Depois de oito anos de estudos, pesquisadores da UFMG encontraram um biocida para combater os líquens que comprometem a forma original da obra-prima do mestre Aleijadinho, localizada no adro do Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do Campo, a 80 quilômetros de Belo Horizonte. Os agentes biológicos que proliferam sobre a superfície do conjunto de 12 esculturas, conhecido como Os Profetas, serão eliminados por composto químico derivado do ácido benzóico, fabricado pela multinacional Merck. A restauração, que deverá durar um ano, será feita por equipe interdisciplinar. A data de início dos trabalhos não foi definida. Professores da UFMG participarão de todas as etapas do processo A professora Maria Aparecida Resende, do departamento de Microbiologia do ICB, garante que as descobertas do biocida e da quantidade adequada da concentração que será aplicada permitirão limpeza mais efetiva das estátuas, “além de inibir, por cerca de três anos, o crescimento dos microorganismos”. Coordenadora do grupo da UFMG, integrado por bolsistas de especialização e de iniciação científica do CNPq, que pesquisou a degradação biológica nos profetas, a bióloga assegura que “os resultados da descoberta estão comprovados e podem ser utilizados em outros monumentos históricos esculpidos em pedra-sabão”. Leia reportagem completa na mais nova edição do Boletim UFMG