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Carlos Lessa defende inclusão de portadores
de deficiência
Marcos Frota anuncia criação da Universidade
do Circo
Ana Rita Araújo
sociedade
brasileira esconde seus portadores de deficiência física, e
uma das formas mais urgentes de inclusão social é a remoção
dos obstáculos arquitetônicos que impedem essa parcela da população,
estimada em 10%, de freqüentar lugares e prédios públicos.
Essa é a opinião do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) e ex-reitor da Universidade Federal do
Rio de Janeiro, Carlos Lessa, um dos debatedores da primeira mesa-redonda
do seminário Ampliação do acesso à universidade
pública: uma urgência democrática. "Este é
um lado bárbaro da nossa sociedade, que ainda é muito preconceituosa
em relação ao deficiente. É uma fatura social que deve
ser resolvida, e eu gostaria muito de ver a universidade na linha de frente
dessa briga", afirmou.
Lessa
sugeriu que a UFMG, ao construir novos prédios no campus Pampulha
- com o apoio do BNDES -pense com muito cuidado a questão dos portadores
de deficiência. "Sou presidente de um banco que tem obstáculos
arquitetônicos e fui reitor de uma universidade que não tinha
banheiros preparados para receber deficientes", lamentou. Carlos Lessa
defende a idéia de que a inclusão social deve atravessar toda
a vida brasileira, através de atitudes simples como evitar sujar
as ruas ou estacionar em lugar proibido. "A inclusão social
brasileira passa pela necessidade de uma revolução ética
interna. Sem inclusão, caminhamos para a barbárie", disse.
Ainda sobre o papel social das universidade públicas, o professor defende que elas podem ampliar a inclusão social por meio de três caminhos: melhorando a qualidade do ensino médio, por meio da formação de professores que atuem como multiplicadores do conhecimento; servindo como espaço para a mobilidade social, apoiado por um programa sólido de bolsas que garanta a permanência de alunos nos cursos; e, em terceiro lugar, concentrando esforços em pesquisas que colaborem para o aperfeiçoamento de políticas sociais.
Para Lessa, a universidade é "a fábrica do futuro imediato", por ter a responsabilidade de formar aqueles que vão substituir as gerações atuais. Nesse sentido, democratizar o acesso ao conhecimento é tarefa primordial. "A universidade precisa estar na linha de frente desse processo, discutindo, conhecendo, aprofundando, aperfeiçoando e sendo cada vez mais excelente". Lessa advertiu que a universidade pública não pode cair em extremos que a levem a agir como empresa ou como secretaria de ação social.
Quanto ao papel do BNDES em favor do desenvolvimento social, Lessa afirmou que o Banco exerce uma grande força indireta, já que, pelo peso de seus financiamentos, pode forçar que as empresas cumpram leis sociais. "Para minha alegria, depois que virei presidente, aprovamos uma linha de apoio às empresas que façam políticas de incorporação de portadores de deficiência", exemplificou.
Também
presente à mesa-redonda Democracia e universidade pública:
o desafio da inclusão social no Brasil, o ator Marcos Frota anunciou
que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará em Montes
Claros nesta quinta-feira, dia 15 de maio, para inaugurar a Universidade
Livre do Circo (Unicirco), que funcionará na Universidade Estadual
de Montes Claros (Unimontes). "São quase três milhões
de reais investidos num centro de excelência para a prática
das atividades circenses", disse.
Frota explicou que o projeto, com financiamento do governo federal, tem duas faces: a técnico-artística, para a formação de uma nova geração de artistas de circo, e a social, que, em parceria com todos os programas sociais da região, oferecerá inicialmente 250 vagas para crianças em situação de risco real. Mas ela tem capacidade para receber até dois mil alunos. A Unimontes abrigará o projeto-piloto da Unicirco, que servirá de modelo para a implantação de outros núcleos pelo país.
Além de contribuir para a educação dos participantes através da convivência com a arte circense, o projeto pretende reduzir a permanência de crianças e adolescentes nas ruas, "dando-lhes uma alternativa de atividades sadias e produtivas, que possibilitarão o afastamento da violência e da estagnação pessoal", reforça Marcos Frota.
O currículo da Unicirco inclui aulas de técnicas circenses, de ética, cidadania, história das artes e formação escolar para as crianças não-alfabetizadas. "Além disso, quem não tiver o ensino de primeiro ou segundo grau sairá de lá com o ensino médio concluído. Será uma escola técnica-universitária", define.
Durante a palestra, o ator comentou que está "estreando como reitor de uma universidade" que tem como principal objetivo a inclusão social. Segundo ele, o circo, assim como o futebol, tem a capacidade de envolver a juventude, dando-lhe ocupação e formação. Como exemplo, contou a experiência de um menino pernambucano que vendia drogas no sertão nordestino e hoje é ator circense na Europa, depois de trabalhar em seu circo. Além do aspecto social, o projeto tem como objetivo formar uma nova geração de artistas de circo no Brasil, para garantir a permanência e a evolução dessa atividade.