7º Festival de Verão da UFMG

Vadiar é preciso, o resto é improviso

Centro Cultural UFMG
Av. Santos Dumont, 174 - Centro
Carnaval 2013
8 a 12 de fevereiro

Atividade vai promover abordagem científica e poética para as constelações

24 de janeiro de 2013 · 9h01

Nebulosa de Órion, na constelação de Órion: oficina vai trabalhar significados ligados ao céu (Foto: Stock Photo)
Nebulosa de Órion, na constelação de Órion: oficina vai trabalhar significados ligados ao céu (Foto: Stock Photo)

Uma constelação não é só uma região do céu. Por trás, há uma vasta mitologia que confere significado ao que conhecemos hoje. Renato Las Casas, professor do Departamento de Física do Instituto de Ciências Exatas da UFMG, é um dos coordenadores de oficina do 7º Festival de Verão da UFMG que busca justamente investigar as constelações e ressignificá-las a partir de conceitos e experiências contemporâneos.

A oficina Céu: armazém de sinais, que será realizada no Centro Cultural UFMG e no Observatório Astronômico Frei Rosário, na Serra da Piedade, em Caeté, pretende estimular estudo do céu que abranja tanto a perspectiva científica quanto a poética, em especial no que diz respeito à construção de mitos e às abordagens de escritores diversos. Para as atividades da oficina, o Centro Cultural UFMG vai receber um planetário semelhante ao do Espaço Tim UFMG do Conhecimento.

"A ideia é ensinar o reconhecimento de estrelas e constelações de forma que os participantes possam entender melhor seus movimentos no céu. Vamos fazer esse estudo nos primeiros dias de oficina, e no último vamos para a Serra da Piedade para observar o céu real", detalha Las Casas, que vai atuar em parceria com as professoras Cinara de Araújo, doutora em Estudos Literários, e Luciana da Cunha Ferreira, mestre em Ensino de Ciências pela Universidade Federal do Amazonas. Luciana trabalha com astronomia indígena no Museu da Amazônia.

Renato Las Casas explica que a oficina vai propor o exercício de redividir e reescrever as constelações, em especial as que são visíveis aqui, no Hemisfério Sul. O professor cita o exemplo de Órion, constelação que remete a um herói e caçador da mitologia grega e a seu embate com um escorpião. "É um significado que já não dialoga com o nosso tempo. Vamos reinventar essas constelações, forjando novos significados para elas, mais alinhados com imagens contemporâneas", diz.

Os participantes vão trabalhar com a escrita, em exercício criativo de construir novos significados e mitos a partir das observações feitas. "Caso os participantes leiam a constelação de Órion não mais como um caçador, mas como uma borboleta, por exemplo, eles vão então se debruçar sobre a imagem para, a partir dela, produzirem histórias", explica Renato. A prática vai também investigar conceitos relacionados às constelações que têm origem em culturas indígenas.

Oficina Céu: armazém de sinais
Locais: Centro Cultural UFMG (dias 9, 10 e 11) - Avenida Santos Dumont, 174, Praça da Estação. Observatório Astronômico Frei Rosário (dia 12, com transporte gratuito, saindo do Centro Cultural) - Serra da Piedade, Caetés.
Valor da inscrição: R$ 20
Público-alvo: escritores ou astrônomos amadores, estudantes e profissionais das artes, ciências e humanidades, vagabundos, amantes, observadores do céu e curiosos em geral.
Vagas: 20
Carga horária: 17 horas
Período: 9 a 12 de fevereiro
Horário: das 14h30 às 18h30 (dias 9 a 11) e das 12h45 às 23h30 (dia 12)
Informações: (31) 3409-6411 e festivalveraoufmg@gmail.com