Fapemig libera R$ 2,7 milhões para pesquisas da UFMG

A UFMG e a Fundação da Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) assinaram pacote de 72 projetos, no valor de R$ 2,7 milhões, para o financiamento de pesquisas da universidade, em todas as áreas do conhecimento. Essa foi a terceira parcela do Edital Universal, que liberou, entre julho e setembro, R$10 milhões para instituições mineiras de pesquisa, dos quais 41% para a UFMG.

Segundo o diretor científico da Fapemig, professor Mário Neto Borges, o repasse foi possível devido à liberação, pelo governo do Estado, de verba suplementar de R$14,5 milhões para a Fundação, que começou o ano com um orçamento de R$24 milhões. "Fecharemos 2004 com um desembolso financeiro de R$38,5 milhões, o maior da história da Fapemig em seus 18 anos de existência", comemora.

Embora ainda abaixo do percentual previsto pela constituição mineira, o repasse sinaliza para o crescimento permanente de recursos repassados à agência, até atingir o percentual legal de 1% do orçamento do estado, acredita Mário Neto. A verba suplementar possibilitou à Fapemig contratar todos os projetos do Edital Universal que haviam sido aprovados em 2003 e 2004, além de ajustar em 19% o valor das bolsas de mestrado e doutorado.

A partir de setembro, os bolsistas da Fapemig passam a receber os mesmos valores praticados pela Capes e pela CNPq, ou seja, R$ 855 para mestrado e R$1.267 para doutorado. "Vamos cumprir todos os compromissos assumidos", afirma o Diretor Científico.

Alento
Para o pró-reitor de Pesquisa da UFMG, José Aurélio Bergmann, as últimas notícias da Fapemig "são alentadoras". "Nossas esperanças estão revigoradas e, a se concretizarem as expectativas, a Fapemig voltará a ser a maior parceira da UFMG no desenvolvimento de ciência, tecnolgia e inovação", completa.

Os repasses do Edital Universal são destinados a projetos propostos por instituições de ensino superior e pesquisa, órgãos do governo estadual e entidades associativas sem fins lucrativos, voltadas para o desenvolvimento científico e tecnológico do Estado. Todos os projetos concorrentes são analisados pelas câmaras da Fapemig, que consideram aspectos como mérito, relevância, impacto científico, social e econômico.

O financiamento abrange sete grandes áreas do conhecimento: Recursos naturais e Tecnologias ambientais; Ciências Biológicas e Biotecnologia; Ciências Agrárias; Ciências da Saúde; Arquitetura e Engenharias; Ciências Exatas e dos Materiais; e Ciências Sociais, Humanas, Letras e Artes.