investir mais no futuro do país, “e isso quer dizer investir em educação”.

Em referência ao tema Luminosidades, que guia esta edição da Semana do Conhecimento UFMG, na qual se insere a premiação de teses, Jaime Ramírez externou o desejo de que os jovens pesquisadores agraciados “possam fazer luz nos campos em que atuam, dando exemplo de dedicação, superação, rigor e excelência, muito caro à Universidade”.

Posição solidária O reitor agradeceu a posição solidária e institucional dos diretores de unidades acadêmicas e de coordenadores de pós-graduação nesse momento de dificuldade. Afirmou que programas de pós-graduação qualificados são indicadores seguros da maioridade de qualquer instituição e são “o lastro do compromisso das instituições públicas que queiram crescer”.

Lembrou que 31 dos 78 programas de pós-graduação da UFMG gozam do conceito 6 ou 7 e que somados aos 39 com conceito 5 “conferem posição de destaque no cenário nacional. “Se, por um lado, não fazemos mais do que a nossa obrigação, por outro mostra o tamanho do desafio: não apenas manter a qualidade, mas sobretudo elevá-la. Não pode ser outro o compromisso de uma instituição como a nossa”, reiterou.

No que se refere à pesquisa e à pós-graduação, afirmou que a Universidade não deve almejar apenas maior número de publicações, mas melhores e mais complexos trabalhos, que tenham resposta imediata ou tragam, em algumas décadas, benefícios para a coletividade.

Aos 39 jovens pesquisadores agraciados com o Prêmio UFMG de Teses 2015, o reitor transmitiu os cumprimentos da Universidade por seu excelente trabalho e afirmou que a distinção oferecida diz respeito sobretudo à dedicação e ao brilhantismo com que desenvolveram suas áreas.

“Esperamos que esse prêmio não seja apenas mais uma linha no currículo, mas não se esqueçam do compromisso com os valores de qualidade que aqui aprenderam. Que cultivem também os valores dos que nos precederam e que nos trouxeram até aqui, ajudando nossa sociedade a resolver algumas das inquietudes do nosso tempo, mas principalmente ajudando a formar as novas gerações”, completou.

Otimismo O pró-reitor de pós-graduação, Rodrigo Duarte, também se mostrou otimista e destacou o crescimento da qualidade do sistema de pós-graduação da UFMG. Para Duarte, os cortes no financiamento das pesquisas têm revelado a robustez do sistema. “Usando uma metáfora, se a intenção era cortar gorduras, percebemos que não havia gorduras a cortar, mas o sistema tinha criado músculos”.

Além do desempenho da Universidade na avaliação trienal da Capes, Duarte citou como indício de maior qualidade a presença de sete teses agraciadas com prêmio ou menção honrosa no Prêmio Capes 2015.

Também compuseram a mesa na solenidade de entrega do Prêmio de Teses UFMG 2015 a vice-reitora Sandra Goulart Almeida, o pró-reitor adjunto de pós-graduação, Humberto Stumpf, a pró-reitora de pesquisa, Adelina Martha dos Reis e a adjunta de pesquisa, Mônica Maria Diniz Leão.

Na abertura da cerimônia, o hino nacional brasileiro foi executado pelas professoras da Escola de Música Margarida Borghoff e Luciana Dutra.

Fonte: Agência de Notícias UFMG