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Inclusão digital para a cidadania
Fiorenza Carnielli
ede.lê poderia ser mais uma rede dos tempos
modernos que, ao contrário de integrar, evidencia atores e hierarquiza
culturas e falas. Mas a Rede de Letramento Digital e Comunicação,
coordenada pelo Centro Cultural UFMG, Observatório da Juventude da
Faculdade de Educação, Centro de Referência em Software
Livre (Solar) do DCC e Associação Imagem Comunitária
é bem diferente. Busca a pluralidade de manifestações,
levando tecnologia no acesso e produção de informação
para aqueles que estavam à margem da sociedade virtual e, logo, do
mundo contemporâneo.
Com
o apoio do Ministério das Comunicações, por meio do projeto
Gesac (Governo Eletrônico - Serviço de Atendimento ao Cidadão),
responsável pela implantação de antenas de acesso à
internet via satélite, serão instalados 18 telecentros na capital,
Serra do Cipó, Diamantina, Montes Claros e São João das
Missões. Jovens da periferia, alunos e professores da UFMG e escolas
municipais, comunidades indígenas e idosos estarão ligados entre
si e à rede mundial.
Segundo Regina Helena Alves da Silva, diretora do Centro Cultural, o objetivo da Rede não é simplesmente oferecer computadores, mas capacitar as pessoas para o uso da linguagem digital, permitindo acesso à informação e produção de conhecimento. "O letramento digital tem o domínio do computador e de sua linguagem como meio e não como objetivo principal", diz a diretora.
A Prefeitura de Belo Horizonte fará um investimento de R$ 1,2 milhão para equipar os nove telecentros instalados em escolas municipais e custear cerca de cem bolsas para jovens monitores.
A Rede Jovem de Cidadania (ONG Associação Imagem Comunitária - AIC) e a D.ver.cidade Cultural (Agentes Culturais Juvenis, projeto do Centro Cultural em parceia com a FaE) fornecerão os monitores de mídias comunitárias e os agentes de mobilização cultural. São jovens de bairros da periferia de Belo Horizonte que serão responsáveis pela monitoria nas comunidades dos telecentros da capital.
Segundo a antropóloga e jornalista Júnia Bertolino, coordenadora do projeto D.ver.cidade, cabe aos mobilizadores sociais mapear os grupos culturais locais e envolvê-los com a escola. Cerca de 35 jovens estão sendo treinados desde 2002 para o trabalho social. "Agora, eles têm a oportunidade de pôr em prática o que estudaram, mostrando seu talento e colaborando para o desenvolvimento da própria comunidade", diz a antropóloga.
Alunos dos cursos de Comunicação Social, Ciências da Computação, Belas-Artes, História e da Faculdade de Educação também estão envolvidos com a Rede. Eles ajudarão as comunidades na desmitificação da máquina."Queremos tornar o usuário comunicador que compartilhe conhecimento", diz Maria Beatriz Bretas, professora aposentada de Comunicação, voluntária no projeto.
Serra do CipóConhecida por suas belezas naturais, a Serra do Cipó terá um telecentro instalado em uma de suas escolas. A comunidade pensa em utilizar o equipamento para a criação de curso profissionalizante em ecoturismo. Antes mesmo de receber a antena, a comunidade mobilizou-se para participar da Rede. Eles querem também promover a recuperação do ribeirão Soberbo, que ameaça a bacia do Cipó. Segundo Maria Beatriz Bretas, moradora da Serra do Cipó, a Rede é um instrumento disponível para a população apropriar-se da tecnologia de acordo com suas demandas. "Mais que inclusão digital, estamos pensando em inclusão social", afirma a professora.