Resultados expressivos, desafios históricos e o papel decisivo do CEU
Fotografia: Equipes gerais da UFMG
O ano de 2025 foi um ano de muitas conquistas para o esporte universitário da UFMG. Com crescimento no número de atletas, maior participação em competições estaduais e nacionais e conquistas inéditas, a universidade viveu um ciclo de fortalecimento que em grande parte foi muito incentivado pelo suporte prestado pelo Centro Esportivo Universitário (CEU). Entre o título geral no JUMS, as medalhas no JUBS e o amadurecimento de campeonatos internos, o período esportivo na UFMG se consolidou de forma muito positiva.
O apoio que permite que o esporte aconteça
O CEU desempenhou um papel central para que essa trajetória ao longo de 2025 fosse possível. Além de fornecer estrutura de treinos para diversas modalidades, o CEU pagou a taxa de inscrição das equipes para participação nos JUMS (Jogos Universitários Mineiros) e JUBS (Jogos Universitários Brasileiros) — um investimento que viabilizou diretamente a presença dos estudantes nos torneios.
“A nossa participação só aconteceu por causa do CEU. Se não fosse o apoio, não só no valor das inscrições, mas também institucionalmente falando, as equipes gerais não teriam ido para nenhum campeonato mineiro”, afirma Humberto, diretor das equipes competitivas da UFMG.
Neste ano, esse apoio também incluiu o custeio de seguros de vida para as delegações, garantindo segurança para os deslocamentos. Para o fortalecimento e reconhecimento da parceria, a partir deste ano, segundo Humberto, os uniformes das equipes passarão a incluir a marca do CEU, como reconhecimento ao papel estruturante que o mesmo vem desempenhando.
É importante pontuar, que as dificuldades para o fortalecimento do esporte universitário tem raízes antigas. Segundo o pesquisador Vitor, “o esporte universitário se iniciou no Brasil por volta de 1905. Desde o início da sua existência no país, foi incentivado, organizado e promovido por estudantes - algo que se torna quase uma constante na trajetória do esporte universitário brasileiro”.
Esse histórico revela uma tradição de protagonismo estudantil, mas ao mesmo tempo expõe um desafio que ainda persiste: a sobrecarga sobre atletas e equipes. Quanto mais o esporte cresce, mais evidente se torna a necessidade de investimentos contínuos para superar dificuldades relacionadas ao tempo para treinos, disponibilidade de espaços e, sobretudo, aos custos elevados das competições e dos recursos necessários para a prática do esporte em si.
Humberto reforça esse ponto ao comentar que as equipes ainda precisam arcar com uma parcela significativa das despesas. “As equipes são puxadas pelos próprios atletas. O custo de uma equipe é muito alto, e isso pode acabar prejudicando a participação de algumas pessoas”, explica. Uniformes, taxas, viagens, treinamentos e materiais compõem uma lista de despesas que muitas vezes extrapolam as condições dos estudantes e acabam,, afetando a sua participação nos esportes.
Como o esporte universitário funciona na UFMG
Dentro da UFMG, o esporte se organiza de forma híbrida. As Ligas Atléticas Universitárias (LAU) e as Atléticas dos cursos desempenham papel essencial ao organizar competições como o InterUFMG e ao apoiar atividades de base. Foi a LAU, por exemplo, que estruturou a criação da equipe geral de futebol de campo para disputar o JUMS, que conquistou o 4º lugar mesmo tendo pouco tempo de preparação.
As equipes gerais da UFMG são formadas por atletas selecionados por meio de seletivas de desempenho e também levando em consideração a disponibilidade. Elas representam oficialmente a universidade em competições como JUMS, JUBS e Copa Sudeste. Muitas equipes utilizam a estrutura do CEU e da EEFFTO (Escola de Educação Física Fisioterapia e Terapia Ocupacional) para treinos, mantendo autonomia para organização interna e busca de apoios.
Essa estrutura se complementa com eventos internos que fortalecem a vivência esportiva. A Copa União, realizada recentemente no CEU, e o tradicional Inter UFMG movimentam centenas de estudantes e funcionam como porta de entrada para novas modalidades e talentos.
Destaques de 2025: conquistas históricas no JUMS e JUBS
O desempenho da UFMG no JUMS foi histórico. A universidade conquistou resultados expressivos em praticamente todas as modalidades. Foram primeiros lugares no Vôlei Feminino, Handebol Masculino, Basquete Feminino, Basquete Masculino e Futsal Masculino, além do terceiro lugar no Futsal Feminino. O desempenho garantiu a classificação de várias equipes para o JUBS, reforçando o protagonismo da UFMG no cenário estadual.
No JUBS, competição de nível nacional e com alto nível técnico, a UFMG também obteve resultados de destaque. O maior deles veio do tiro com arco, com ouro para Sara Braga Mendanha no arco recurvo e prata para Bárbara Paula Masson no arco composto. O basquete masculino conquistou o terceiro lugar na 3ª divisão, e o Cheerleading alcançou a 14ª colocação. Modalidades como handebol, vôlei e futsal também tiveram participações relevantes, colocando a UFMG em evidência no cenário nacional.
Um ano que projeta o futuro
Os resultados de 2025 consolidam uma tendência de crescimento e engajamento do esporte universitário na UFMG. Ao mesmo tempo, reforçam a importância de políticas institucionais duradouras e investimentos contínuos - como os previstos no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da universidade, que reconhece o esporte como parte fundamental da formação estudantil.
O protagonismo estudantil continua sendo uma marca histórica, mas o fortalecimento de parcerias institucionais, como a do CEU, aponta para um futuro mais estruturado, acessível e competitivo. À medida que mais estudantes se envolvem com o esporte e novos resultados se acumulam, a UFMG reafirma seu compromisso com uma prática esportiva que integra, forma e transforma.
