Paulo Cerqueira |
O reitor da UFMG, Ronaldo Pena, e a vice-reitora, Heloísa Starling, receberam hoje os deputados estaduais Durval Ângelo (PT) e João Leite (PSDB), integrantes da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de Minas Gerais. A reunião foi solicitada pelos parlamentares, que vieram ouvir a versão da Universidade sobre a ação da Polícia Militar no campus Pampulha, durante a exibição do filme Grass (Maconha), em 3 de abril, no Instituto de Geociências (IGC). Na ocasião, um estudante foi preso e dois ficaram feridos, o que levou representantes do movimento estudantil a procurar a Comissão de Direitos Humanos (veja, abaixo, as notícias relacionadas ao episódio) Durval Ângelo, que é presidente da comissão, afirmou ter saído da reunião de hoje com a convicção de que a Reitoria não foi a responsável por acionar a PM. Ele disse confiar na seriedade da comissão de sindicância instituída pela UFMG para apurar o caso. O deputado declarou, ainda, não ter dúvida de que houve excessos da Polícia Militar no episódio. "A gente sempre lamenta a violência policial. A PM tem de estar preparada para dialogar com a sociedade", afirmou Durval Ângelo. Ronaldo Pena e Heloísa Starling - reitora em exercício no dia da ação da PM, em virtude de missão do reitor no exterior - reafirmaram que não partiu da Reitoria o pedido para que os policiais interviessem no IGC. A direção da Universidade aguarda a conclusão dos trabalhos da comissão de sindicância, prevista para o início de maio, para tomar as medidas administrativas relativas ao caso. O reitor também defendeu a permanência do convênio entre UFMG e PM para policiamento do campus Pampulha, assinado há 12 anos, mas não descartou a possibilidade de haver alterações no acordo. O assunto será pauta das próximas reuniões do Conselho Universitário, ao qual cabe autorizar mudanças ou não no convênio. "A presença da polícia no campus é para garantir a segurança das pessoas e do patrimônio público, e não para intervir em movimentações de estudantes, professores ou funcionários", disse Ronaldo Pena. A Comissão de Direitos Humanos da Assembléia solicitou cópias do convênio entre UFMG e PM e do relatório a ser produzido pela comissão de sindicância da Universidade. Nos próximos dias, os deputados vão ouvir a posição da Polícia Militar sobre o episódio. O deputado estadual Carlin Moura (PCdoB) e o delegado Hélcio Sá Bernardes, da Polícia Civil, acompanharam a visita dos parlamentares. Outras informações:
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Em reunião de sete horas, Conselho Universitário discute violência contra estudantes
Conselho Universitário está reunido para discutir ação da PM no campus
Estudantes fazem assembléia para formalizar propostas ao Conselho
NOTA À COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA
Conselho Universitário faz reunião para discutir entrada da PM no campus
Estudantes decidem pela ocupação do prédio da Reitoria
Termina reunião do reitor com estudantes, que fazem assembléia
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Estudantes continuam no prédio da Reitoria
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Reitoria cria comissão para apurar presença da PM no Instituto de Geociências
COMUNICADO DA REITORIA À COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA