Debate no campus Saúde mobiliza comunidade universitária

Cerca de 120 membros da comunidade acadêmica da UFMG, entre professores, alunos e funcionários, dirigentes das unidades do Campus Saúde, além de sindicalistas e líderes estudantis, compareceram ao auditório da Faculdade de Medicina, na manhã desta quarta-feira, 5, onde aconteceu o primeiro debate oficial entre as três chapas que concorrem à consulta para a composição da lista tríplice de candidatos a reitor e vice-reitor da UFMG, no quadriênio 2006-2010. Um segundo debate acontecerá no próximo dia 19, desta vez no campus Pampulha.

A organização do debate entre os candidatos aos cargos maiores de direção da Universidade foi de responsabilidade da Comissão Eleitoral, criada por decisão do Colégio Eleitoral de em 23 de agosto passado, que regulamentou o processo de consulta à comunidade, relativo à escolha da lista tríplice para reitor e vice-reitor este ano.

O mediador foi o professor da Face Hudson Fernandes Amaral, presidente da Comissão Eleitoral 2005, tendo comparecido os candidatos das três chapas registradas: professores Dirceu Bartolomeu Grego e Antônia Vitória Soares Aranha, chapa 01; Ronaldo Tadeu Pena e Heloísa Maria Murgel Starling, chapa 02; e Jachynto Lins Brandão e Cristina Helena Ribeiro Rocha Augustin, chapa 03.

Debates
O encontro teve início às 10h e se prolongou até 13h40. De acordo com as regras estabelecidas para os debates entre os candidatos, foi realizado um sorteio para definir a ordem das intervenções. Também como previsto, "o debate foi pautado pelos princípios de ética e pelo decoro acadêmico", na avaliação do mediador.

"Foi um debate de alto nível, seja pelas intervenções dos candidatos, seja pelo comportamento da platéia, o que demonstra o amadurecimento alcançado pelos quadros docente, discente e funcional da UFMG", finalizou Hudson Fernandes Amaral.

Como fato paralelo, estudantes fizeram uma manifestação, pacífica e silenciosa, levando um grande cartaz para trás da mesa dos candidatos, onde se lia: "Voz?!", questionando assim o critério de proporcionalidade adotado na consulta. A manifestação interrompeu os trabalhos por cerca de um minuto, tendo a mesa informado que os manifestantes haviam solicitado a palavra, sendo-lhe então concedidos três minutos no final dos trabalhos.

Sobre a questão da representatividade de funcionários e estudantes houve consenso entre as três chapas concorrentes, que concordaram sobre a necessidade de que o critério seja revisto a partir de amplo debate, logo após a próxima consulta à comunidade.