UFMG e Prefeitura de Belo Horizonte
estudam novas parcerias

Obras viárias, transferência de prédio e gestão do Hospital Dom Bosco
foram temas de reunião entre o reitor Ronaldo Pena e o prefeito Fernando Pimentel

Ana Rita Araújo

construção de um conjunto de viadutos no cruzamento das avenidas Antônio Carlos e Antônio Abrahão Caran, e a conseqüente mudança de acesso à entrada principal do campus Pampulha; a possível cessão do prédio da Faculdade de Ciências Econômicas (Face), no centro da cidade, para a Prefeitura; e a transformação do Hospital Dom Bosco, na região de Venda Nova, em maternidade a ser administrada pela UFMG, foram assuntos tratados, no último dia 23, na primeira visita oficial do prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, ao reitor Ronaldo Pena.

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Com a presença da vice-reitora Heloísa Starling e de integrantes de suas equipes, os dois dirigentes analisaram a proposta de engenharia que prevê a retirada do semáforo existente em frente ao portão principal da UFMG. Além da mudança no trânsito, a construção dos viadutos afeta a Universidade porque ocupa parte do terreno do campus Pampulha, situado no cruzamento das duas avenidas.

Segundo o reitor, o assunto será avaliado por instâncias técnicas da Universidade, como o Departamento de Planejamento Físico e Obras (DPFO) e a Comissão de Obras e Patrimônio, e posteriormente enviado à apreciação do Conselho Universitário. “A UFMG precisa estudar a questão para avaliar se há interesse e o retorno que terá ao ceder parte de seu terreno”, disse o reitor. Para Fernando Pimentel, caso seja viabilizada, a proposta “será uma boa alternativa para a cidade, pois elimina um sinal da avenida Antônio Carlos, que está sendo duplicada para se tornar uma via de trânsito rápido”.

Maternidade
A transformação do Hospital Dom Bosco em maternidade, a ser administrada pela UFMG, vem sendo discutida entre a Secretaria Municipal de Saúde e a direção do Hospital das Clínicas (HC) da UFMG. Na reunião com o reitor, Fernando Pimentel explicou que a implantação de uma grande maternidade na Região Norte “desafogaria a rede municipal de saúde, que hoje recebe pacientes de outros municípios da Região Metropolitana”.

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Ronaldo Pena explicou que o assunto precisa ser avaliado pela Procuradoria Jurídica e congregações dos cursos da área de saúde. “Se houver interesse das congregações, isso será suficiente para que eu assine o convênio, como foi feito para que a UFMG assumisse a gestão do hospital de Venda Nova”.

Pena destacou que o hospital seria mais um espaço para aprendizado dos estudantes da área, uma vez que a maternidade de alto risco do HC não permite participação efetiva dos alunos.

Comodato
A possível cessão do prédio da Face para a Prefeitura, em regime de comodato, é uma estratégia encontrada pela Universidade para garantir os recursos que ainda faltam para a conclusão das obras da Escola de Engenharia e da Faculdade de Ciências Econômicas no campus Pampulha. Localizado na avenida Curitiba, no centro de Belo Horizonte, o prédio é um dos imóveis da UFMG vendidos à União, em troca de recursos para custear o Campus 2000, projeto que transfere para a Pampulha unidades acadêmicas que funcionam no centro da cidade.

Segundo Ronaldo Pena, os recursos que ainda faltam para a conclusão das obras no campus precisam vir do governo federal. “Estamos sugerindo que a União adie por alguns anos o recebimento do prédio da Face e o transfira, em regime de comodato, para a Prefeitura. Em vez de pagar aluguel, a PBH repassaria os recursos para a Universidade, que os aplicaria na finalização da obra”, explica o reitor, ao lembrar que deste modo a União não precisaria retirar a verba do próprio orçamento. “Essa negociação está em andamento. Penso que vai ter bom êxito e atender muito bem à cidade e à UFMG”,disse Fernando Pimentel, ao informar que a PBH tem interesse em ocupar o prédio.