|
|
|||
|
||||
|
||||
|
Primeira
página |
|||
|
Segunda
página |
|||
|
Terceira
página |
|||
|
Quarta
página |
|||
|
Quinta
página |
|||
|
Sexta
página |
|||
|
Setima
página |
|||
|
Oitava
página |
|||
|
Edições
Anteriores |
|||
|
||||
/Guilherme de Brito
O bamba do samba
ma das principais atrações do 35º Festival de Inverno da UFMG, o compositor carioca Guilherme de Brito, é o que se pode chamar de um ícone do samba. Parceiro e amigo de Nelson Cavaquinho, com quem fizera até mesmo um pacto de exclusividade musical, Brito apresenta em Diamantina, no dia 20 de julho, as canções de seu novo disco, A Flor e o espinho, lançado recentemente. Aos 81 anos, ele sobe ao palco na cidade mineira ao lado do Trio Madeira Brasil. Nessa entrevista ao Boletim, o músico fala de seu novo disco, comenta a parceria com Nelson Cavaquinho, e revela seu amor pela cidade de Conservatória, no interior do Rio de Janeiro.
Como o senhor define seu mais novo disco A flor e o espinho?
Assinei contrato com a gravadora Lua para fazer três discos. A flor e o espinho reúne algumas das músicas de maior sucesso em minha carreira. Resolvi reunir todos neste novo lançamento. Ficou muito bonito. E é a primeira vez que me apresento com o Trio Madeira Brasil, a quem fui apresentado pelo produtor e músico Moacyr Luz. Eles fizeram arranjos diferentes, que me deixaram muito feliz. Eu tenho um repertório muito grande de músicas, que ainda não foram gravadas. O disco é composto por 15 canções, muitas delas sucessos já interpretados por outras pessoas, que gostaria muito de gravar do meu jeito. Há apenas uma canção inédita.
O que o senhor acha da nova geração de compositores?
Em minha opinião, o samba feito antigamente era muito mais caprichado. Para ser chamado de compositor, o cara precisava de muito esforço e dedicação. Do contrário, não arrumava nada. Mas tudo bem. Eu acho que há espaço para todos.
O senhor é muito citado como parceiro de Nelson Cavaquinho. Isso o incomoda?
De jeito nenhum. Desde quando não o conhecia pessoalmente, eu tinha vontade de chegar perto do Nélson. Ele tocava num café em Ramos, e eu desejava muito conhecê-lo. Admirava a maneira de ele se apresentar. Um dia, resolvi lhe mostrar a primeira parte do meu samba Garça. Nelson estava sempre no botequim São Jorge, eu saía para trabalhar, e o via lá. O estilo dele era exatamente igual ao que eu gostava de fazer. Cheguei perto dele, ele gostou de Garça e fez a segunda parte da canção. Daí surgiu nossa parceria.
Como era seu processo de composição com Nelson Cavaquinho?
Ele nunca entrou nos trechos compostos por mim. E eu nunca interferi na música dele. Éramos literalmente parceiros. Por exemplo, eu fazia a primeira parte, e deixava a segunda para ele. Ou seja, cada hora um fazia uma coisa. Um dia ele propôs que a gente não compusesse com mais ninguém. Naquela época, eu havia me tornado cumpadre dele. Eu aceitei o pacto com muita honra. Depois disso, ele fez apenas dois ou três sambas com outros compositores. Ao saber desses "pulos" ao nosso pacto, eu perguntava a ele: Nelson, que negócio é esse? E ele, uma criatura formidável, dizia que estava bêbado e não conseguira recusar os convites para novas canções. E assim fomos vivendo essa parceria até o fim.
Qual sua relação com a cidade de Conservatória (RJ)?
Eu vou muito para lá. Em Conservatória
(considerada a capital nacional da seresta), várias casas
recebem o nome de canções. Lá, vou inaugurar a plaquinha
de meu samba Maria. Os amigos escolheram esse samba. Aliás,
o que me levou a escolher essa cidade foi justamente a música.
A primeira música que gravei, Meu dilema, feita com Augusto
Calheiros, fez muito sucesso à época. Uma pessoa de Conservatória
ouviu e me convidou a visitar o município. Eu me apaixonei pela
cidade. É seresta o dia inteiro. Desde o primeiro dia, o hotel
onde fico não me cobra a hospedagem. Eu sou muito grato ao povo
de Conservatória. Quero ser enterrado lá.
Programação de eventos 20 de julho - Domingo8h - Pintura na
Praça 10h - Concerto
Duo de trombone e piston (músicos Alaércio e Pedrinho) 16h - Projeto Arte
no Beco 20h30 - Show com
Trio Madeira Brasil e Guilherme de Brito 25 de julho - Sexta-feira16h - Recital
literário 21h - Mostra final dos resultados da oficina Teatro para Crianças e Adolescentes, ministrada pela professora Olga Freire Guimarães
26 de julho - Sábado16h - Apresentação
da Banda do Rato Seco 19h30 - O Sertão Que Nos Rodeia 20h30 _ Som das Luzes Show musical com Ivo Pereira (voz e violão) Local: Igreja de Nossa Senhora do Amparo De 21 a 25 de julho18h - Café com Letras
- Bate-papo com escritores e poetas
De 6 a 26 de julho9h às 18h -
1º Festival do Livro Diadorim. 9h às 18h
- Exposição de esculturas e luminárias em cipó
e folha de coco, do artista Advânio Lessa. |