Data: 05 a 08 de abril de 2011
Local: Auditório da  Escola de Arquitetura da UFMG

A inventividade de Leon Battista Alberti (1404-1472) é infinita. Não há nada ou quase nada – literatura, artes, ciências, economia, moral e política – que Alberti não tenha tratado e que não tenha sido profundamente modificado pela leitura, sempre singular, que ele lhe deu. E de tal modo que, não apenas a cultura, mas também os modos da racionalidade puderam tomar aspectos inéditos que mesmo o termo « humanismo » é incapaz de circunscrever. Cumpre à contemporaneidade, ainda, refletir sobre tais aspectos.

Nosso Colóquio visa justamente definir, além das categorias tradicionais da historiografia, esses novos modos de racionalidade que a abordagem peculiar do saber dada por Alberti engendrou em todos os campos – artístico e técnico, moral, político, etc. – e a medir sua influência através do tempo, até nossos dias. A ambição desse Colóquio é justamente esta: investigar em que a obra de Alberti pode nos ajudar a pensar o mundo atual, dois dois lados do Atlântico. Nessa perspectiva, destacamos quatro temas que nos parecem especialmente relevantes :

1) A influência de Alberti sobre as novas racionalidades da cidade, a partir de uma abordagem antropológica que enfatize a fragilidade humana frente ao caos do mundo ;
2) Seu papel fundador quanto ao que se refere às racionalidades artísticas, técnicas e operatórias, as quais redefinem a teoria e a prática e dão-lhes novas configurações ;
3) Sua abordagem clarividente e sua compreensão decisiva, no contexto de sua época, da relação texto/imagem, a qual desempenhará um papel fundamental na constituição da racionalidade moderna ;
4) Enfim, as lógicas de transmissão e de tradução implicadas nesta singular interpretação dos saberes.

O Colóquio  abordou tais temas em seis sessões distintas e uma sessão dedicada à análise dos resultados do encontro e às perspectivas então abertas.