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Seminário da extensão debate relação da Universidade com a sociedade

sexta-feira, 21 de outubro de 2016, às 13h57

A construção de parcerias e as diversas formas de aproximação com a sociedade deram a tônica do seminário Extensões universitárias: cultivando saberes, regando parcerias, semeando ideias realizado na tarde desta quinta-fera, 20, no campus Pampulha. Três professores da UFMG analisaram iniciativas que possibilitam essa relação.

"Aproximar a Universidade da sociedade e trabalhar intensamente com a avaliação das ações de extensão é pensar uma universidade viva”, afirmou a pró-reitora de Extensão, Benigna Maria de Oliveira. A atividade foi promovida pela Diretoria de Avaliação da Extensão (Daext) e buscou debater com a comunidade interna e externa questões associadas à avaliação da extensão universitária.

Após a abertura, a professora Alzira de Oliveira Jorge, da Faculdade de Medicina, abordou a relação entre a Universidade, o poder público e a sociedade. “É preciso construir parcerias que ouçam as demandas um do outro, pois quando essa articulação ocorre, tanto a Universidade quanto os serviços ganham muito”, defende.

Outra questão pontuada pela palestrante foi a importância de o conhecimento acadêmico trabalhar em conjunto com outros saberes. “É preciso ouvir as demandas e dificuldades das comunidades, perguntar o que acham", pondera.

Alzira Jorge enfatizou a necessidade de aproximação com os grupos sociais e advertiu que se a Universidade não ultrapassar seus muros vai “formar pessoas inadequadas a intervir na sociedade”. Defendeu a formação de “cidadãos que sejam críticos”, a construção de “outra relação com a gestão pública” e o apoio a projetos que melhorem a qualidade de vida da população.

A professora Helcimara de Souza Telles, da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich), fez um relato sobre o Programa Mais Médicos (PMM), do Governo Federal, sob o ponto de vista da extensão universitária. A iniciativa, segundo ela, se configura como “a mais ampla política pública de saúde dos últimos anos, cujo objetivo é a diminuição da desigualdade na oferta de assistência à saúde no Brasil através do aumento de médicos no Sistema Único de Saúde”.

Helcimara Telles, que é pesquisadora associada do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), também reforçou a importância de a Universidade se aproximar da sociedade. "A comunidade universitária tende a ficar na bolha. As pessoas nos conhecem pouco e somos nós que temos de buscar a aproximação com a sociedade”, destaca.

O professor Bernardo Jefferson de Oliveira, da Faculdade de Educação (Fae), explicou de que modo os editais podem apoiar o desenvolvimento de ações de extensão e apresentou iniciativas de financiamento como Proext, Gates, InovaSUS e Prosas. Ele destacou a importância do financiamento privado para pesquisa e extensão, mas alertou que os editais, apesar importantes como apoiadores de programas e projetos, não podem "ser substitutos do poder público”.

(Assessoria de Comunicação da Pró-reitoria de Extensão)

Fonte: Agência de Notícias UFMG