7º Festival de Verão da UFMG

Vadiar é preciso, o resto é improviso

Centro Cultural UFMG
Av. Santos Dumont, 174 - Centro
Carnaval 2013
8 a 12 de fevereiro

Espetáculo de butô 'viaja' pela ancestralidade oriental

5 de fevereiro de 2013 · 5h53

Emilie Sugai e Dorothy Lenner: fragmentos de memórias (Foto: Anderson Ohashi)
Emilie Sugai e Dorothy Lenner: fragmentos de memórias (Foto: Anderson Ohashi)

Tabi ("viagem", em japonês) é o nome do espetáculo criado pela performer e dançarina de butô (ou butoh, dança originária do Japão que dialoga com o teatro) Emilie Sugai, que será apresentado no Centro Cultural UFMG no dia 11 de fevereiro, segunda-feira, às 19h, dentro da programação do 7º Festival de Verão da UFMG. A apresentação, com entrada gratuita, contará também com a participação da atriz Dorothy Lenner, formada pela Escola de Arte Dramática da USP.

Descendente de japoneses, Emilie busca promover um resgate do tempo e da ancestralidade. Nesse sentido, a ideia é misturar fragmentos de memórias, tanto individuais quanto coletivas. "Não se trata de um resgate histórico da imigração japonesa no Brasil, mas sim de gerar questionamentos a partir do meu corpo, que carrega genes e sangue japoneses, e, paradoxalmente, o modo de ser brasileira", explica.

Coreógrafa e intérprete-criadora, Emilie colabora com artistas de diversas áreas em seus projetos, como dança, teatro, cinema e videoarte. Em seu site é possível saber mais sobre seus espetáculos, sua carreira e pesquisas relacionadas às memórias do corpo e da ancestralidade.

Segundo a coreógrafa, Tabi é fruto das indagações quanto ao corpo japonês/brasileiro. "Experimento o corpo e suas possibilidades, que expressam minhas inquietações estéticas e meu processo existencial", afirma. O espetáculo estreou em 2002 no evento Dança em Pauta, do CCBB de São Paulo, e desde então para vem sendo apresentado com sucesso em eventos e festivais pelo país.

(Foto: João Caldas)

(Foto: João Caldas)

Emilie explica que o ponto de partida para a criação dos movimentos do espetáculo são os pés, muito valorizados pelo povo japonês. Para a coreógrafa, a participação de Dorothy, hoje com 80 anos, evoca a figura da mãe, a ancestralidade oriental. Nascida na Romênia, em Bucareste, Dorothy é, assim como Emilie, discípula do multiartista Takao Kusuno, precursor do butô no Brasil.


Espetáculo teatral Tabi
Local: Centro Cultural UFMG: avenida Santos Dumont, 174, Praça da Estação
Entrada: Gratuita, limitada à capacidade do auditório (150 lugares)
Data: 11 de fevereiro
Horário: 19h
Duração: 45 minutos
Classificação etária: 12 anos
Informações: (31) 3409-6411 (3409-8278 durante o evento) e festivalveraoufmg@gmail.com

(Com Assessoria de Comunicação do Centro Cultural UFMG)