14 de dezembro de 2021

Tempo de tela e seus impactos para a saúde de crianças e adolescentes é o tema do próximo Papo em Pauta, uma parceria do Espaço do Conhecimento UFMG com o Instituto Unimed-BH

Cada vez mais, crianças e adolescentes usam os dispositivos móveis para estudar, jogar, conversar, ler e se conectar. Essas e outras  atividades cotidianas têm proporcionado um desequilíbrio no tempo que as crianças passam em frente às telas, no período de utilização dos dispositivos de tecnologia digital, tais  como smartphones, tablets, computadores, videogames ou televisão, principalmente em meio à pandemia.

Pesquisa da UFMG, em parceria com outras universidades do Brasil, coordenada pela neuropediatra Liubiana Arantes, feita com mais de 6 mil pais de crianças e adolescentes, concluiu que o uso excessivo de celular por crianças  durante a pandemia aumentou, extrapolando muito mais do que o tempo recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria [que recomenda o tempo máximo de uma hora para crianças pequenas]. Segundo 51% dos pais entrevistados, o tempo foi extrapolado excessivamente. Outros 24% responderam que os filhos tiveram entre duas e três horas de uso.

Já a pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box – Crianças e smartphones no Brasil, revelou um aumento do uso de telas de crianças de sete a nove anos. Em um ano, o índice passou de 30% para 43%, sendo que 19% das crianças utilizaram smartphones diariamente por três horas, e outros 24%, por quatro horas ou mais.

Com a presença cada vez mais marcante desses aparelhos na rotina, esse público está sendo exposto precocemente. Desta forma, os efeitos de uma longa exposição ao tempo de tela podem ser notados na saúde mental, emocional e física. Os danos desse excesso causados ao desenvolvimento das pessoas até os 15 anos são tema de estudos e pesquisas no mundo todo.

Mas quais as consequências reais dessa exposição à saúde? Qual é o tempo de tela recomendado e os fatores de risco no desenvolvimento infantil? Há benefícios? Como os pais e responsáveis podem se manter em alerta para preservar a saúde de seus entes queridos?  Essas e outras perguntas serão respondidas na próxima edição do Papo em Pauta, que acontece no dia 14 de dezembro,  às 19h, com transmissão ao vivo pelo canal www.youtube.com/espacoufmg.

A nossa convidada é a médica e perita da UFMG Júlia Machado Khoury. Ela também é psiquiatra e psicogeritária pelo HC-UFMG, com mestrado e doutorado em Medicina Molecular e ainda pesquisadora do Núcleo de Pesquisa em Vulnerabilidade e Saúde (NAVeS-UFMG). O público pode participar enviando comentários e perguntas pelo chat, para enriquecer o debate, via www.youtube.com/espacoufmg, ou ainda pelas redes sociais: @espacoufmg.