‘Nossas universidades são instituições culturais’, diz Fernando Mencarelli
Na abertura do Festival de Inverno, o pró-reitor de Cultura destacou o esforço da UFMG para se integrar às políticas públicas da área
Por Bárbara Profeta | Procult
Em uma noite dedicada a celebrar a trajetória da universidade no campo da cultura, foi aberta nesta quinta-feira, dia 10, a 57ª edição do Festival de Inverno UFMG. “Como um dos maiores programas artísticos e culturais universitários do Brasil, o festival vem se renovando à medida em que se adapta aos tempos. E agora, neste ano, escolhemos o tema Culturas e universidade porque estamos vivendo um momento muito interessante e rico para as instituições de ensino superior públicas. O que vemos é um movimento nacional bem organizado de fortalecimento dos nossos setores de cultura”, afirmou o pró-reitor de Cultura, Fernando Mencarelli, relembrando o papel histórico das universidades nesse campo.
“Antes de qualquer coisa, a universidade é uma instituição de ensino que se tornou uma instituição de pesquisa e, mais recentemente, uma instituição extensionista. Mas, hoje em dia, a gente também entende as nossas universidades como instituições culturais. Trata-se de um trabalho destinado não só à comunidade acadêmica, mas a toda população, que é uma característica forte do Brasil”, ressaltou.
Tarefa
O pró-reitor destacou que a edição 2025 do Festival busca refletir sobre os avanços mais recentes na área, ao mesmo tempo que volta o olhar para os diversos grupos, órgãos e projetos que compõem o universo cultural da UFMG. “Estamos comemorando os três anos da Pró-reitoria de Cultura (Procult), que nasceu com a tarefa de organizar a política cultural da universidade. Esse é um passo importante, porque a UFMG está se integrando, de maneira mais efetiva, às políticas públicas municipais, estaduais e federais para a área. Na programação, teremos um seminário apresentando esses trabalhos e atrações que celebram o longo histórico cultural da universidade, como o aniversário da Escola de Música, que nasceu aqui, no Conservatório”, completou.
Diversidade musical
O público assistiu a apresentações de quatro grupos musicais da universidade: o Coral de Trombones e Tubas da UFMG, o GruVi – Grupo de Violoncelos da UFMG, o Grupo de Percussão da UFMG e o Máquina do Mundo Trio, surgidos respectivamente em 2001, 2016, 1998 e 2009.
“Esse concerto é também uma homenagem aos 100 anos da Escola de Música, fundada em 29 de abril de 1925. Em vez de trazermos artistas de fora para a nossa abertura, reunimos uma amostra do que é produzido na Escola por professores e estudantes. Diferentemente do que o nome ‘conservatório’ sugere, aqui a gente não só conserva, mas cria muita coisa nova e viva com qualidade de ponta”, elucidou o diretor do Conservatório UFMG, Fernando Rocha.
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