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Seminário na UFMG discute avanços da biotecnologia
polêmica questão dos alimentos transgênicos, a biorremediação
de
solos poluídos e a produção de clones pela técnica
da transferência nuclear são alguns dos temas a serem debatidos
no Biowork V, evento internacional que reunirá na UFMG, nos
dias 8 e 9 de maio, cerca de 500 especialistas brasileiros e estrangeiros
nos diversos campos de aplicação da biotecnologia. O evento
acontece na Faculdade de Direito.
Um dos coordenadores do encontro, o geneticista Aluízio Borém, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), é defensor dos transgênicos e pesquisa o melhoramento da soja e do feijão. Na sua opinião, a campanha contra os alimentos geneticamente modificados tem um viés econômico, com o peso da indústria de defensivos agrícolas, que teme perder mercado, já que os transgênicos contribuem para reduzir o uso desses produtos. Nesse sentido, afirma Borém, "a ofensiva ambientalista contra os transgênicos no Brasil é altamente incoerente".
Segundo o professor da UFV, o veto definitivo ao cultivo de organismos geneticamente modificados (OGMs) no Brasil relegaria o país a uma condição de desvantagem na disputa com outros produtores e exportadores de alimentos. "Limitar o acesso dos nossos agricultores às tecnologias que contribuem para aumentar a eficiência na produção de alimentos é um desserviço ao país", assegura o pesquisador.
A clonagem de animais também será discutida durante o seminário, que tem como convidado uma das principais autoridades brasileiras no assunto: o pesquisador Rodolfo Rumpf, da Embrapa, que coordenou a pesquisa que resultou no nascimento do primeiro clone bovino no país, a bezerra Vitória.
O desenvolvimento e a utilização das vacinas ao longo da história, seu impacto sobre a saúde pública e a comparação entre os diferentes tipos existentes no mercado com as que estão em desenvolvimento nos laboratórios são temas da intervenção do biólogo Vasco Azevedo, professor do Instituto de Ciências Biológicas. Membro titular da Comissão Técnica de Biossegurança (CTNBio), Vasco Azevedo afirma que novas ciências, como a genômica, favorecem a descoberta de vacinas. "A genômica fornece muitos dados que permitem descobrir `candidatos' para o desenvolvimento de vacinas". Isso ocorre quando são encontrados genes ou alvos no genoma de microrganismos passíveis de alteração. "A partir daí, trabalhamos para que eles percam a sua capacidade de induzir enfermidades", explica.
Entre as novidades na área de vacinologia estão as vacinas de subunidades protéicas e de DNA. As primeiras não possuem o vírus ou a bactéria inteira, somente fragmentos desses microrganismos, a exemplo da que combate a hepatite B. Já as vacinas de DNA, que ainda não chegaram ao mercado, mas estão sendo testadas em seres humanos, são elaboradas a partir de genes retirados de alguns organismos e inoculados em outros, os vetores. Coletados desses vetores, os genes são injetados no músculo do indivíduo a ser protegido. Suas células produzirão uma proteína que ativará o sistema de defesa, preparando-o para destruir o organismo do qual os genes foram retirados originalmente.
A
biotecnologia como ferramenta para a preservação da natureza
é outro dos assuntos em discussão no Biowork V. O professor
Fabrício Santos, do ICB, que fará intervenção
sobre a biotecnologia aplicada à conservação de espécies
silvestres, explica que metodologias semelhantes às usadas nos testes
de paternidade permitem a obtenção de diagnósticos do
estágio de extinção em que se encontram diferentes espécies.
"Estas ferramentas de caracterização da diversidade genética
podem revelar o status de conservação de cada espécie
em perigo, e, a partir disto, pode-se propor estratégias de manejo
específicas para cada uma", comenta Santos.
Mas nem todos os instrumentos da biotecnologia são viáveis quando se trata de preservação. Segundo o pesquisador, dificilmente a clonagem poderá ser usada, por exemplo, para restabelecer uma população natural. Para que uma espécie persista na natureza a médio e longo prazos é necessário que haja diversidade genética suficiente, para evitar, principalmente, problemas relacionados ao pequeno número de indivíduos. "A melhor forma de retardar ou evitar a extinção a curto prazo é preservar as condições naturais para que a espécie sobreviva - e a clonagem está longe de ser um processo natural", reforça Fabrício Santos, estudioso da evolução molecular, da diversidade genética na espécie humana e da fauna silvestre brasileira.
Santos defende o uso adequado da biodiversidade para fins de prospecção biotecnológica - a chamada bioprospecção - para preservar espécies ainda desconhecidas. Muitas espécies têm potencial para sintetizar inúmeros fármacos, cosméticos e até produtos alimentícios. Mas Fabrício Santos adverte: "É bom não confundir a bioprospecção auto-sustentável com algumas formas `exploratórias' da biodiversidade que não garantem sua própria preservação ou que não levem em conta o conhecimento tradicional das tribos indígenas".
Evento: Biowork V
Tema: Biotecnologia no século XXI
Data: 8 e 9 de maio
Local: auditório da Faculdade de Direito Av. João Pinheiro,
100 - 2o andar
Informações: http://icb.ufmg.br/bioworkv,
telefones (31)3899-1163 / 3899-2613 e fax 3899-2614