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HC realiza cirurgia de mudança de sexo
WR nasceu com cromossomos XY, que determinam o sexo masculino. Embora permaneça com os mesmos cromossomos, decidiu que agora passará a se chamar Tatiane. Tudo por causa da cirurgia de transgenitalização, mais conhecida como cirurgia de mudança de sexo, realizada, em fevereiro no Hospital das Clínicas da UFMG, e que será concluída em junho. Esta é a segunda cirurgia do gênero realizada em Minas Gerais.
A cirurgia foi feita por equipe formada pelo urologista Gilberto Lemos e pelos ginecologistas André Luiz Roquette e Madalena Martins. Tatiane, de 23 anos, luta agora para ter sua nova identidade reconhecida pela justiça brasileira. "Estamos confiantes, pois fizemos tudo dentro da lei", garante a mãe de Tatiane. "Hoje me sinto completa, antes parecia que faltava alguma coisa", comenta a paciente, que se diz feliz quando se olha no espelho e nota mudanças em seu corpo ou quando as pessoas a encaram como mulher.
Para o ginecologista André Roquette, a cirurgia pode ser opção de tratamento para os transexuais, que tendem a viver inconformados com seu sexo. "Quem vive com esse sentimento apresenta forte tendência à mutilação e até ao suicídio. Nesses casos, a cirurgia pode ser uma alternativa."
Regulamentação
Apesar disso, a cirurgia de mudança de sexo ainda é encarada com reservas pela comunidade médica. Sua regulamentação é recente - foi autorizada pelo Conselho Federal de Medicina em novembro de 2002, depois de ser realizada experimentalmente durante cinco anos em hospitais universitários -, e há poucos trabalhos de pesquisa na área. Para ser realizada, a cirurgia deve obedecer a alguns critérios exigidos pela legislação, como avaliações de uma equipe multidisciplinar, diagnóstico preciso de transexualismo e acompanhamento psicológico de, no mínimo, dois anos.
"Trata-se de uma cirurgia plenamente inserida nos princípios da bioética", assegura Roquette, lembrando que os riscos e benefícios da operação foram cuidadosamente analisados com a paciente. Para o médico, um dos aspectos mais complexos de situações como as vividas por Tatiane está relacionado à precisão do diagnóstico de transexualidade, que deve levar em conta a prevalência do sexo psíquico sobre o genético. "É uma questão muito difícil, e nem todos os médicos estão dispostos a encará-la", conclui.
A cirurgia A cirurgia de transgenitalização permite a mudança da genitália, ou seja, o aparelho sexual masculino é transformado no feminino ou vice-versa. Não há alterações genéticas, apenas estéticas. A mudança do sexo masculino para o feminino, a neocolpovulvoplastia, apresenta resultados melhores que a operação inversa, a neofaloplastia. Isso acontece devido às dificuldades técnicas relacionadas à formação do pênis em seus aspectos estéticos e funcionais. Por isso, a neofaloplastia é permitida apenas em caráter experimental. O processo cirúrgico da cirurgia de neocolpovulvoplastia é composto de duas etapas. Na primeira, é amputado o pênis, e são retirados os testículos do paciente; em seguida, faz-se uma cavidade vaginal. A segunda etapa é marcada pela constituição plástica: com a pele do saco escrotal são formados os lábios vaginais. "Para tentar garantir o prazer, a reconstituição da vulva é feita com parte da glande do pênis, área responsável pelo prazer masculino", explica o ginecologista André Luiz Roquette. O paciente é acompanhado com terapia psicológica e administração de hormônios, para o desenvolvimento de características sexuais secundárias, como seios e formato da silhueta feminina. |
Estudantes da Face ganham prêmio com plano de
negócios
projeto Cachaça Libertas, desenvolvido pelos alunos Alexandre Teixeira Dias, Itamaury Teles de Oliveira, João Carlos Neves de Paiva e Luiz Carlos dos Santos, do mestrado em Administração da Face, receberam, no mês passado, o prêmio de melhor plano de negócios do concurso organizado pela Fundação Getúlio Vargas. O evento, realizado pela terceira vez em São Paulo, é disputado por estudantes e empresários ligados a faculdades de administração de vários países da América Latina.
O projeto dos mestrandos da UFMG baseia-se na criação da companhia Libertas Exportações Ltda., localizada na cidade de Salinas, no norte de Minas, região famosa por suas aguardentes de qualidade. Com o apoio de instituições de pesquisa de ponta, como Emater, Universidade Federal de Viçosa (UFV), Universidade de Montes Claros (Unimontes) e ICB/UFMG, a Libertas Exportações Ltda. promoverá, além da comercialização do produto, alternativas de geração de renda para famílias carentes da zona rural e ações de caráter ambiental, como a reutilização do bagaço da cana. O plano de negócios também contempla a implantação de incentivos ao turismo, a realização de cursos profissionalizantes e consultorias para os produtores rurais, e a criação de agências incubadoras de negócios na região.