O Conselho Universitário definiu, em reunião realizada nesta quinta-feira, dia 16, as diretrizes para o processo que escolherá o próximo reitor da UFMG. A consulta à comunidade acadêmica ocorrerá em novembro, em dois turnos, em datas a serem definidas por Comissão Eleitoral que conduzirá o processo. "O Conselho optou pela consulta em dois turnos porque evita que uma chapa seja eleita por uma minoria. O segundo turno ajuda a formar uma maioria", justifica reitora Ana Lúcia Gazzola, que presidiu a reunião. O órgão máximo de deliberação da UFMG optou, ainda, por manter o sistema de ponderação que vigorou nos dois últimos pleitos: o voto dos professores tem peso de 70%, enquanto o de funcionários e alunos vale 30% (15% para cada segmento). A ponderação será calculada de acordo com o universo total de votantes e não com o número de votos efetivamente computados. Esse critério, segundo Ana Lúcia Gazzola, evitará que um reitor seja eleito por um segmento que, porventura, compareça em massa às urnas, distorcendo a ponderação original. Professores, funcionários e alunos votarão em urnas separadas. Também ficou definido que os 82 professores eméritos da UFMG terão direito a voto. A consulta à comunidade universitária busca subsidiar o Colégio Eleitoral na elaboração da lista tríplice para escolha do novo reitorado. O Colégio é composto pelos representantes dos conselhos Universitário, de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) e de Curadores. O vencedor do pleito encabeça a lista, encaminhada em seguida ao Ministério da Educação, que, em última instância, define o nome do reitor. Esta é, provavelmente, a última vez em que reitor e vice da UFMG serão definidos por meio de lista tríplice. É que o anteprojeto da Reforma Universitária prevê eleição direta para escolher os dirigentes máximos da Instituição.