Agosto Indígena no Espaço do Conhecimento UFMG (2025)

Programação especial coloca epistemologias indígenas em centralidade no espaço museal

30 de julho de 2025

No mês de agosto, o Espaço do Conhecimento UFMG reafirma seu compromisso com a valorização dos saberes tradicionais ao colocar em evidência as vozes, narrativas e cosmologias dos povos indígenas no território brasileiro. Em um contexto marcado por desigualdades históricas e pela negação de outros modos de conhecer, o museu assume seu papel como espaço de escuta, visibilidade e diálogo intercultural. É com o objetivo de contribuir para a construção de uma cultura museal comprometida com a diversidade, a escuta ativa e o encontro de diferentes mundos, que o Espaço do Conhecimento UFMG promove, anualmente, o Agosto Indígena, um conjunto de atividades que buscam compartilhar sobre a população originária brasileira e seus modos de existir no mundo.

Segundo Well Luiz, assessor educativo do museu, ao promover uma programação centrada nas epistemologias indígenas, “o Espaço busca ampliar os horizontes do que é entendido enquanto conhecimento e reafirmar que o conhecimento também habita as oralidades, os cantos, os territórios, os corpos e as línguas dos povos originários.” Diante disso, é preciso reconhecer outras formas de produzir e compartilhar saberes. “Suas existências não pertencem ao passado, mas seguem reinventando o presente e traçando futuros possíveis”, conclui o educador. 

Para compartilhar sobre estas presenças em território brasileiro, bem como suas expressões culturais e cosmológicas, o museu promove 06 atividades especiais ao longo do mês de agosto.

Confira as informações completas abaixo:

Oficina “Desvendando as Constelações Guarani”

Quando: 09/08 (sábado), às 15h – Ingressos emitidos 2h antes da atividade

Descrição: Na atividade, o público é convidado a participar em uma contação de histórias sobre as constelações do povo Guarani, de modo a conhecer os nomes dados por esse povo às formações celestes, os significados dessas representações e a relação do céu com o seu cotidiano. 

Público: Crianças, jovens, adultos e idosos

Duração aproximada: 1h

Número de vagas: Até 15 participantes

Onde: Espaço do Conhecimento UFMG – Praça da Liberdade, 700 – Funcionários

Oficina “Raízes Desenhadas: Visões e Cores Pataxoop”

Quando: 17/08 (domingo), às 15h – Ingressos emitidos 2h antes da atividade

Descrição: Diante da necessidade de se conhecer outras visões de mundo, a oficina se propõe a contar memórias ancestrais do povo Pataxoop, povo indígena de Minas Gerais. Enquanto as histórias são contadas, os participantes são convidados a mostrar a sua maneira de se conectar com essa cosmovisão, usando de sua criatividade para traduzir em desenhos o que sua mente vê e o que seu coração sente. Dessa forma, o grupo confeccionará, em conjunto, um grande desenho sobre a cosmovisão Pataxoop.

Público: Crianças, jovens, adultos e idosos

Duração aproximada: 1h30

Número de vagas: Até 10 participantes

Onde: Espaço do Conhecimento UFMG – Praça da Liberdade, 700 – Funcionários

Oficina “Rap nas Raízes: rimas dos povos indígenas no Brasil”

Quando: 23/08 (sábado), às 14h – Ingressos emitidos 2h antes da atividade

Descrição: A oficina busca compartilhar como os povos indígenas têm produzido e se expressado por meio da cultura hip-hop, especialmente no rap, a partir de suas próprias perspectivas. A atividade relaciona o gênero musical com as tradições, línguas originárias e o cotidiano de luta desses povos, seja pela demarcação de terras, contra o genocídio e o etnocídio ou em outras dimensões, como os afetos, as vivências urbanas e a resistência cultural deste grupos.

Público: Todos os públicos, a partir dos 10 anos

Duração aproximada: 1h

Número de vagas: Até 15 participantes

Onde: Espaço do Conhecimento UFMG – Praça da Liberdade, 700 – Funcionários

Oficina “Contação de histórias Maxakalis – Acessível em Libras”

Quando: 24/08 (domingo), às 14h – Ingressos emitidos 2h antes da atividade

Descrição: A atividade propõe um mergulho no universo oral e simbólico do povo indígena Maxakali, reconhecido por sua rica prática narrativa. Por meio da escuta e da partilha de histórias, os participantes poderão conhecer a cosmovisão e os seres que habitam o mundo Maxakali. Além disso, serão ensinados alguns sinais na Língua Brasileira de Sinais (Libras) relacionados a estas narrativas.

Público: Crianças, jovens, adultos e idosos

Duração aproximada: 1h

Número de vagas: Até 15 participantes

Onde: Espaço do Conhecimento UFMG – Praça da Liberdade, 700 – Funcionários

Oficina “Mexendo com o barro: O som do maraká através da cerâmica”

Quando: 30/08 (sábado), às 15h – Ingressos emitidos 2h antes da atividade

Descrição: O público será convidado a “pôr a mão na massa” para criar chocalhos/maracás, ou seja, instrumentos que produzem som e são tradicionalmente utilizados em diversos contextos indígenas. Os participantes terão a oportunidade de modelar e explorar a argila de forma lúdica, vivenciando o processo de criação e experimentando, na prática, o significado cultural desse saber ancestral.

Público: Crianças, jovens, adultos e idosos

Duração aproximada: 1h30

Número de vagas: Até 15 participantes

Onde: Espaço do Conhecimento UFMG – Praça da Liberdade, 700 – Funcionários

Oficina “Confluência de Mundos”

Quando: 31/08 (domingo), às 15h – Ingressos emitidos 2h antes da atividade

Descrição: No território brasileiro, centenas de povos indígenas vivem em diversos mundos próprios, mas que ainda confluem em modos de existir semelhantes. Diante desta pluralidade de existências, a oficina tem como proposta resgatar a exposição “Mundos Indígenas”, presente no Espaço do Conhecimento UFMG entre 2019 e 2023, e os conceitos de 05 povos indígenas brasileiros que exprimem suas cosmovisões nesta mostra, a fim de dialogar com as concepções de Ailton Krenak e Nego Bispo na instalação “Mundos”, da exposição “demasiado humano”.

Público: Crianças, jovens, adultos e idosos

Duração aproximada: 1h30

Número de vagas: Até 15 participantes

Onde: Espaço do Conhecimento UFMG – Praça da Liberdade, 700 – Funcionários

O Espaço do Conhecimento UFMG estimula a construção de um olhar crítico acerca da produção de saberes. Sua programação diversificada inclui exposições, sessões de planetário, debates, oficinas e ações educativas diversas. O Espaço integra a Pró-reitoria de Cultura (Procult) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e conta com a Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade (FRMFA) e a Fundação de Apoio da UFMG (Fundep) no desenvolvimento de seus projetos. Integrante do Circuito Liberdade, o museu é fruto da parceria entre a Universidade e o governo do estado de Minas Gerais. As ações do Espaço do Conhecimento UFMG são viabilizadas por Leis de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Instituto Unimed-BH, da Cemig e da CYMI.

Sobre o Instituto Unimed-BH

O Instituto Unimed-BH completou 20 anos em 2023. A associação sem fins lucrativos foi criada em 2003 e, desde então, desenvolve projetos socioculturais e socioambientais visando à formação da cidadania, estimulando o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, fomentando a economia criativa, valorizando espaços públicos e o meio ambiente. Ao longo de sua história, o Instituto destinou cerca de R$ 190 milhões por meio das leis de incentivo municipal e federal, fundos do idoso e da criança e do adolescente, com o apoio de mais de 5,6 mil médicos cooperados e colaboradores da Unimed-BH. Em 2023, mais de 20 mil postos de trabalho foram gerados e 2 milhões de pessoas foram alcançadas por meio de projetos em cinco linhas de atuação: Comunidade, Voluntariado, Meio Ambiente, Adoção de Espaços Públicos e Cultura, que estão alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.  

Sobre a Cemig

Como a maior incentivadora da cultura em Minas Gerais, a Cemig segue investindo e apoiando as diferentes produções artísticas existentes nas várias regiões do estado. Afinal, fortalecer e impulsionar o setor cultural mineiro é um compromisso da Companhia, refletindo seu propósito de transformar vidas com energia.  Ao abraçar a cultura em toda a sua diversidade, a Cemig potencializa, ao mesmo tempo que preserva, a memória e a identidade do povo mineiro. Assim, os projetos incentivados pela empresa trazem na essência a importância da tradição e do resgate da história, sem, contudo, deixar de lado a presença da inovação.  Apoiar iniciativas como essa reforça a atuação da Cemig em ampliar, no estado, o acesso às práticas culturais e em buscar uma maior democratização dos seus incentivos.