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Nº 1954 - Ano 42
29.08.2016

Apelo ao afeto

Uma exposição que combina documentos e obras de arte também marca, em Diamantina, o início das comemorações de meio século de existência do Cedeplar. Ofícios relacionados à criação do Centro, pesquisas e publicações são dispostos em vitrines, e numa "sala de estar" monitores fazem o papel de mesas de centro e exibem fotos e filmes que contam a história do Cedeplar. "É o momento de localizar pessoas e se deixar levar pelo afeto que a memória desperta", explica o professor Fabrício Fernandino, da Escola de Belas-Artes, responsável ela produção da mostra, com curadoria de João Antonio de Paula.

A exposição contém ainda os cartazes das 17 edições do Seminário de Diamantina, que representam ainda um passeio pela produção gráfica nas últimas décadas. Os cartazes foram reproduzidos e impressos novamente em placas de policarboneto. Textos e imagens serão compilados em um catálogo de 44 páginas. E, em consonância com a história do Seminário, que valoriza cultura e arte em sua programação, a exposição dos 50 anos conta com sete telas (1,80 x 0,70cm) da artista Elisa Grossi, de Diamantina, que remete à produção de alunas carentes na fábrica de tecelagem de Biribiri, no início do século 19.

O material contido na mostra remete ao movimento de criação do Cedeplar, que teve apoio de instituições como ONU, Cepal e BNDES, e aos cursos, pesquisas e publicações. Há também homenagem aos fundadores, os professores Fernando Reis, Élcio Costa Couto e Álvaro Fortes Santiago, que mantinham simultaneamente atividades no Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Paulo Haddad, Carlos Mauricio Ferreira e José Alberto Magno de Carvalho.

Foca Lisboa/UFMG
Magno de Carvalho: sensação de dever cumprido
Magno de Carvalho: sensação de dever cumprido

Único dos fundadores ainda em atividade no Cedeplar – ele se aposentou, mas atua como voluntário –, o professor José Alberto menciona "sensação de dever cumprido", uma vez que o Centro se consolidou regional e nacionalmente, nas áreas da pós-graduação e da formação de recursos humanos em economia e demografia. "O Cedeplar tem papel importante para a UFMG e para o país. Tem formado quadros com atuação destacada, sobretudo no setor público, e muitos deles se sobressaem também na América Latina e na África de língua portuguesa", afirma.