
Professor Júlio Emílio Diniz-Pereira, da Faculdade de Educação da UFMG.
Foto: Taniara Damascena – IEAT/UFMG
A comissão gestora da Cátedra Fundep Magda Soares de Educação Básica do Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinares (IEAT) da UFMG, realizou no dia 1º de abril de 2025, seu primeiro encontro com representantes dos círculos de pesquisa aprovados para integrar o ecossistema de investigação sobre educação básica e formação de professores.
Realizado no auditório da Comissão Permanente do Vestibular (Copeve), o evento marcou o início oficial dos trabalhos dos três círculos de pesquisa selecionados e teve como destaque a presença do professor António Nóvoa, primeiro ocupante da cátedra, que deu as boas-vindas aos participantes e ressaltou a importância do diálogo entre universidade e escola.
O professor Júlio Emílio Diniz-Pereira, da Faculdade de Educação da UFMG e coordenador da cátedra, destacou a participação de pesquisadores e professores da educação básica nos círculos, reforçando o compromisso da iniciativa com uma atuação colaborativa e ancorada nas experiências concretas das escolas. As professoras Maria José Flores, pró-reitora adjunta de Graduação da UFMG, e Roberta Corrêa, representante da Diretoria Universidade e Educação Básica (Dueb), também participaram do encontro e apresentaram reflexões sobre o processo de construção de uma política institucional voltada à formação docente na UFMG. Ambas enfatizaram o papel estratégico da Cátedra Fundep Magda Soares nesse movimento.
Na sequência, os coordenadores dos círculos de pesquisa apresentaram os projetos que orientarão suas investigações nos próximos meses. O professor Guilherme Carvalho Franco da Silveira, do Centro Pedagógico (CP) da UFMG, expôs o projeto Escola, cultura e tecnologias digitais, que busca refletir sobre o papel das tecnologias digitais e da cultura digital no trabalho docente e no cotidiano escolar de crianças, adolescentes e jovens.
O professor Heli Sabino de Oliveira, da Faculdade de Educação (Fae) da UFMG, apresentou a proposta “Espaços híbridos”, “terceiro espaço” e “espaço comum” como desafio político e pedagógico para a formação de professores da educação básica na Universidade, que investiga a formação de professores licenciandos a partir da relação pedagógica e dos vínculos que se constroem por meio da interação de saberes — elemento constituinte daquilo que denominam “terceiro espaço”.
Encerrando as apresentações, a professora Maria Carolina da Silva Caldeira, também do CP, destacou o projeto Práticas de alfabetização em diferentes áreas de conhecimento e currículo, que tem como objetivo investigar de que forma professoras dos anos iniciais do Ensino Fundamental constroem, revisam e ressignificam seus saberes durante a elaboração de currículos próprios, no contexto da alfabetização de crianças com idades entre 5 e 9 anos.
Ao final do encontro, os participantes foram convidados a debater as perspectivas e os desafios do trabalho colaborativo no âmbito da cátedra. Para o professor Júlio Emílio, o encontro foi fundamental. “Tivemos a oportunidade de apresentar as iniciativas em andamento, mas, sobretudo, de iniciar um diálogo entre os integrantes dos círculos, aspecto essencial para a construção conjunta dos projetos”, avaliou.