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UFMG descobre organela em núcleo da célula
Até então, estrutura havia sido identificada apenas no citoplasma
Ludmila Rodrigues
versão
on-line da Nature Cell Biology, uma das mais importantes
revistas científicas do mundo, publicou, no dia 22 de abril, artigo
com resultados de um estudo desenvolvido no ICB, que promete ampliar os horizontes
da pesquisa celular. Trata-se da descoberta de uma organela no núcleo
da célula, o retículo nucleoplasmático,
estrutura contínua e similar ao retículo endoplasmático,
existente no citoplasma.
"Nosso trabalho foi o primeiro a identificar a presença de uma organela no núcleo da célula", conta a professora Maria de Fátima Leite, do departamento de Fisiologia e Biofísica do ICB. O retículo é uma estrutura responsável por funções celulares, como síntese de proteínas e armazenamento de cálcio. Por isso, sua descoberta pode gerar estudos aplicados nas áreas de saúde, como formulação de medicamentos e de novas terapias.
A organela no núcleo
"A partir dessa descoberta, a ciência poderá desenvolver processos para manipular cálcio nuclear e regular, por exemplo, o crescimento e o desenvolvimento do fígado", explica Fátima Leite, que se valeu exatamente de células do fígado em seus experimentos. Ainda segundo a professora, a partir do reconhecimento das especificidades da nova organela, medicamentos que controlam o cálcio no organismo, como os anti-hipertensivos, poderão ser reformulados a fim de amenizar efeitos colaterais.
Nas experiências, os cientistas utilizaram sondas fluorescentes para marcar compartimentos intracelulares, visualizar a nova organela e estudar seu efeito funcional. Para ampliar as condições de observação da estrutura, a equipe usou o microscópio Two Photon, sofisticado aparelho com alta resolução de imagem, existente na Universidade de Yale, nos Estados Unidos.
O estudo, desenvolvido durante um ano e meio em parceria com dois médicos da Universidade de Yale, no estado de Connecticut, e um físico da Universidade de Cornell, em Nova Iorque, foi saudado pelo meio científico internacional. Já publicados na versão on-line da Nature Cell Biology, periódico especializado em estudos celulares vinculado à Nature, os resultados do estudo também serão detalhados na versão impressa da revista. Além disso, a pesquisa foi tema, no dia 9 de maio, de editorial na Science, outra revista de grande impacto científico.
As conclusões da pesquisa já foram apresentadas em evento no departamento de Morfologia do ICB e em conferência realizada em Bern, na Suíça. Ainda este mês, o cientista Mateus Tavares Guerra, ex-aluno de iniciação científica da professora Fátima Leite, levará os resultados do trabalho a uma sessão plenária para cinco mil pessoas na conferência Digestive Desease Week, em Orlando, Estados Unidos. Também estão previstas apresentações na Gordon Conference, em Massachusetts, e na Universidade Mcgill, em Québec, Canadá.
A identificação do retículo nucleoplasmático também deve obrigar os autores de livros de ciência a alterar capítulos referentes às estruturas celulares. É o caso da obra Princípios de Bioquímica, de Lehninger, editada nos Estados Unidos e adotada em universidades do mundo inteiro. "Nos próximos anos, o assunto pode até virar questão de vestibular", brinca a professora Fátima Leite.
Pesquisa: Regulação da sinalização
de cálcio no núcleo através do retículo nucleoplasmático
Equipe: Maria de Fátima Leite, Mateus Tavares Guerra, Wihelma
Echevarría, Warren Zipfel e Michael H. Nathanson
Instituições: Instituto de Ciências Biológicas
da UFMG e Yale University School of Medicine (Estados Unidos)
Financiadores: Nacional Institute of Health e Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
Suporte científico: Laboratório de Imunologia Celular
e Molecular, coordenado pelo professor Alfredo Miranda Góes, do departamento
de Bioquímica e Imunologia; e Laboratório de Neurofarmacologia,
chefiado pelo professor Marcus Vinicius Gómez, do departamento de Farmacologia,
ambos no ICB.