Foto: site da Fundep |
A cidade do Rio de Janeiro, além de servir de sede para o maior evento esportivo das Américas, no período de 13 a 29 de julho, com os Jogos Pan-americanos, terá sua atenção voltada também para evitar a presença de um visitante indesejado: o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Para hospedar com segurança os cinco mil atletas de 42 diferentes países, representantes do Ministério da Saúde entraram em contato com o professor da UFMG, Álvaro Eiras, do Laboratório de Culicídeos do Instituto de Ciências Biológicas (ICB). Ele é o coordenador de um grupo de pesquisadores que desenvolveu pela Universidade, em parceria com uma empresa privada, uma metodologia inédita de captura do mosquito adulto da dengue A iniciativa levou os envolvidos a providenciar a instalação do novo equipamento em volta da Vila Olímpica, no Rio de Janeiro, e também ao longo de um raio de cinco quillômetros do local. Trata-se de 1.000 armadilhas, que permanecerão ali durante seis meses para ajudar na prevenção da doença. O equipamento captura o inseto adulto e, por meio de um sistema de georeferenciamento, é realizada a identificação da presença e do índice de infestação do mosquito por região. Da UFMG para o mundo Sete dias depois, a primeira coleta de amostras confirmou a existência de grande número de vetores na região.Hoje, com 230 armadilhas instaladas, em 36 prédios do campus Pampulha, o índice caiu significativamente. Segundo Rosemeire Aparecida Roque, professora do departamento de Parasitologia do ICB e coordenadora do Projeto de Monitoramento, as condições climáticas desta época do ano – baixas temperaturas e muito vento – favorecem a redução. Em novembro do ano passado, o pesquisador do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), professor Álvaro Eduardo Eiras, recebeu o prêmio Tech Museum Awards, em San Diego, Califórnia, nos Estados Unidos. O título se deveu à criação do Monitoramento Inteligente da Dengue (MI Dengue), desenvolvido pela UFMG, após oito anos de pesquisas realizadas no Laboratório de Culicídios da Unidade, em parceria com a empresa de base tecnológica Ecovec. O trabalho da Universidade, coordenado por Eiras, foi escolhido entre 280 iniciativas de 58 países, na categoria Saúde em benefício da humanidade. Mais informações sobre o prêmio na matéria Tecnologia da UFMG para prevenção à dengue é apresentada a Bill Gates.
"Batizados" com os nomes de MosquiTRAP e AtrAEDES, os produtos formam a armadilha contra o mosquito Aedes aegypti, novidade que já foi adotada no controle da doença na Austrália, Alemanha, Cingapura e Panamá. O monitoramento dos índices de infestação pelo mosquito Aedes aegypti, no campus Pampulha, teve início em 21 de março, com a instalação de armadilhas em pontos estratégicos.