Novembro é o mês da consciência negra, momento importante para se refletir sobre temas como o racismo, o direito à diferença e a valorização das nossas raízes afroindígenas. Pensando nisso, desde 2018, as instâncias, entidades e coletividades da UFMG confluem esforços para construção coletiva de uma agenda única de eventos, propostos pela comunidade acadêmica.
O objetivo principal é promover o senso de pertencimento à Universidade, celebrando a negritude e impulsionando reflexões acerca de nossas relações raciais e, portanto, dialogar sobre as relações e (des)privilégios estabelecidos entre grupos raciais de negros, brancos e indígenas.
O Novembro Negro de 2018 contou com o tema “Reflexões e práticas sobre ser negro”. Naquela ocasião fomos convidadas(os)(es) a refletir sobre a presença da população negra na sociedade e na Universidade.
Em 2019, o evento girou em torno do tema “Aquilombar-se em tempos de luta”. Durante o mês, a comunidade foi convidada a pensar sobre as intersecções e laços que transpassam a população negra, e a necessidade de união de forças para o enfrentamento ao racismo.
Já em 2020, o mote do Novembro Negro foi “Orgulho de ser: enegrecer para renascer”. Nesse período foram realizadas atividades que destacaram a autoestima e o fortalecimento da identidade racial negra; bem como a reafirmação de pertencimento em diversos espaços, principalmente na Universidade.
No ano de 2021, a temática escolhida foi: “Corpos e vozes que se afirmam”, que buscou refletir acerca da importância de consolidar e ampliar ações afirmativas de acesso e permanência, visibilizando a presença de pessoas negras na Universidade e a importância de nossas vozes, corpos e identidades plurais.
“Permanecer para Avançar” foi a proposição em 2022, convidando todas(os)(es) a refletirem acerca da nossa trajetória, ancestralidade, e afirmação dentro e fora da universidade! Avaliar nossa permanência e construir o futuro que queremos para as políticas afirmativas, bem-estar reconhecimento e enaltecimento da população Negra.
Em 2023 reverenciamos o processo de aquilombamento acadêmico e político das pessoas negras que vieram antes de nós, resistiram ao racismo estrutural possibilitando reinvenções ressignificações da nossa existência com a temática “Ancestralidade e Coletividade: aquilombar para permanecer”. Saudamos aquelas e aqueles que construíram esse caminho por onde passamos na academia e na vida reconhecendo e lembrando de quem não está mais entre nós materialmente, mas cujo legado marca nosso presente.