A Pró-Reitoria de Extensão tem visado garantir a continuidade do processo de democratização do conhecimento, agindo em função de questões contemporânea em diálogo com sua história. Diferentes medidas têm sido tomadas com o intuito de ampliar o diálogo com os diversos setores da sociedade, com atenção às demandas para efetivação da justiça social.
Linha do tempo
Existem muitas formas de organizar a história e a memória da extensão. Nesta linha do tempo, a história da extensão na UFMG foi organizada a partir do acesso à documentos oficiais como relatórios de gestão, atas, livros, entre outros, datados desde 1969 até os dias atuais. Portanto, enfoca uma história institucional. As informações colhidas foram contextualizadas dentro do processo histórico brasileiro em suas dimensões políticas, econômicas, culturais e sociais, e relacionadas ao panorama histórico da universidade brasileira, seus marcos legais, reformas e propostas políticas que possibilitam conhecer e refletir sobre o processo de institucionalização da extensão na UFMG. A linha do tempo encontra-se em contínua reformulação.
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2010
2010
João Antônio de Paula assume a Pró-Reitoria de Extensão juntamente com Maria das Dores Pimentel Nogueira, Pró-Reitora Adjunta (2010-2011).
2010
A UFMG busca ampliar sua participação no Fórum de Pró-Reitores de Extensão, colaborando em atividades próprias do Fórum, mas principalmente na implementação do Plano Nacional de Extensão.
2010
Através do Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico da Faculdade de Medicina da UFMG, que implementou em parceria com o Governo do Estado o Programa de Triagem Neonatal de Minas Gerais – o teste do pezinho -, ações de extensão nascidas na universidade já alcança todos os 853 municípios mineiros.
2011
Efigênia Ferreira e Ferreira assume a Pró-Reitoria de Extensão juntamente com Maria das Dores Pimentel Nogueira, Pró-Reitora Adjunta (2011-2014).
2013
Criada a Revista Interface, revista dedicada à extensão da UFMG.
2013
Acontece a I Semana de Saúde Mental e Inclusão Social da UFMG, uma iniciativa do Programa de Extensão em Atenção à Saúde Mental.
2014
Ficou estabelecido, através do Plano Nacional de Educação, que pelo menos 10% dos créditos curriculares dos cursos de graduação fossem reservados para a participação dos alunos em ações de extensão.
2014
Benigna Maria de Oliveira assume a Pró-Reitoria de Extensão juntamente com Cláudia Andrea Mayorga Borges, Pró-Reitora Adjunta (2014-2018).
2017
Em dados de janeiro de 2017 a UFMG contabiliza 1.775 ações de extensão ativas (programas, projetos, cursos, eventos e prestação de serviços), contando com 631 bolsistas e 101 bolsas na modalidade Ações Afirmativas.
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2000
No fim dos anos 90, crescia a discussão acerca do caráter assistencialista de algumas ações. O que sucedeu à estes questionamentos é a reafirmação da extensão como um processo de inter-relação com a sociedade, com a troca de saberes e valores sociais, culturais e tecnológicos. É ampliada a atenção ao impacto produzido pelas ações, que devem ser geradoras de mudanças sociais estruturantes externamente e reforçadores da missão educacional e crítica, internamente.
2000
É criada a Rede de Museus e Espaços de Ciência e Cultura da UFMG. O projeto une as diversas ações museológicas e de divulgação cultural de modo a articular e conectar os diversos locais que compõem esta rede, compartilhando e promovendo boas práticas.
2000
Ocorre a primeira edição da Semana do Conhecimento. O evento é realizado anualmente pela UFMG, juntamente com alunos, professores, servidores e técnicos da instituição e da comunidade externa. Seu propósito é oferecer um espaço para refletir e compartilhar experiências e conhecimentos produzidos no Ensino, na Pesquisa e na Extensão.
2001
As ações passaram a ser acompanhadas por uma avaliação contínua, que deveria analisar o impacto destas atividades, tanto para a Universidade quanto para a sociedade. Além disso, as ações passaram a ser divididas por áreas temáticas, que por meio de programas articulariam projetos para ações amplas e visando o desenvolvimento de políticas públicas. As áreas são: Comunicação, Cultura, Direitos Humanos, Educação, Meio Ambiente, Saúde, Tecnologia e Trabalho.
2002
Edison José Corrêa assume Pró-Reitoria de Extensão juntamente com Maria das Dores Pimentel Nogueira, Pró-Reitora Adjunta (2002-2006).
2002
Realizado o I Congresso Brasileiro de Extensão Universitária, abordando a temática “Universidade: conhecimento e inclusão”. Na época, o professor Edison Correia, Pró-reitor de Extensão da UFMG (1998-2006), era também o presidente do Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras.
2002
É criado o Programa Ações Afirmativas na UFMG. O programa vem implementando políticas e práticas que viabilizem a permanência de estudantes negros nos cursos de graduação da UFMG.
2006
Angela Imaculada L. de Freitas Dalben assume Pró-Reitoria de Extensão juntamente com Paula Cambraia de Mendonça Vianna (2006-2010).
2008
Com o apoio do Centro de Comunicação da UFMG e do Departamento de Comunicação, foi criado um projeto composto por estudantes do curso de comunicação para entender como a comunidade entendia a extensão e quais eram as suas demandas.
2008
Com o intuito de melhor conhecer e organizar as ações de extensão, uma parceria entre o IGC e a comunicação da PROEX realizou o mapeamento dos projetos e programas realizados naquele momento pela UFMG. A partir de então foi percebido que a universidade atuava em variadas regiões do Estado de Minas Gerais, esse controle geográfico facilitou o reconhecimento e apoio às demandas.
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1990
A década de 90 vê nascer importante programas que refletem o amadurecimento da universidade na compreensão da extensão. São programas que se caracterizam pela transdisciplinaridade, integração e pela construção coletiva.
1990
Maria Aparecida Andrés Ribeiro assume o cargo de Pró-Reitora de Extensão juntamente com Maria Regina Almeida Godoy, Pró-Reitora Adjunta.
1993
Reconhecida constitucionalmente, grandes avanços marcam a institucionalização da Extensão. O MEC, com ampla colaboração do FORPROEX, cria o Programa de Fomento à Extensão. O programa contribuiu com o financiamento da extensão nas universidades brasileiras, colaborando ainda para a elaboração de diretrizes e objetivos para sua execução.
1994
Evandro José Lemos da Cunha assume o cargo de Pró-Reitor de Extensão juntamente com Walter Motta Ferreira, Pró-Reitor Adjunto (1994-1998).
1995
É criado o Programa Pólos Cidadania, na Faculdade de Direito. Crescia a conscientização de que ações pontuais e isoladas era insuficientes para produção de efeitos transformadores. O Pólos busca construir suas ações de forma participativa, trabalhando diretamente com os interesses e demandas da população.
1996
Nasce o Programa Polo de Integração da UFMG no Vale do Jequitinhonha. O programa tem o objetivo de auxiliar no desenvolvimento da região. A iniciativa é representativa daquilo que se tornava a extensão na universidade, isto é, ações que busca a formação de atores sociais, engajados na busca por cidadania e transformação social.
1996
Criada a primeira versão do Sistema de Informação da Extensão (SIEX), um sistema de cadastro e gerenciamento de dados criado para atender às novas demandas e desafios da Extensão. A UFMG, pioneira no registro de informações da extensão, transferiu sua metodologia para outras instituições públicas, que puderam fazer uso do sistema.
1997
Primeiro Encontro da Extensão da UFMG.
1997
A partir de vivências de professores e alunos no Internato em Saúde Coletiva, atividade de extensão que já havia se tornado disciplina obrigatória na Faculdade de Medicina, surgiu em janeiro de 1997 o Projeto Manuelzão.
1998
Edison José Corrêa assume Pró-Reitoria de Extensão juntamente com Paulo Henrique Osório Coelho, Pró-Reitor Adjunto (1998-2002).
1998
A UFMG se adiantou para implantar as diretrizes estabelecidas pelo Plano Nacional de Extensão (publicado oficialmente em 1999), estabelecendo como prioridade a criação de mecanismos que garantissem a articulação Universidade/Sociedade.
1998
A Extensão na UFMG é tomada como uma atividade totalmente ligada ao presente, preocupada com questões imediatas e mais relevantes demandadas pela sociedade. As atividades executadas explicitam a nova forma de fazer extensão; modo com que a universidade pode interagir diretamente com a sociedade, produzindo conhecimento condizente com suas demandas e úteis aos anseios de transformação social, tendo a população não enquanto objeto de estudo, mas como sujeito.
1998
Reconhecendo a extensão enquanto uma das dimensões indissociáveis da universidade, a UFMG implementa de forma pioneira uma medida que equipara bolsas de extensão aquelas fornecidas à pesquisa.
1999
Lançado o Plano Nacional de Extensão, produzido ao longo das reuniões do FORPROEX, com ampla colaboração da UFMG. As suas diretrizes básicas eram: articulação com o ensino e pesquisa, interdisciplinaridade, interprofissionalidade, processo de avaliação permanente, a relação bilateral e a atuação social articulada.
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1980
Na década de 80 a sociedade brasileira já passava por um processo de redemocratização. Os setores da sociedade civil, principalmente aqueles comprometidos com as classes populares, discutiam novas concepções de Universidade. A UFMG foi um importante ator neste processo. As ações que surgiram a partir de então assimila bem a mudança de concepção da Universidade e do próprio conceito de Extensão, que vinha sendo cada vez mais legitimada por aqueles que nela atuavam.
1980
Evandro José Lemos da Cunha assume a Pró-Reitoria de Extensão, onde permaneceu até 1982.
1981
É sugerido que o Conselho de Ensino e Pesquisa passe a Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão. As discussões neste período refletiam a preocupação com a institucionalização da Extensão. O contexto ditatorial que vivenciou a UFMG fomentava também discussões acerca da forma assistencialista com que a Extensão era efetivada.
1982
Renato Quintino dos Santos assume a Pró-Reitoria de Extensão (1982-1984).
1984
Tomáz Aroldo da Mota assume como Pró-Reitor de Extensão (1984-1986).
1984
Surge a proposta de se pensar e debater as concepções de Extensão, além de melhor organizar institucionalmente as funções dessa dimensão acadêmica. Uma das medidas foi descentralizar certas atividades dos domínios da Pró-Reitoria de Extensão. São criadas 5 Coordenadorias Executivas: de Cursos; de Programas Comunitários; de Prestação de Serviços; de Programas Especiais; e de Programas Culturais.
1984
Muitas ações realizadas pela UFMG nesse período tomaram grandes proporções e passaram a incorporar políticas públicas. Como o Projeto de Alfabetização de funcionários da UFMG, o Projeto Clorador Simplificado, o Programa Cabras e o Pão Forte.
1985
Com a aprovação do Novo Estatuto da UFMG, a Pró-Reitoria de Extensão passou a instância executiva da Administração Superior da Universidade. Criou-se o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, que possui entre seus órgãos a Câmara de Extensão, presidida pelo Pró-Reitor de Extensão e integrada por Conselheiros eleitos pelo plenário do Conselho.
1986
Geraldo Luiz Moreira Guedes assume a Pró-Reitoria de Extensão, permanecendo no cargo até 1990.
1987
Somente no ano de 1987 é que ocorreu a normalização e regulamentação da atividade de cursos de extensão da UFMG, a partir da elaboração da proposta e aprovação pelo CEPE da resolução nº 16/87, que regulamenta os Cursos de Aperfeiçoamento, Atualização e Iniciação na Universidade.
1987
Foi implantado o Banco de Dados da Extensão, que estimulou os setores universitários a registrar e comunicarem com regularidade as informações sobre as ações de extensão que estavam desenvolvendo. É a primeira tentativa de registrar e sistematizar os dados relacionados à Extensão na UFMG. O objetivo era superada a falta de registros e disponibilizar os dados para toda a UFMG.
1987
Em setembro de 1987 é criado o Fórum de Pró-reitores da Extensão das Universidades Públicas da Região Sudeste, e é realizado o 1º Encontro de Pró-reitores de Extensão das Universidades Públicas da Região Sudeste. As discussões, predominantemente acerca do conceito de extensão, sua institucionalização e seu funcionamento, levaram a criação da Carta de Ouro Preto.
1987
Em novembro realiza-se em Brasília o 1° Encontro de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras, que contou com a participação de representantes de 33 instituições de ensino superior pública, estadual e federal. Lá foi criado o Fórum de Pró-Reitores da Extensão das Universidades Públicas Brasileiras (FORPROEX), que tinha o objetivo de discutir dificuldades e desafios que tinham em comum as Universidades Brasileiras. Neste encontro foi elaborada uma concepção nova e mais completa para a Extensão Universitária, dando destaque à sua dimensão educacional e reafirmando seu formato dialógico e inerentemente associada ao ensino e a pesquisa.
1988
No curso da redemocratização do país, é promulgada a Constituição Federal do Brasil de 1988. No Artigo 207, é instituído o princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão nas universidades e estabelecem que “as atividades universitárias de Pesquisa e Extensão poderão receber apoio financeiro do poder público” (Artigo 213, § 2º).
1989
É inaugurado o Centro Cultural da UFMG, após três anos de obras. Localizado em região privilegiada, no grande centro da capital, o Centro foi idealizado para promover e divulgar ações culturais, estimular a criação, promover interações Arte e Ciência, favorecer o fortalecimento da identidade cultural regional e desenvolver experiências conjuntas entre as diferentes áreas de conhecimento e a comunidade.
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1970
Na década de 70 as ações de extensão aumentam em número e variedade na Universidade. Apesar de ainda carente de recursos próprios, importantes iniciativas marcaram a década, como atividades de extensão que promoviam a interdisciplinaridade e a interiorização das ações da universidade. A UFMG passa então a investir mais na abertura da Universidade à comunidade. O Projeto Metropolitano, o Carro Biblioteca e o Internato em Saúde Coletiva são exemplos disso.
1970
Os relatórios registram a consciência do Conselho acerca da existência de diversos projetos de extensão nas unidades acadêmicas, desvinculados do Conselho. Internamente, cresce a discussão sobre a importância da institucionalização da Extensão.
1970
O Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras, reunido em seminário em Fortaleza/CE, em 1970, publica as Diretrizes da Extensão Universitária. As propostas eram de conscientizar os reitores das universidades acerca da necessidade da extensão, considerando um desdobramento das atividades de ensino e pesquisa, devendo portanto, estar articulado à estes.
1972
Até 1972, eram criadas comissões para o desenvolvimento das atividades de extensão, mas passadas as atividades programadas, as comissões acabavam por se extinguirem. O Conselho percebeu a necessidade de se criar Centros ou Coordenadorias de Extensão em todas as unidades integrantes da Universidade, que teriam como função a elaboração do programa anual a ser cumprido no próximo exercício, dentro da programação geral das atividades de extensão da UFMG, e que estariam sob a coordenação e supervisão do Conselho. A proposta foi aprovada em 1975.
1972
Em parceria com o Projeto Rondon, o Conselho de Extensão inicia a implantação do Campus Avançado localizado em Barreiras, pequena cidade na Bahia, às margens do rio São Francisco. O local era considerado um polo de desenvolvimento, onde estava sendo construídas rodovias importantes. A UFMG foi responsável por enviar cerca de 700 alunos para essas atividades. Eram equipes multidisciplinares formadas por por alunos e professores que integravam esforços para o desenvolvimento local.
1973
Implementação do Programa Carro-Biblioteca. O programa tinha o objetivo de incentivar a democratização do acesso à informação e a leitura, atuando em comunidades em situação de vulnerabilidade, promovendo ações educativas e culturais no âmbito da Região Metropolitana de Belo Horizonte.
1974
David Márcio Santos Rodrigues assume a direção executiva do Conselho de Extensão, onde permaneceu até 1976.
1974
O Projeto Metropolitano, atuava em 14 municípios da RMBH. Em uma de suas atuações, fornecia leite e carne à famílias de baixa renda na região através da criação de cabras. Os serviços, realizados por equipes interdisciplinares, eram de cuidado com os animais e transmissão das técnicas às famílias.
1974
Neste período a concepção de extensão se ampliava, e buscava renovar a relação Universidade/Comunidade, aprofundar as ações e produzir novas metodologias. A extensão ganhava espaço e tinha sua importância cada vez mais reconhecida por parte da comunidade acadêmica.
1974
É criada a Coordenação de Atividades de Extensão(CODAE), órgão nacional coordenado pelo MEC que cumpriria o papel de elaborar diretrizes para a institucionalização da Extensão nas Universidades brasileiras, assim como coordenar os projetos e programas instituídos pelos governo
1975
É publicado o Plano de Trabalho de Extensão Universitária, pelo CODAE. O documento traz importantes evoluções no conceito de extensão, além de ser a primeira política de Extensão nas Universidade Brasileiras. Nesta concepção, a Extensão ascende enquanto atividade que retroalimenta o ensino e a pesquisa, através do confronto com a realidade. A extensão é expressa como um campo onde os saberes acadêmicos e populares estabelecem uma relação dialógica, sendo ambos os campos igualmente valorizados.
1976
A Pró-Reitoria foi criada em 1976, como infraestrutura de apoio e de coordenação das atividades extensionistas que aumentavam a cada ano. O objetivo era ampliar e empreender ainda mais ações.
Elizabeth Costa Dias, primeira Pró-Reitora assume o cargo, onde permaneceu até 1978.
1978
Jenner Procópio de Alvarenga assume como Pró-Reitor de Extensão, onde permaneceu até 1980.
1978
É criado o Internato em Saúde Coletiva – conhecido como Internato Rural. Iniciativa da Faculdade de Medicina, o projeto tinha a proposta de levar os estudantes a passarem um período de três meses em cidades do interior do estado, onde eles vivenciavam a realidade local e aprendiam de forma autônoma a exercer a medicina comunitária. A UFMG foi a primeira Universidade a criar programas desse tipo no Brasil. A iniciativa obteve tantos resultados positivos que logo deixou de ser uma atividade extensionista para ser incorporado ao currículo do curso, enquanto disciplina obrigatória.
1979
No final da década de 70, todas as unidades acadêmicas já estavam envolvidas em ações extensionistas. A preocupação em fazer com que os projetos se fizessem de forma vinculada às coordenadorias das unidades refletia a preocupação em ter essas ações articuladas ao ensino e a pesquisa, e também em diálogo com outros setores da universidade. Esta preocupação culminou na criação de três Centros de Extensão: o CENEX EEFFTO, o CENEX FAFICH e o CENEX ICEX. Atualmente todas as unidades acadêmicas da Universidade contam com um Centro de Extensão, totalizando 28 centros.
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1960
A década de 60 foi marcada pela crescente discussão acerca da necessidade de se implementar uma reforma no sistema universitário. Estas discussões se relacionam com o desenvolvimento da extensão por trazerem uma preocupação com o papel da Universidade na sociedade.
1961
I Seminário Nacional da Reforma Universitária realizado pela UNE culmina na Declaração da Bahia. Nele é exposta a preocupação dos estudantes com as instituições universitárias, argumentando que estas vinham funcionando a partir de um sistema antidemocrático, formando profissionais indiferentes aos problemas sociais e colaborando para a manutenção da estrutura social vigente, marcada pela desigualdade.
1961
É aprovada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. A lei, claramente em descompasso com as discussões que ocorriam no momento, menciona rapidamente a extensão nas universidades, reafirmando-a enquanto oferta de cursos e conferências, ficando a critério da instituição o formato e os pré-requisitos para participação.
1962
II Seminário de Reforma Universitária da UNE. Encontro realizado em Curitiba aprofundou os debates e culminou na oficialização da proposta de incluir a Reforma Universitária nas Reformas de Base em curso. Algumas propostas elaboradas foram posteriormente implementadas pela Reforma Universitária, e contribuiu amplamente no avanço das concepções de extensão nos anos seguintes.
1964
É instaurada a ditadura militar no país. Na UMG, isso significou a intervenção direta de militares e ao afastamento de membros da comunidade acadêmica, fechamento de órgãos estudantis e vigilância. Apoiados pelo corpo docente da Universidade, os estudantes participaram de inúmeros atos de resistência contra a repressão.
1964
Até o fim da década de 70, são predominantes ações de extensão implementadas sob deliberação do governo federal. Mas outras importantes ações extensionistas, principalmente na área cultural, surgiram nesta época e se tornaram tradicionais para a Universidade, como é o caso do Festival de Inverno e o Coral Ars.
1965
UMG passa oficialmente a ser denominada Universidade Federal de Minas Gerais.
1967
É criada a Coordenadoria de Extensão, primeiro organismo formal voltado às atividades extensionistas na UFMG. Tal órgão surgiu para atender a reivindicações dos profissionais que trabalhavam na área, e necessitavam de uma coordenação que oferecesse apoio à realização dos projetos.
1967
Criado o Festival de Inverno da UFMG. Originalmente promovido em uma parceria entre a Coordenadoria de Extensão, a Fundação de Educação Artística e a Escola de Belas Artes. Em sua primeira edição, em Ouro Preto, foram ofertados um mês inteiro de atividades envolvendo artes plásticas, música, teatro e cinema, recebendo mais de 250 pessoas, do Brasil e do exterior.
1968
Sancionada a Lei nº 5.540, a Lei da Reforma Universitária. Ficou estabelecida a obrigatoriedade da extensão nas universidades brasileiras. Nessa legislação a extensão apresentada como a forma pela qual as universidades levariam até a população, por meio do ensino, os resultados alcançados por meio da pesquisa. O governo federal foi responsável por instituir programas como o Projeto Rondon e o Campus Avançado em Barreiras, implementados na UFMG em parceria com o Ministério do Interior.
1968
Criado o Projeto Rondon, que propunha o envolvimento dos estudantes no desenvolvimento comunitário. O projeto foi criticado por se dar de forma desvinculada das demais atividades acadêmicas, sem continuidade ou reflexão acerca das ações executadas.
1969
Criado o Conselho de Extensão da UFMG. Seus propósitos eram promover a integração de todos os setores universitários e de abrir a Universidade para a comunidade.
1969
Rubens Costa Romanelli é então nomeado diretor executivo do Conselho, onde atuou até 1972.
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1950
Até a década de 50 foram realizados inúmeros cursos, conferências, seminários e simpósios. No entanto, as atividades realizadas abordavam temáticas que interessavam predominantemente a comunidade acadêmica, acabando por beneficiar maioritariamente aqueles que já eram de alguma forma ligados à Universidade. Situação que começa a mudar a partir dos anos 50.
1952
Em novembro de 1952, o Teatro Universitário da UMG apresentou seu primeiro espetáculo nos palcos do Instituto de Educação. O projeto surgiu a partir de uma iniciativa dos estudantes.
1957
Criado o Curso Intensivo de Preparação de Mão-de-Obra Industrial (Cipmoi). Por iniciativa do Diretório Acadêmico da Escola de Engenharia juntamente com a Diretoria, o curso tem o propósito de capacitar profissionais da área da construção civil, além de dar oportunidade para que profissionais e estudantes troquem experiências e conhecimentos.
1958
Primeiro programa de Extensão da UFMG, a Divisão de Assistência Judiciária Prof. Paulo Edson de Sousa, fundada em 20 de agosto de 1958 na Faculdade de Direito, por professores e alunos vinculados ao Centro Acadêmico Afonso Pena.
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1940
Na década de 1940 se iniciavam as obras do Campus Pampulha. Até então centenas de cursos e conferências foram ofertadas ao público pela UMG. A construção do Campus certamente veio a incentivar a integração da universidade, o que refletiu futuramente em ações coletivas e transdisciplinares.
1943
Verbas foram concedidas à União Nacional dos Estudantes, pelo Conselho Universitário, para a realização de um Curso de Sociologia organizado pelos estudantes. E também ao DCE, para realização de uma conferência pelo Prof. William Rex Crawford, organizada pelo órgão.
1948
Reitoria celebra parceria para a realização de um curso de extensão ofertado na Escola de Engenharia por Achille Bassi, professor italiano reconhecido por contribuir para o desenvolvimento da matemática no Brasil. Eram aulas de geometria, destinadas a alunos da Escolas de Engenharia e Arquitetura, assim como professores, assistentes e outros estudantes da área, ministradas de agosto de 1948 a 30 de novembro do ano seguinte.
1948
A Universidade de Minas Gerais, até então sob domínio do poder estadual, passa ao federal.
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1930
Na década de 30 a palavra extensão surge pela primeira vez na legislação educacional brasileira. É quando se inicia o processo de institucionalização da extensão na UMG.
1930
O “Curso de Psicologia”, primeiro curso aberto ao público ofertado pela UMG, foi realizado de maio a julho de 1930 e ministrado pelo professor Dr. Waclaw Radecki. O curso obteve enorme aceitação por parte do público, recebendo inscrições não apenas de professores e alunos da UMG, mas também da população externa. Os cursos “Psicologia do Trabalho” e de “Orientação Profissional”, também foram ofertados no mesmo ano pelo professor Leon Walther, da Universidade de Genebra.
1930
O “Curso Anexo”, criado por deliberação do Conselho Universitário, era um curso preparatório para o ingresso na universidade. Ele foi realizado em caráter experimental de junho a setembro de 1930. As atividades não tiveram prosseguimento devido ao momento histórico que vivenciava a capital mineira naquele ano, primórdios da revolução de 1930, que interrompia a regularidade das aulas.
1930
Em 3 de outubro de 1930 irrompeu por todo o país um movimento de carácter revolucionário que defendia a deposição do então presidente da República, Washington Luís Pereira de Sousa, para instauração de um novo regime. Uma destas concentrações ocorreu em Belo Horizonte, sede da 12º Regimento da Infantaria.
1930
Em novembro é instaurado o governo provisório de Getúlio Vargas. Várias reformas são implementadas, dentre elas a reforma educacional. É criado o Ministério da Educação e Saúde Pública, e Francisco Campos é nomeado ministro.
1931
Ao instituir o Estatuto das Universidades, Francisco Campos é quem utiliza pela primeira vez o termo Extensão na legislação educacional brasileira. O Estatuto descreve os meios pelos quais a universidade deve operacionalizar a Extensão, que ficaria oficialmente sob responsabilidade do Conselho Universitário, juntamente com as unidades acadêmicas. A extensão deveria ser oferecida por meio de cursos e conferências de caráter educacional ou utilitário, acrescentando que, além da difusão do conhecimento, fossem destinados à discussão de problemas sociais e a propagação de ideias que compreendessem os interesses nacionais.
1932
Em março de 1932 o Conselho Universitário autoriza a realização de cursos de extensão nos moldes do “Estatuto da Universidades”. Ao todo foram ministrados 9 cursos gratuitos e abertos ao público, não exigindo conhecimentos ou inscrição prévios.
1932
A Reforma de Francisco Campos determinou também que os discentes deveriam se organizar para representar seus interesses perante os órgãos superiores. Com isso foi criado o DCE, Diretório Central dos Estudantes.
1937
É criada a União Nacional dos Estudantes. Os estudantes realizavam ações de extensão em seu sentido mais amplo, em um momento em que a extensão ainda estava restrita à oferta de cursos e conferências.
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1920
Nesta década foi criada a Universidade de Minas Gerais que depois veio a se tornar a Universidade Federal de Minas Gerais.
1927
A Universidade de Minas Gerais foi criada dia 9 de setembro de 1927. A lei nº 956 foi sancionada pelo presidente do estado Antônio Carlos de Ribeiro de Andrada, criando a Universidade a partir da reunião das faculdades de Direito, Medicina, Odontologia, Farmácia e Engenharia.
1928
Sob o exercício do primeiro reitor Francisco Mendes Pimentel, com menos de um ano após sua criação, já se podia observar o desenvolvimento informal de ações de Extensão na Universidade. Estas ocorriam por meio de conferências e cursos voltadas a comunidade, ministradas inicialmente por uma grande maioria de professores convidados.
1928
Em junho foi ministrada a conferência “A Sociedade Futura”, pelo professor de economia política Dr. Bento Carqueja, da Universidade do Porto. À convite da Universidade também foram ministradas as conferências “O conceito psicanalítico de pena”, pelo professor Pôrto Carrero, e A Escola de Engenharia de Pôrto Alegre, sua constituição universitária e sua finalidade, pelo deputado João Simplício.
1928
Fundado no dia 21 de agosto, o Hospital Vicente de Paula, atual Hospital das Clínicas. Nele os alunos podem realizar o estágio clínica, imprescindível a sua formação, e oferecer atendimento de qualidade à população.
1928
Em dezembro o governo federal publicou o decreto nº 5.616 que legislava acerca da regulamentação das universidades no Brasil. Em resposta, são designadas as primeiras comissões permanentes do Conselho Universitário da UMG, assim como as comissões especiais e da Secretaria do Conselho.
1929
Professor Dr. Nicolau Romano, da Universidade de Buenos Aires, ministra a conferência “A reforma Universitária” Argentina. No mesmo ano são realizadas outras conferências como: “A ação dos Estados e o Ministério das Relações Exteriores”, ” A atuação do Banco do Brasil como banco central de emissão e redesconto” e “O problema da democracia, da liberdade de voto e voto secreto”.