Campus 2000
80 anos

Financiamento

Captar recursos: o grande desafio

O primeiro e, talvez, o maior obstáculo enfrentado pela UFMG para viabilizar o projeto Campus 2000 foi a captação de parte do montante de recursos necessários para iniciar as obras. De acordo com orçamento do projeto, atualizado em 2007, o conjunto das iniciativas - construções, ampliações e reformas das sete unidades -, além de obras de infra-estrutura (sistema de esgoto, malha viária, estacionamentos, novos sistemas de transmissão de dados, incluindo fibra óptica para redes de internet) no Campus Pampulha, demandaram recursos da ordem de R$ 162 milhões.

Inicialmente, a estratégia traçada pela Pró-Reitoria de Planejamento da UFMG (que coordena a viabilização do projeto junto com a Pró-Reitoria de Administração e a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (FUNDEP) para captar a maior parte do montante necessário baseou-se na possibilidade de alienação de lotes urbanos e prédios da universidade, localizados na região centro-sul de Belo Horizonte – os já desocupados – Faculdades de Odontologia e Farmácia – e os ainda em uso – Escola de Engenharia e Faculdade de Ciências Econômicas (FACE).

Na época, a Prefeitura de Belo Horizonte demonstrou interesse e, em janeiro de 2002, foi autorizada a conclusão das negociações com a UFMG e com o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), que aprovou, em 2003, o financiamento de R$ 45 milhões para o Poder Público Municipal. Porém, esse financiamento foi impedido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A ordem de pedidos de autorização para endividamento do Setor Público, no Conselho, não poderia ser alterada e a administração municipal da capital mineira teria que aguardar a oportunidade para reunir os recursos necessários à negociação, prazo que não estava nos planos da Universidade. Naquele momento, em 2003, todas as obras planejadas correram o risco de ter seu cronograma de obras suspenso.

O impasse criado teve uma solução articulada pela Reitoria, junto à Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e à União, graças ao interesse de órgãos públicos federais, instalados em Belo Horizonte, em adquirir os prédios. Assim, em meados de 2004, o Ministério da Fazenda decidiu que uma parte, avaliada em R$ 48 milhões, do patrimônio da Universidade colocado à venda, seria transferida para a União, mediante crédito orçamentário repassado pelo Ministério do Planejamento. Assim, foram transferidos à União dois andares no Edifício Acaiaca (onde atualmente se aloja a Fundação Mendes Pimentel), localizado no centro de Belo Horizonte, e os prédios da Faculdade de Farmácia, Escola de Engenharia, Faculdade de Odontologia, Faculdade de Ciências Econômicas (FACE) e o "Coleginho" da antiga Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FAFICH).

A UFMG recebeu os R$ 48 milhões devidos pela União e um aporte adicional de R$ 4,5 milhões foi incluído no Orçamento de 2006. Além disso, em 2001, a UFMG já tinha conseguido R$ 9,5 milhões com a venda de um grande lote na Avenida Barbacena, bairro Santo Agostinho (zona sul de Belo Horizonte) e mais R$ 9,3 milhões com outro conjunto de lotes na mesma região.

A UFMG já executou cerca de R$ 119 milhões para o custeio do Campus 2000. O montante é alto, mas ainda distante do orçamento total do projeto. Por isso, parte do projeto de algumas obras, como o acabamento interno de áreas construídas, não pôde ser concluída, o que, no entanto, não inviabilizou o uso dos edifícios.

Para concluir a obra da FACE, faltam R$ 7 milhões. Desse total, o ministro da Educação, Fernando Haddad, garantiu o aporte de R$ 6 milhões, dos quais R$ 3 milhões já foram liberados. Para terminar a obra da Engenharia são necessários cerca de mais R$ 30 milhões. Uma negociação com o TRT, que pretende transferir todas as suas instalações em Belo Horizonte para os prédios da antiga Escola de Engenharia, no Centro, devem garantir esses recursos, que já estão previstos no Orçamento da União para 2007.

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