Haveria ainda uma idéia de
ciclo de vida subjacente ao esquema de classificação
das imagens nas caixas. A coleção
ficou por um período entre as estantes,
ao lado de atlas mundiais e de revistas, com
seus ciclos de vida, oposta a arquivos com recortes
de jornais e gravuras retrospectivos. Para nós,
um início frutífero de diálogo.
Para o leitor/freqüentador típico,
a busca pela notícia do dia, o trabalho
escolar, e por que não uma experiência
estética?
Há poucos dias atrás, quando informei
a um grupo de visitantes que naquela sala uma
obra de arte havia sido recentemente exposta,
iniciando um "diálogo", pude
perceber a surpresa em alguns olhares, que se
deixavam percorrer a sala buscando um local,
um ponto de referência, imaginando talvez
alguma situação de diálogo
entre um conjunto de arquvos de aço de
um lado e uma obra com caixas do outro lado,
numa ampla estante.
E nossa memória segue cultivando presenças,
ausências, indagações e
agradecimentos.
Samuel R. M. Souza
Biblioteca Infanto-Juvenil Monteiro Lobato,
São Paulo
Sala Multimeios
Maio de 2003
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