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Conexões

Comissão da ONU afirma que Israel cometeu genocídio em Gaza e pesquisador da UFF analisa cenário

Por Vyctória Alves, sob orientação de Alessandra Dantas e Luiza Glória

Nesta quarta, 17 de setembro de 2025, o Doutor em Antropologia e pesquisador do NEOM, Núcleo de Estudos do Oriente Médio, da Universidade Federal Fluminense, e do Grupo de Estudos do Oriente Médio e do Magrebe, da PUC-Minas, com 10 anos de experiência de trabalho de campo no Oriente Médio, professor Rodrigo Ayupe, conversou com a jornalista e apresentadora Luiza Glória, no programa Conexões.

Os ataques de Israel contra a Palestina, que já duram quase dois anos, ganham nova escalada de tensão esta semana. O exército israelense, nesta terça-feira, começou o estágio principal da ofensiva terrestre com o objetivo de destruir a estrutura do Hamas ocupando a Cidade de Gaza. Autoridades de saúde informaram que pelo menos quarenta pessoas morreram. A investida levou milhares de pessoas a deixar novamente a região, para onde parte da população local havia voltado após fugir para o sul, ainda em 2023.

A Comissão Internacional Independente de Inquérito sobre os Territórios Palestinos Ocupados da ONU, Organização das Nações Unidas, apresentou um documento com argumentos que afirmam que o país israelense cometeu genocídio contra palestinos em Gaza. O novo relatório aponta que há motivos razoáveis para concluir que quatro dos cinco atos genocidas tipificados pelo direito internacional foram cometidos desde o início da guerra contra o Hamas em 2023: matar membros de um grupo nacional, étnico, racial ou religioso; causar graves danos físicos e mentais; impor deliberadamente condições destinadas a destruir esse grupo; e impedir nascimentos.

Professor Rodrigo Ayupe ressaltou que a decisão da ONU é legitima e está pautada no direito internacional. Ele também projetou a necessidade do retorno do cessar fogo supervisionado com a participação de tropas da ONU.

 

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