22 de setembro de 2025

Investigar os mistérios do universo e encontrar um novo planeta podem parecer sonhos distantes, dignos de um filme de ficção científica. Entretanto, no caso da carreira em astrofísica, essa jornada pode se tornar real, a partir de muitos desafios e oportunidades surpreendentes. Para discutir as perspectivas do trabalho de pesquisa e a presença das mulheres na produção das ciências exatas, o Espaço do Conhecimento UFMG lança um novo episódio (já disponível) do podcast “Papo em Pauta”, com Bonnie Zaire — professora e pesquisadora que detectou pela primeira vez o planeta GM Aurigae b.

Ao longo da conversa, Bonnie compartilha sua trajetória desde o ensino médio até a pesquisa científica que resultou em uma descoberta exoplanetária. O episódio também destaca a importância da representatividade e a força da perseverança para provocar mudanças e tornar o sonho de ser cientista cada vez mais possível, mesmo em uma área ainda marcada por profundas disparidades.   

“Às vezes, ao olhar para o meio em que estamos, surge o pensamento ‘será que eu pertenço mesmo aqui?’ porque não tem quase ninguém que é igual a gente. Então, a representatividade é muito importante para que possamos nos imaginar pertencentes também. É claro que ter exemplos de pessoas que atingiram o prêmio Nobel, por exemplo, é maravilhoso. Mas eu acho que a influência da diversidade, mais próxima e cotidiana ao nosso redor, também faz muita diferença”, reitera Bonnie.

Bonnie Zaire

Professora Adjunta do departamento de física da Universidade Federal de Minas Gerais. Doutora em astrofísica pela Universidade Paul-Sabatier (2021), mestre em Física pela Universidade Federal de Minas Gerais (2018) e graduada em Física pela Universidade Federal de Minas Gerais (2015). Seus principais interesses de pesquisa incluem a reconstrução de campos magnéticos em grande escala na superfície estelar, o estudo de indicadores de atividade magnética e, recentemente, a busca de exoplanetas ao redor de estrelas jovens.