A partir desta segunda-feira (18.04), está proibido o uso de sacolas plásticas no comércio de Belo Horizonte. Supermercados, lojas, drogarias, açougues, sacolões e demais estabelecimentos do comércio só podem oferecer aos consumidores sacolinhas ecológicas, feitas de material biodegradável, vendidas a R$0,19 a unidade. Mas os comerciantes devem estimular que os consumidores prefiram usar caixas de papelão descartadas pelo comércio, ou ainda usar sacolas retornáveis, como as feitas de lona e brim.
No sábado (16.04), um novo decreto da prefeitura prorrogou o prazo para que os comerciantes se adequem completamente às normas. Isso porque, no último dia 12 de abril, a PBH assinou um novo decreto estabelecendo padrões para as sacolas ecológicas. Ficou determinado que os donos de estabelecimentos comerciais só podem usar sacolas biodegradáveis que atendam à norma 15.448 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio) alegou, entretanto, que quando a lei foi promulgada, em 2008, não fazia referência a essa norma e muitos comerciantes fizeram grandes estoques de sacolas biodegradáveis que não apresentam esse selo.
Em reunião realizada na sexta-feira (15.04), a PBH deu prazo de 120 dias para que os lojistas cumpram a essa exigência. O prazo vale apenas para a exibição do selo da ABNT em sacolas biodegradáveis e os comerciantes não estão autorizados a manter em seus estoques as sacolinhas tradicionais de plástico derivadas de petróleo.
Para entender por que as sacolas plásticas tradicionais são ditas tão nocivas ao meio ambiente e as vantagens do material biodegradável, o programa Conexões, apresentado por Elias Santos na Rádio UFMG Educativa, entrevistou o professor e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica da UFMG, Antônio Ferreira Ávila. Durante o bate-papo, o pesquisador levantou uma questão polêmica. As sacolas de supermercados são comumente utilizadas para estocar o lixo doméstico. E agora o que fazer?
Em resposta a essa e outras dúvidas sobre a lei, o Jornal UFMG, também veiculado pela Rádio UFMG Educativa, trouxe na edição desta segunda-feira (18.04) uma matéria especial. A reportagem percorreu as ruas de Belo Horizonte para mostrar como comerciantes e consumidores estão se adequando à proibição das sacolas de polietileno.