|
A reitora Ana Lúcia Almeida Gazzola é a nova presidente da Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais do Ensino Superior (Andifes). Eleita nesta quarta-feira, dia 12, ela cumprirá mandato de um ano à frente da nova Diretoria Executiva da entidade. A reitora da UFMG, que sucede Wrana Panizzi, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, encabeçou uma chapa de consenso, que foi confirmada pelo Conselho Pleno da Andifes. Quarenta e três reitores participaram do pleito. Ana Lúcia Gazzola recebeu 36 votos. Houve seis votos branco e um nulo. Diálogo produtivo Como presidente da Andifes, Ana Lúcia afirmou que pretende trabalhar para que a entidade tenha assento garantido nos fóruns nacionais de debate de questões ligadas à educação, ciência e tecnologia. A reitora da UFMG lembrou, ainda, que assume a presidência da entidade num momento em que se discute a realização de uma reforma universitária. Para ela, a reforma deve "requalificar a educação superior como uma política de Estado, tendo o sistema universitário público como referência de qualidade". Ela também ressaltou os desafios que se colocam diante da universidade brasileira, como a democratização do acesso ao ensino superior. Segundo ela, uma série de meios devem ser lançados para que a universidade amplie sua inserção social. "Precisamos planejar a distribuição estratégica da base científica brasileira por todo o território nacional, a criação de programas de educação a distância, a interiorização dos campi universitários e a ampliação dos cursos noturnos, além de aprofundar o debate sobre as cotas sociais e étnicas, que está na ordem do dia", exemplificou a reitora. Criada em 1989, a Andifes já teve outros dois dirigentes da UFMG como presidentes: a atual secretária de Educação de Minas Gerais, Vanessa Guimarães Pinto, primeira presidente da entidade, e o professor Tomaz Aroldo da Mota Santos. Com o ministro Durante o encontro, Tarso Genro relatou as medidas tomadas para o encaminhamento das reivindicações apresentadas, em fevereiro, pelas universidades federais. Segundo Ana Lúcia Gazzola, o ministro apresentou boas notícias. "Ele garantiu, por exemplo, que os recursos da Emenda Andifes serão liberados em breve. Isso é um grande avanço, pois em exercícios anteriores esse dinheiro só foi disponibilizado no final do ano", argumentou a reitora. O ministro, de acordo com o relato de Ana Lúcia Gazzola, afirmou que está se empenhando para liberar os recursos necessários à quitação dos débitos de 2003, além de reconhecer que o orçamento de 2004 "é absolutamente insuficiente". A reposição do quadro de pessoal nas universidades também foi tema da conversa entre os reitores e Tarso Genro, que anunciou que está negociando a liberação de cinco mil vagas para a contratação de professores.
Os demais integrantes da diretoria-executiva da Andifes são os reitores Cícero Mauro Fialho Rodrigues, da Universidade Federal Fluminense (1º Vice-presidente) e Manoel Malheiros Tourinho, da Universidade Federal Rural da Amazônia (2º vice-presidente). O primeiro suplente é o reitor Paulo Sarkis, da Universidade Federal de Santa Maria, e o segundo suplente o reitor Manoel Catarino Paes Peró, da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.
Já empossada como presidente da Andifes, Ana Lúcia Gazzola disse que pretende intensificar as relações com ministérios que coordenam ações afeitas com o trabalho das universidades, como os da Ciência e Tecnologia, Saúde, Esportes, Agricultura e Cultura. "Também pretendemos consolidar nossa relação com o MEC, com o qual mantemos um diálogo bastante produtivo", destacou a Reitora.
Antes da eleição, os representantes das instituições federais de ensino superior (Ifes) presentes em Brasília foram recebidos em audiência pelo ministro da Educação Tarso Genro, pelo secretário-executivo do MEC, Fernando Haddad, e pelo secretário de Ensino Superior, Nelson Maculan Filho.